domingo, 13 de junho de 2021

"De tudo o que o homem ergue e constrói no seu desejo de viver, nada é melhor e mais valioso aos meus olhos do que as pontes. São mais importantes que as casas, mais sagradas que os santuários". Ivo Andrić

sexta-feira, 11 de junho de 2021

LIVRO: SÃO VICENTE DE PAULO - NOSSO PADROEIRO

A justa homenagem prestada ao Padroeiro da Paróquia São Vicente de Paulo, conta sua magnífica trajetória nesta terra, vivendo completamente despojado de si mesmo, com sua forma especial de ver, tratar e conclamar a ajuda aos mais necessitados. Este trabalho busca sedimentar, cada vez mais, a necessidade da caridade na construção de um mundo mais cristão e, como conseqüência, mais humanizado e melhor. O amor de Vicente, nascido da Fé e iluminado pelo Espírito Santo, concretizou-se no pobre. Foi o pioneiro da justiça social e dos direitos humanos. Sua vida é um convite para irmos ao encontro dos pobres e com eles construir uma nova sociedade. Além de ser um santo para ser admirado, é também para ser seguido, sobretudo no seu jeito humano de viver o evangelho. É muito importante escolher bem o que lemos para sermos pessoas melhores.Livro SVP 2010 .pdf IR ATÉ: https://drive.google.com/file/d/1JlN6scfMtZhTsN_qK9ASww1GR_M4En8T/view?usp=sharing

PAPAI, MEU QUERUBIM DE BOTINA

Imitando uma homenagem ao Geraldo, “tio Geraldinho”, casado com uma minha tia, reverencio, papai, que era o “tio Geraldão” que hoje completaria 100 anos. Um ser incrível que construía também pontes, escolas e igrejas, tanto na configuração estrutural, quanto no aspecto interno das pessoas, no íntimo, espiritual. Papai era um mensageiro da justiça humana como também da justiça divina. Querubim é visto como um anjo que possui corpo de criança e quando eu via papai participar das comemorações da escola, se fantasiar, dançar, sorrir, era meu Querubim de Botina. Quando o Papa Francisco visitou Marrocos, lembro-me de ouvi-lo dizer: “Os construtores de pontes vão avante" Construir tais pontes vai além do humano, exige coragem e esforço. No romance de Ivo Andrich, "A Ponte sobre a Drina": ele diz que a ponte é feita por Deus com as asas dos anjos para que os homens se comuniquem... para que os homens possam se comunicar. Lembro-me de ouvir de pessoas envolvidas em algum conflito nos intervalos das audiências com papai (o que, provavelmente, corresponde hoje com os voluntários Mediadores) que nunca tinha visto alguém tão honesto e que colocava a “mão no fogo” por ele. Ele jamais 'lavava as mãos' como Pilatos, se esquivando da responsabilidade. Nestas reuniões podia ouvir papai falar sobre o que tocava o coração como: a paz, a unidade, a fraternidade que eram acolhidas com um respeito muito grande. Via-se que “de mãos dadas com as pessoas” semeava a esperança. O diálogo deve ser humano, e se é humano é com a mente, o coração e as mãos, sempre com a presunção de inocência. “Para entender uma situação é preciso dar todas as explicações e depois procurar os significados. Assim era papai, prova de que educar “É um exercício de eternidade” e, como disse São Vicente de Paulo: “O amor é criativo até o infinito.” O que papai falou e fez persiste. Como pode ser o que era, fazer o que fez, se só frequentou a escola por um mês? PAPAI MINHA ADMIRAÇÃO E GRATIDÃO ETERNAS

sábado, 5 de junho de 2021

FAMÍLIA, ECOLOGIA, VIDA COMPARTILHADA

A paz interior das pessoas tem muito a ver com o cuidado da ecologia e com o bem comum, porque, autenticamente vivida, reflete num equilibrado estilo de vida aliado com a capacidade de admiração que leva à profundidade da vida. Na família, cultivam-se os primeiros hábitos de amor e cuidado da vida, como, por exemplo, o uso correto das coisas, a ordem e a limpeza, o respeito pelo ecossistema local e a proteção de todas as criaturas. A família é o lugar da formação integral, onde se desenvolvem os distintos aspectos, intimamente relacionados entre si, do amadurecimento pessoal. Na família, aprende-se a pedir licença sem servilismo, a dizer «obrigado» como expressão duma sentida avaliação das coisas que recebemos, a dominar a agressividade ou a ganância, e a pedir desculpa quando fazemos algo de mal. Estes pequenos gestos de sincera cortesia ajudam a construir uma cultura da vida compartilhada e do respeito pelo que nos rodeia. Todas têm um papel importante a desempenhar nesta educação. Tendo em conta o muito que está em jogo, do mesmo modo que são necessárias instituições dotadas de poder para punir os danos ambientais, também nós precisamos de nos controlar e educar uns aos outros. A grande riqueza constitui uma magnífica contribuição para o esforço de renovar a humanidade. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

EDUCAR PARA A ALIANÇA ENTRE A HUMANIDADE E O AMBIENTE

A educação ambiental deveria predispor-nos para dar este salto para o Mistério, do qual uma ética ecológica recebe o seu sentido mais profundo. Além disso, há educadores capazes de reordenar os itinerários pedagógicos duma ética ecológica, de modo que ajudem efetivamente a crescer na solidariedade, na responsabilidade e no cuidado firme na compaixão. É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias. Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano. E não se pense que estes esforços são incapazes de mudar o mundo. Estas ações espalham, na sociedade, um bem que frutifica sempre para além do que é possível constatar; provocam, no seio desta terra, um bem que sempre tende a difundir-se, por vezes invisivelmente. Além disso, o exercício destes comportamentos restitui-nos o sentimento da nossa dignidade, leva-nos a uma maior profundidade existencial, permite-nos experimentar que vale a pena a nossa passagem por este mundo. Vários são os âmbitos educativos: a escola, a família, os meios de comunicação e outros. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CONSUMISMO

Sabemos que é insustentável o comportamento daqueles que consomem e destroem cada vez mais, enquanto outros ainda não podem viver de acordo com a sua dignidade humana. A maior parte dos habitantes do planeta declara-se crente, e isto deveria levar as religiões a estabelecerem diálogo entre si, visando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção duma trama de respeito e de fraternidade. A gravidade da crise ecológica obriga-nos, a todos, a pensar no bem comum e a prosseguir pelo caminho do diálogo que requer paciência, ascese e generosidade, lembrando-nos sempre que «a realidade é superior à ideia». Falta a consciência duma origem comum, duma recíproca pertença e dum futuro partilhado por todos. O mercado tende a criar um mecanismo consumista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos. Quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Mas nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social que lhes seja imposto. «Comprar é sempre um ato moral, para além de econômico». Por isso, hoje, «o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós». «Como nunca antes na história, o destino comum obriga-nos a procurar um novo início. Que o nosso seja um tempo que se recorde pelo despertar duma nova reverência face à vida, pela firme resolução de alcançar a sustentabilidade, pela intensificação da luta em prol da justiça e da paz e pela jubilosa celebração da vida». Sempre é possível desenvolver uma nova capacidade de sair de si mesmo rumo ao outro. Sem tal capacidade, não se reconhece às outras criaturas o seu valor, não se sente interesse em cuidar de algo para os outros, não se consegue impor limites para evitar o sofrimento ou a degradação do que nos rodeia. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CUIDAR DO MEIO AMBIENTE

A preocupação pelo meio ambiente, deve ser unida ao amor sincero pelos seres humanos e ao compromisso constante com os problemas da sociedade. O ser humano «já não sente a natureza como norma válida nem como um refúgio vivente, vê-a como espaço e matéria onde realizar uma obra em que se imerge completamente, sem se importar com o que possa suceder a ela». Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância dum pobre, dum embrião humano, duma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Se a crise ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise ética, cultural e espiritual da modernidade, não podemos iludir-nos de sanar a nossa relação com a natureza e o meio ambiente, sem curar todas as relações humanas fundamentais. Como tudo está intimamente relacionado e que os problemas atuais requerem um olhar que tenha em conta todos os aspectos da crise mundial, detenhamos agora a refletir sobre os diferentes elementos duma ecologia integral, que inclua claramente as dimensões humanas e sociais. A ecologia estuda as relações entre os organismos vivos e o meio ambiente onde se desenvolvem. Nunca é demais insistir que tudo está interligado. Quando falamos de «meio ambiente», fazemos referência também a uma particular relação: a relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede-nos de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos. Embora não tenhamos consciência disso, dependemos desse conjunto para a nossa própria existência. Hoje, a análise dos problemas ambientais é inseparável da análise dos contextos humanos, familiares, laborais, urbanos, e da relação de cada pessoa consigo mesma, que gera um modo específico de se relacionar com os outros e com o meio ambiente. Assim como a vida e o mundo são dinâmicos, assim também o cuidado do mundo deve ser flexível e dinâmico. Os ambientes onde vivemos influem sobre a nossa maneira de ver a vida, sentir e agir. Ao mesmo tempo, no nosso quarto, na nossa casa, no nosso lugar de trabalho e no nosso bairro, usamos o ambiente para exprimir a nossa identidade. Esforçamo-nos por nos adaptar ao ambiente e, quando este aparece desordenado, caótico ou cheio de poluição visiva e acústica, o excesso de estímulos põe à prova as nossas tentativas de desenvolver uma identidade integrada e feliz. É preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos visuais e das estruturas urbanas que melhoram o nosso sentido de pertença, a nossa sensação de enraizamento, o nosso sentimento de «estar em casa» dentro da cidade que nos envolve e une. Aprender a aceitar o próprio corpo, a cuidar dele e a respeitar os seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. A ecologia integral é inseparável da noção de bem comum, princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social. A noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeneracional. Quando pensamos na situação em que se deixa o planeta às gerações futuras, entramos noutra lógica: a do dom gratuito, que recebemos e comunicamos. Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir dum critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual. Esta é uma questão essencial de justiça, pois a terra que recebemos pertence também àqueles que hão de vir. O ritmo de consumo, desperdício e alteração do meio ambiente superou de tal maneira as possibilidades do planeta, que o estilo de vida atual – por ser insustentável – só pode desembocar em catástrofes, como, aliás, já está a acontecer periodicamente em várias regiões. A atenuação dos efeitos do desequilíbrio atual depende do que fizermos agora, sobretudo se pensarmos na responsabilidade que nos atribuirão aqueles que deverão suportar as piores consequências. Desde meados do século passado e superando muitas dificuldades, foi-se consolidando a tendência de conceber o planeta como pátria e a humanidade como povo que habita uma casa comum. A interdependência obriga-nos a pensar num único mundo, num projeto comum. É possível gerar uma maior responsabilidade, um forte sentido de comunidade, uma especial capacidade de solicitude e uma criatividade mais generosa, um amor apaixonado pela própria terra, tal como se pensa naquilo que se deixa aos filhos e netos. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CUIDAR DA TERRA – NOSSA CASA COMUM

O cuidado dos ecossistemas requer uma possibilidade que se amplie para além do agora. Caso contrário testemunharemos mudanças gravíssimas de degradação ambiental trazendo sofrimentos para toda a humanidade. Toda a natureza está interligada e deve ser reconhecida e cuidada incluindo o ser humano que tem direito a viver e ser feliz e possui uma dignidade especial. É impossível deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas. Os ambientes natural e humano degradam-se em conjunto; e para enfrentar adequadamente a deterioração ambiental, deve-se dar atenção às causas da degradação humana e social, pois a verdadeira abordagem ecológica se torna uma abordagem social e deve integrar a justiça atendendo tanto o clamor da terra como as necessidades dos pobres. O desperdício de alimentos produzidos faria muita diferença na casa do pobre. É preciso conscientizarmos de que somos uma única família humana. Tudo está interligado. Nos últimos tempos maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nunca. O ser humano é capaz de interferir positivamente. Muitos estão intervindo com ações de generosidade, solidariedade e cuidado. A esperança é de que sempre há soluções, sempre pode-se mudar de direção, e fazer algo para a solução dos problemas. Se quisermos estabelecer uma ecologia para reparar o que foi e que está sendo destruído, devemos unir todos os ramos de atividades, das ciências, todo conhecimento e sabedoria. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

POLUIÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

Estamos perante um preocupante aquecimento do sistema climático. Um ciclo vicioso que agrava ainda mais a situação e que incidirá sobre a disponibilidade de recursos essenciais como a água potável, a energia e a produção agrícola das áreas mais quentes e provocará a extinção de parte da biodiversidade do planeta. Se a tendência atual se mantiver, este século poderá ser testemunha de mudanças climáticas inauditas e duma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequências para todos nós. A falta de reações diante destes dramas é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil. Muitos sintomas indicam que tais efeitos poderão ser cada vez piores, se continuarmos com os modelos atuais de produção e consumo. O nível atual de consumo de água, o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos. O acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. Alguns estudos assinalaram o risco de sofrer uma aguda escassez de água dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes. Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais, que já não poderemos conhecer, que os nossos filhos não poderão ver, perdidas para sempre. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

5 de agosto - Dia Nacional da Saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como: “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausê...