sábado, 27 de dezembro de 2008

Eu acho

Eu achava...
Quando não se quer tomar total responsabilidade pelo que se fala, geralmente os indecisos ou sem confiança, dizem que acham: “eu acho que isto esta certo”. Se está certo ou não, não importa, o “eu acho” faz a pessoas se redimirem consigo mesmas. “Eu acho que se pode confiar em Deus”. Se não se puder, a culpa também não é minha porque “eu acho”. “Eu acho que ele deve ser um bom amigo“ é o mesmo que dizer: Ele pode, ou não ser um bom amigo se quiser. O que você acha?
Já outros, os mais duvidosos intelectuais preferem o: “eu penso”. “eu penso em fazer caridade” ou “Eu pensei que não o teria magoado” ou “eu pensei errado”. Descartes, na sua filosofia resumiu: “penso logo existo” quer dizer: uma pedra não pensa então ela não existe? Alguns humoristas chacotam dizendo: “eu era tão magro que pensava que na existia”. Como o Joãozinho que diz para sua mãe que deu um lugar para uma senhora no ônibus. E na duvida ela confirma: “deu um lugar Joãozinho?” Ele apertado responde: “Não, mas eu pensei em dar.”
O eu penso é uma auto-desculpa. É como assinar em cartório o poder da dúvida. Imagine um candidato a se eleger: “eu penso, eu acho que vou fazer uma promessa, que trarei saneamento básico.” Isso é achar que pensar em prometer é ser uma pessoa de valor.
E nós cristãos? Quando pronunciamos e demonstramos o “Eu creio!”, damos uma noção de escolha. Se eu creio, eu escolhi crer. Podemos ser instigados a achar e a pensar mas não a crer. Crer é questão de opção, se o que se crer estiver errado se assume a culpa. O “Eu creio” dá noção de responsabilidade por isto: Eu creio em Deus pai, todo poderoso.
Gabriel de Siqueira

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