quarta-feira, 21 de junho de 2023
ESTIMA-TE A TI MESMO – INTRODUÇÃO
O problema
O livro "A Evolução dos Vieses Cognitivos" e os artigos da Association for Psychological Science indicam que existem 194 padrões diferentes de falhas no raciocínio cerebral (vieses cognitivos). Além disso, Daniel Kahneman, que ganhou um Prêmio Nobel de Economia e inspirou o livro "Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar", demonstrou quanto dinheiro pode ser perdido se não analisarmos profundamente a realidade. A série "Brain Games", com suas 9 temporadas, também mostra como podemos estar equivocados sobre as coisas que observamos. Vivemos em uma sociedade cheia informação, redes sociais e vídeos adoráveis de gatinhos (bem, esse último não é tão ruim), tudo isso pode ser difícil, pode nos sobrecarregar e influenciar negativamente nosso pensamento crítico. Por que isso acontece?
Pode ser importante considerar que nosso cérebro foi moldado durante 2.600.000 anos para se adaptar a um ambiente tribal simples, e só vivemos na sociedade da informação há cerca de 50 anos. Se compararmos com uma vida humana, isso equivale a tentar se adaptar a um novo ambiente em apenas 5 horas depois de termos estado acostumados a outro por 260 mil horas.
Além da complexidade do ambiente, o cérebro também pode ser muito complexo. Estudos atuais sobre o cérebro sugerem que ele é capaz de realizar mais operações por segundo do que grãos de areia num deserto (até 100 quintilhões de operações por segundo). Somando a complexidade do cérebro e ambiente, podemos estar mais equivocados sobre nós mesmos do que pensamos.
Hipóteses y Virtudes
Por isso, pode ser interessante ter um método para nos adaptarmos melhor hoje. Se simplificarmos as coisas para entender nossas tendências comportamentais, podemos ter uma metodologia para potencializar nossas virtudes.
Em conclusão, tanto o cérebro quanto a realidade que nos rodeia são muito complexos. Há muitas coisas que simplesmente não podemos saber com certeza, mas talvez possamos estimar.
Ao estabelecer metas realistas ao buscar mudanças positivas em nosso comportamento ou hábitos, podemos avançar em direção a eles com sucesso e alcançar uma vida mais plena e satisfatória. Por exemplo, digamos que você sempre quis ser mais comunicativo e organizado, mas sente como se nunca pudesse conseguir devido às distrações modernas ao seu redor. Ao compararmos os mundos tribais antigos com o mundo moderno, podemos perceber que a necessidade humana básica de comunicação e estrutura ainda está presente hoje - apenas se expressa de maneiras diferentes.
Considerando isto, pode ser útil pensar em como nossos ancestrais resolveram esses problemas no passado para aplicá-los à nossa vida atual. Podemos estimar como nosso cérebro funciona através da análise comparativa entre esses dois mundos tão diferentes: o mundo tribal antigo e nosso mundo moderno cheio de tecnologia avançada. Dessa forma, poderíamos ter um mapa das nossas virtudes pessoais e como encaixá-las dentro da nossa realidade pessoal.
No próximo texto apresentarei uma proposta sobre como definir e organizar nossas virtudes pessoais para ajudarmos na busca por mudanças positivas que desejamos fazer em nossas vidas. Gabriel de Siqueira Brito
INCERTEZA E VIRTUDES
Nas conversas anteriores, estávamos falando sobre teorias como a biologia da crença e a importância de pensar positivo para desenvolver qualidades. Mas você sabe, entender as virtudes humanas não é algo tão novo assim. Já tinha um camarada que falava sobre isso lá em 428 antes de Cristo. Mas como é que a gente pode botar ordem e uma definição mais precisa nessas virtudes com os estudos de hoje?
Além de pensar positivo, eu quero saber exatamente onde direcionar meus pensamentos e melhorar a mim mesmo. E quando falamos de virtudes, a parada parece estar ligada à compreensão do cérebro humano. Mas, meu amigo, o cérebro tem mais informação do que podemos sequer imaginar!
Dizem por aí que ele processa uns 15 petaflops por segundo! Isso é mais unidades de informação (0 ou 1) do que grãos de areia no deserto... POR SEGUNDO! Ou seja, o cérebro é um oceano de incertezas, tem um monte de coisas que simplesmente não podemos saber. Por isso, talvez seja interessante estudar um pouquinho conhecimento da incerteza para compreender essas virtudes.
Esse tal conhecimento sobre incerteza tem tudo a ver com probabilidade. Sabe quando a gente joga uma moeda para o alto e não temos ideia de qual lado vai cair? Mas a gente pode estimar a probabilidade, tipo uns 50% para cada lado. Essa parada de incerteza também serve tanto para moedas quanto para descobrir o que é mais provável num crime. Então, por que não aplicar isso para descobrir o que é mais provável de funcionar nesse cérebro maluco?
E olha só, assim como o cérebro, a vida e a realidade das pessoas podem ser um turbilhão de coisas diferentes. Tem tanta variável por aí! Por isso, a gente precisa simplificar as coisas, porque o cérebro já tá bombardeado com um monte de informações do ambiente. E não podemos esquecer que vivemos nessa sociedade da informação, onde tudo ficou mais caótico. Então, talvez seja melhor simplificar tudo, voltar a um ambiente mais básico, mais tribal, para tentar entender como o cérebro se comporta em relação a essas virtudes.
E tem mais uma coisa: o cérebro foi moldado ao longo de 2.600.000 anos e a gente tá na sociedade da informação faz só uns 50 anos. Então, o que você acha que é mais provável: que o cérebro tá mais adaptado pra viver como numa tribo depois de 2.600.000 anos, ou nos últimos 50 anos? Aí a gente pode estudar as tendências de comportamento do cérebro de acordo com a probabilidade.
Ei, aí a gente poderia ter um mapa dessas virtudes humanas e ver onde elas se encaixam, sabe? Tipo, entender a necessidade delas e a função que elas têm. Aí, com esse mapa, eu consigo descobrir pra onde direcionar minha motivação, sabe? Aí, a gente poderia buscar ser mais virtuosa (o) de acordo com a nossa própria realidade.
Olha só, se a gente usar o conhecimento sobre incerteza, probabilidades e simplificar as coisas pra entender nossas tendências de comportamento, então a gente tem uma metodologia de como organizar essas virtudes, mesmo que as realidades humanas sejam todas diferentes e os cérebros estejam cheios de informação. Errado ou certo? Se faz sentido, qual é a chance real de melhorar de verdade, hein? Falamos no próximo texto.
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