quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A FLOR

Na minha infância havia na janela da cozinha Um vaso bucólico com a folha simplesinha Eu aguardava com ansiedade, todo o tempo, as chuvas torrentes Que traziam o desabrochar de flores aromáticas e misteriosas, intermitentes Agora aos sessenta, ganho da vizinha um belíssimo presente Uma flor vistosa, branca, imaculada, translúcida, que deslumbra a gente Estava em uma água fria, quase gélida, fabulosa Olhei para ela, enigmática, um espetáculo, maravilhosa Quando me viu inebriada com a flor encantadora Imagem inesquecível, deslumbrante e sedutora Explicou que aquele espetáculo, a natureza determinava Um mistério que só em noites solitárias detonava A eminência do enigma ela veio me lembrar Com minha câmera em punho, fui até lá registrar Entre nove horas e dez da noite vi a flor desabrolhar Pude em fotos registrar a ação natural que me fez maravilhar Incapaz de desvendar a charada e o poder Tanta beleza e brilho levam esta flor esconder Quem pode este segredo elucidar? Alguém pode o mistério desta flor desvendar? Por se tratar as vizinhas de uma dupla excelente Lembrei-me frases sagradas que a Bíblia traz pra gente Os fatos que olhos não viram, nem ouvidos escutaram Foi Deus que preparou para os que o amam, pois nem corações penetraram.

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