Por que teatro? Porque é uma das mais extraordinárias formas de construir conhecimentos de fixar saberes. Os missionários católicos já usavam o teatro como catequese aos povos indígenas. O principal do teatro é quem nele trabalha.
Idealizadora: Diva
Autoras: Diva e Rosa
Produtora: contatos, promoção - Rosa
Diretora da peça: Diva
Figurinista: Karol
Apresentação
Hoje vamos vivenciar a história de uma jovem que acreditou intensamente no autor da vida e aceitou ser um instrumento para realizar o projeto do Criador. N'Ela apareceu no mundo a Aurora que precedeu o sol da justiça e Redentor da humanidade. Quem é ela? O que ela tem de tão especial?
Narradora ‘palco’ - Pouco antes da Era Cristã... havia um casal: Ana, cujo nome em hebraico significa graciosa, que pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, Joaquim cujo nome significa, Javé prepara ou fortalece, o qual pertencia à família real de Davi. Os nomes já indicam, a sua missão divina: preparar em Israel a realização das promessas messiânicas, sendo eles os imediatos progenitores da Mãe do Salvador. Foram pai e mãe da «cheia de graça, a bendita acima de todas as mulheres, a mãe de Jesus». No seio de Ana germinou a plenitude da graça; e nas suas entranhas se realizou o mistério da Imaculada Conceição.
Narradora ‘fora do palco’ - Os dois tinham por muito tempo suplicado ao Senhor uma bênção; e afinal veio a ser-lhes concedida em abundância. Neles se condensou a realização de todas as promessas de Deus, ao fazê-los pai e mãe de Maria. Eles foram a haste donde brotou a flor que havia de produzir o fruto bendito, que é Jesus, o Salvador. Grandes tiveram de ser aqueles corações e muito santos, para Deus os escolher como pais da Virgem Imaculada, Mãe de Deus.
Cena 1 – preparação do cenário – Rejeição a oferenda – templo – personagens: Joaquim, sacerdote, debochadores. “mesa, tapete, pergaminho, Torá, arco – entrada, árvore ao lado”
Narradora ‘palco’ - Joaquim era homem rico e piedoso, se casou ainda jovem... e foi censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos, e este recusou suas oferendas. Publicamente era ridicularizado, debochavam dele... não ter filhos era considerado na época uma punição de Deus pela sua inutilidade, era amaldiçoado...
Sacerdote Rúben - (És tu?! Pare não dê mais nem um passo a frente... és indigno deste templo! Tua oferenda é amaldiçoada, tu és inútil pois nem filhos os tem! Filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre é a sua recompensa. São como flechas na mão de um homem poderoso...) Debochadores chegam e observam da porta do templo (tomam-lhe a oferenda).
Narradora ‘palco’ - Mas, confiando no poder divino, Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência... jejuou e rezou por 40 dias.
Cena 2 – Súplica de Joaquim – cenário: deserto imaginário – personagens: Joaquim e Anjo do Anúncio. “iluminação ‘efeitos especiais’, troca de túnica do Joaquim.”
‘Ouve-se a suplica de Joaquim’: (Ó Senhor, criador de tudo, sei que são insondáveis seus caminhos e permaneço em vossas mãos, ouso, contudo, fazer-vos esta súplica. Ouvi, meus rogos: permita conceder um ser nascido de mim, carne de minha carne, Não rejeiteis, senhor, este desejo intenso, que não me deixa mais. A sublime visão de uma criança, muitas vezes vem deslumbrar minha mente e enaltecer meus dias... Confio senhor... ó meu Deus ainda tenho esperança... A estrela d'alva já brilha, já nova aurora reluz, o sol nascente vem vindo e banha o mundo de luz. Faça de Ana fecunda raiz, que possamos florir, confio que ainda me darás descendentes...)
Cena anjo (Joaquim... servo fiel e perseverante, nada temas! Deus é contigo e ouviu suas preces, serás abençoado e terás uma criança bendita, Ana, sua mulher, conceberá!... volte imediatamente para casa...)
Narradora ‘fora do palco’ - Ana já idosa, estéril, chorava e orava a Deus para atendê-la. Estava orando, sob uma árvore pensando que Joaquim a havia abandonado ...(ele estava no deserto) Ali, vindo do alto, um anjo do Senhor apareceu, dizendo-lhe:
Cena 3 – anúncio a Ana – cenário: banco sob árvore.
Ahjo: (Ana, trago-lhe notícias de Deus sobre sua concepção...)
Ana ‘muito emocionada e agradecida responde’: (Se o altíssimo permitir que eu conceba, será um dom do meu Deus, eu e minha casa serviremos a Ele por toda a vida.)
‘O anjo disse a ela’: (Ana, terás uma criança que será honrada e louvada por todo o mundo... Vá o mais rápido que puder encontrar-se com o seu marido...) anjo retira-se e Ana entra para a coxia.
Narradora – ‘fora do palco’ Em obediência, também a um anjo, Joaquim retornava. Eles se encontraram em um local que a tradição chama de Portão de Ouro. Ambos contavam ao mesmo tempo a notícia que o anjo lhes dera... ‘entram pelo portão’
Cena 3 – Nascimento de Maria – cenário permanece: - personagens: Joaquim, Ana e Maria bebê.
Narradora - Tendo voltado ao lar, Ana ficou grávida aos quarentas anos e deu a luz a uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. ‘Anjos fluindo... música suave...
Cena (chega Maria com o casal) Para que Maria nasceu? Maria nasce e cresce para que dela nascesse Deus, o Redentor da humanidade que veio livrar a todos da escravidão, das aflições. Maria nasce e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus, para ser a nossa mãe. Perguntai para que nasceu Maria? Nasceu para que dEla nascesse Deus... que grande graça!!!!!!!!!!!! ‘A família volta para a coxia.’
Cena 4 – O aprendizado de Maria – personagens: Ana e Maria (criança e adolescente) e o sacerdote com Torá nas mãos recebe Maria.
E Anna cumpriu a sua promessa e para que isso acontecesse, Maria, ainda na sua tenra infância, foi oferecida a serviço de Deus, foi levada ao templo para ser instruida pelos doutores da Lei. ‘A família aparece com Maria levando-a ao templo, com o Torá. Anjos fluem...’ ‘Enquanto Ana despede-se de Maria recita-se em jogral parte do sermão do padre Antonio Vieira’
Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.
Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz;
os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados, para Senhora da Guia;
os cativos, para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos, para Senhora da Graça;
e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus" (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Natividade_de_Nossa_Senhora
Cena 5 – Anúncio a Maria – cenário: casa de Maria: roca, árvore permanece, efeito luz e fumaça, marcação para Maria se ajoelhar – personagens: Maria (adolescente) e o Anjo Gabriel
Narradora – ‘fora do palco’ Maria permaceneu no templo ate os seus doze anos. (Maria adolescente, aparece trabalhando) A cultura de seu povo e as dificuldades de sobrevivência da época faziam as mulheres amadurecerem mais rápido e assumirem compromissos sociais mais cedo. Com cerca de 15 anos, no auge de sua esplendorosa beleza, com um carisma todo especial, Maria já estava prometida... já era noiva... Maria estava absorta em suas atividades quando um anjo chamado Gabriel, inesperadamente aparece como mensageiro do altíssimo e lhe transmite uma intrigante proposta, um estupendo pedido: conceber uma criança sem a participação de um homem. Ele a saudou dizendo:
Anjo Gabriel (Flavio) (“Alegra-te, altamente favorecida, o Senhor é contigo”... Não temas, Maria, pois conquistaste benevolência da parte de Deus; e conceberás em teu ventre e darás à luz um filho a quem chamarás JESUS. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David, e ele reinará no futuro sobre a casa de Jacob, e seu reino não terá fim)
Maria “Como será isso, uma vez que não conheço homem”?
Anjo Gabriel “o Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra; e por isso o que nascer de ti será chamado santo, Filho de Deus. Isabel, tua parenta, também ela concebeu um filho na sua velhice, e já está no sexto mês, aquela que era chamada estéril, porque, vindo de Deus nada é impossível”.
Maria “Eis aqui a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra”. ‘Maria permanece por alguns instantes enquanto o anjo desaparece. Levanta-se e caminha entre o público...’
Narradora – ‘fora do palco’ - A relação de Maria com Deus era estreita, intima, ultrapassava os limites da religiosidade, ela entendeu a dimensão do recado, logo que recebeu a notícia de que sua prima Izabel, de avançada idade estava grávida, sem titubear foi ao seu encontro. Izabel estava isolada, nas regiões montanhosas da cidade de Judá. Maria estava em outra região, na Galiléia. Maria, embora grávida, fez uma longa caminhada. Foram muitas milhas por regiões desérticas. Enfrentou relevos íngremes. Sobrou-lhe coragem. Sua gravidez não era um fator limitante. Ao encontrar Isabel ocorre um fato inusitado. Misteriosamente, o bebe de Izabel apresentou movimentos incomuns, contorcendo-se de maneira única. Isabel deu um grito de espanto, fez uma belíssima saudação e exaltou a coragem da prima adolescente, dizendo:
Cena 6 – Visita a Izabel – cenário: casa de Izabel – cestos, pote, ferro, pilão - personagens: Izabel, Zacarias, Maria chega. Zacarias percebe a aproximação de Maria... escreve avisando Izabel.
Izabel: ‘Maria chega’ (”Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” ‘congela-se a cena.’
Narradora - Bem aventurada a que acreditou!... feliz seja Maria, por sua valentia, feliz por sua Coragem para ser a mãe do Menino que revolucionará o mundo. Maria agradecida recita o Magnificat:
(A minha alma engrandece ao Senhor
E meu espírito exulta em Deus, meu Salvador
Porque Ele pôs os olhos sobre sua humilde serva.
Sim, doravante todas as gerações me considerarão bem-aventurada
Porque o Todo poderoso me fez grandes coisas: santo é o seu Nome.
A sua bondade se estende de geração em geração sobre os que o temem.
Ele interveio com toda a força de seu braço;
Dispersou os homens de pensamentos orgulhosos;
Precipitou os poderosos de seu trono e exaltou os humildes;
Cobriu os famintos de bens e despediu os ricos de mãos vazias.
Veio em socorro de Israel, seu servo lembrando de sua bondade,
Como dissera a nossos pais, em favor de Abraão e sua descendência, para sempre.)
Final: Apresentar à narradora (nome) que apresentará o grupo.
Reflexão – “Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!” Disse Maria ao mensageiro, pois sabia que a Deus nada é impossível, com fé ela faz seu ato de disponibilidade ao Projeto de Deus. E nós como acolhemos os "anúncios" de Deus em nossa vida? Muitas vezes o anúncio vem por meio de diferentes pessoas, as circunstâncias me fazem trocar meus projetos, outras são problemas de saúde, no nosso trabalho, na nossa família, pode acontecer que tenhamos que fazer uma mudança radical de vida. Como são nossas respostas? Priorizamos a fé, nos colocamos em disponibilidade? Somos capazes de em nossa vida cotidiana sermos as pessoas que anunciam o que consta no Evangelho? Podemos representar “Marias” ou “Anjos” hoje. Deus, ao fazer-se humano, torna-nos divinos. O que fazemos para sermos sinais do projeto de Deus, presente no mundo, na simplicidade e humildade, em comunicação e comunhão com os pequenos e marginalizados? Ou, as nossas aspirações são de ostentação, grandeza e poder?
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