terça-feira, 19 de abril de 2011

Insistindo no acionador educação

Como educadora e cidadã preocupa-me, como certamente a todos, como prevenir a ocorrência de atos tão desumanos como os recentes e dolorosos episódios vividos por crianças e adolescentes, seus professores, pais e parentes, como também por policiais e políticos e todas as pessoas que vivenciaram momentos tão difíceis ocorridos na cidade do Rio de Janeiro. Certamente todos se questionam o porquê de tanta violência, será que faltam leis mais exigentes, falta repressão, será que desarmamento resolve? Cabe a sociedade e mais ainda a pedagogia questionar e analisar que atitudes e posicionamentos poderão prevenir tais atos.
Certamente todos podem perceber os sinais de aumento das desordens afetivas, psíquicas e sociais nas famílias, nas escolas e nos ambientes de trabalho. De modo geral os desequilíbrios são “anunciados” e podem ser percebidos para uma prevenção pelos educadores e responsáveis pelo futuro das novas gerações. Assim, prevenir é mais lógico que após a ocorrência buscar soluções mágicas.
Os lares devem ser mais que abrigo, que moradia; as escolas precisam ser mais que lugar de instrução e ser também local de educação. É necessário orientar pela lei do amor concreto, pelo afeto vivido pelo exemplo. De modo geral lares desajustados e violentos, escolas despreocupadas com a educação integral colaboram para desequilíbrios mentais se desenvolverem. Lares onde reinam o bom exemplo, a orientação, o respeito, o entendimento e a reconciliação favorecem a paz interior e são mais eficazes para um correto desenvolvimento psíquico, ético e social do ser humano além de facilitar, detectar e prevenir sinais de desequilíbrios.
Quando ocorrem tragédias há o despertar de emoções instantâneas que necessitam aprofundamento para a busca de soluções. Pode até ser um despertar de mentes e corações para uma melhor assistência e orientação às famílias com a adoção de políticas educacionais mais vastas, incluindo valores morais e cívicos, para um maior comedimento do ser humano e um olhar aos outros e a natureza como uma extensão de si mesmo para que seja mudada a visão de mundo.
Assim é uma guinada na educação que poderá verdadeiramente transformar a realidade e é o sinal de esperança ao alcance de todos. Quando analisamos os avanços da humanidade voando, falando-se e vendo-se independente da distância, podemos imaginar quanta capacidade, quanto bem. Por outro lado parece ter crescido também as possibilidades do mal, que tanto ameaça a humanidade. Parece que uma força puxa para o egoísmo, para a mentira e para o mal. Somente a educação integral pode colaborar para o domínio da verdade, da liberdade e da paz trabalhando o intelecto, à vontade e o sentimento de justiça o que só é possível com amor pois quem ama dá até mesmo aquilo que muitas vezes nem possui como paciência, coragem, virtude, e tempo.

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