domingo, 8 de agosto de 2021

HOMENAGEM AOS PAIS

Hoje, mais uma vez homenageamos nossos pais. Pai, obrigado pela honra de sua companhia, estou certa que moldou minha Ideologia mas a minha casa interna também foi construída por todos os pais que conheci pela vida afora. Quantos me deram estrutura, me encorajaram. Saúde e paz a todos os pais do mundo! Os da família, os parentes, os religiosos, os que estudamos juntos, trabalhamos juntos, os vizinhos e especialmente os pais alunos e pais de alunos (alguns pais solo), recebam minha homenagem. Felicitações a todos! Uma das coisas que lembra muito meu pai é que era bem eloquente: fazia discursos em campanhas políticas, inaugurações e festas; dirigia Celebração da Palavra na igreja explicando leituras bíblicas; era leiloeiro; dominava a prosa com os amigos; gritava no jogo de truco. Sempre que me lembro de meu pai, na imaginação, volto aos meus locais de origem, onde vivi a infância até 15 anos e me lembro o modo que falávamos, e parece que ouço a voz dele... Tanto o sotaque com as expressões típicas. Às vezes por brincadeira, ou por costume eu ainda as uso. Quando as pronuncio, a maioria das pessoas sorriem e perguntam o significado aqui vão alguns: • “Ta tudo petecado’ – está bem bagunçado, desarrumado ou com mau gosto. A palavra, certamente, tem origem no jogo de peteca que vem da língua indígena brasileira ‘Tupi’ e significa dar bofete ou soco, pancada sem muita força com a mão aberta, palmada. Os índios jogavam para se aqueceram. Quem ‘deixa a peteca cair’ perdeu o controle de uma situação. Em 1920, nos Jogos Olímpicos, brasileiros levaram petecas para se divertirem. O jogo atraiu a atenção e interesse de participantes de outros países. Em 21 de abril de 2000 a peteca foi golpeada 4.800 vezes por José Vinícius Marques Alves e William Ribeiro Mourão, em Brasília. • “Precisa sunga a casa” – assungar, colocar em local mais alto, elevar, erguer, levantar, puxar pra cima, suspender, por exemplo: o cós de (calça ou saia). Na verdade, sunga-se o piso, as paredes, o telhado. Somente algumas casas, como a minha, pode ser sungada e até transportada completa. • O leite sopitou. Vazou, escorreu • Os cordões estão encarangados. Embaraçados • Trem bão demais da conta sô! Coisa boa demais, algo muito legal, coisa bem gostosa, momento de grande alegria. • Tô aqui matutano. Pensando, ponderando, considerando, cogitando. • Pega os trem que já vem a coisa. Pegue os objetos que já vem o trem. • Nunca faça as coisas na bistunta, tem que engendra pra “dá certo” e pra “economiza”. Bistunta, algo como “de cabeça”, quando coloca algo sem medir o quanto vai, o quanto usar, pelo costume. Engendrar, Inventar, dar origem na imaginação, criar ou ocasionar o aparecimento de alguma coisa. • Canta-se o “Virundum” Ipiranga. Ouviram do • Quando criança tinha medo do “Malamem”. “Rezava toda noite: livra do “Malamem”. Livrai-nos do mal, amém. O Malamem passou a ser na imaginação algo pior que lobisomem, todo dia tem que pedir o livramento. • “Divera? cê vai memo? Deveras, caráter verdadeiro do que se diz; realmente, pra valer, é sério. Você vai mesmo? • Amenizando as macacoa. Doença sem importância, sem gravidade, indisposição. • Não tenho pacência. Paciência. Dê’xeu falá: Meu pai foi um cara massa, num do conta de numera tanta qualidade, boa presença, tinha tudo enriba. Trabaiador de mais da conta, memo assim viveu num apertume, numa pindaiba danada. Pelejo a vida intera pra da o de cume pa famia. Vivia fuçano pra aprende e faze uns trem diferente. Era mei isbaforido, agoniado. Quandefé tava ele la no terrero fabricano argo. Brigado pai, mincino muito!...

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