segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mudar a educação

Quando vemos o que fazem a maioria das pessoas é impossível deixar de julgar, de pensarmos que o Deus dos outros é diferente de nosso Deus. Isto ocorre porque deixamos de perceber, de ver nosso comportamento.
Infelizmente, a maioria das pessoas, cresceram vivenciando, convivendo com situações onde era aceitável pequenos roubos e pequenas mentiras (como se o roubo e a mentira valessem pelo tamanho?!...) passam a fazer o mesmo, transforman-se em vigaristas... passam a achar natural, procrastinar, deixam tudo para outro dia, adiam, demoram para tomar uma atitude. Vivemos numa época onde é a maioria das pessoas que procrastinam que deixam tudo para depois, preferem esperar por muuuiito tempo... esquecem que os outros se chateiam, se entristecem, se sentem enganados com os: “Amanhã eu vou até sua casa”. “Amanhã eu ligo”. Amanhã eu faço,”. Lançam sentimentos negativos... por este motivo as conseqüências são também para quem pratica, voltam para eles... torna-se um círculo vicioso de sofrimentos para ambos.
Na maioria das vezes tais comportamentos evoluem de mansinho e penetram aos poucos nas mentes e nos corações e, sem que as pessoas percebam passam a praticar atos piores, tornam-se tíbios. "A alma caída em tibieza não pensa em se corrigir de suas faltas: e estas se multiplicando a tornam de tal sorte insensível aos remorsos, que um dia chega onde se acha perdida, sem que sequer o tenha percebido!" (Santo Afonso Maria de Ligório - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo) A tibieza, que impede a nossa santificação é aquela que chamamos de Evitável: cometer pecados veniais refletidos, cometidos de olhos abertos, bem que podemos evitá-los em nossa vida. Dizia Santa Teresa D'Avila: 'Que Deus nos livre dos pecados deliberados, por pequeno que seja!'.Assim, por exemplo as mentiras voluntárias, as pequenas murmurações, as imprecações, os ressentimentos, o caçoar do próximo, as palavras picantes, a vaidade, as antipatias nutridas no coração, a afeição desordenada a pessoas de outro sexo." Santa Teresa D'Avila dizia que esses pecados são como vermes que não se deixam conhecer enquanto não roerem as virtudes em nós...Com as coisas pequenas os buracos vão se abrindo por onde entram as coisas grandes. Por causa delas, Deus diminui as luzes mais claras no coração, seu socorro mais forte, e nos tira o consolo espiritual da alma. E até mesmo... finalmente deixará tudo, como já tem acontecido muitas vezes a tantas pessoas infelizes" (Santo Afonso Maria de Ligório - A Prática do amor a Jesus Cristo)
Somente uma virada na forma de pensar, somente uma mudança dos paradigmas educacionais, poderá colaborar para a melhoria de tal situação. No entanto, as pessoas se acham capazes, conhecedoras e se negam a buscar o conhecimento. "É preciso, dizia São Vicente de Paulo, aproveitar todas as ocasiões para instruir-se, e assim se tornar mais capaz de servir a Deus e aos homens".
Também foi uma preocupação do Concilio vaticano II: “No entanto, evitem os homens entregar-se apenas aos esforços de alguns, sem se preocuparem com a própria mentalidade. [...] Nada aproveitarão com dedicar-se à edificação da paz enquanto os sentimentos de hostilidade, desprezo e desconfiança, os ódios raciais e os preconceitos ideológicos dividirem os homens e os opuserem uns aos outros. Donde a enorme necessidade de uma renovação na educação das mentalidades e na orientação da opinião pública. Aqueles que se consagram à obra da educação, sobretudo da juventude, ou que formam a opinião pública, considerem como gravíssimo dever o de procurar formar as mentalidades de todos para novos sentimentos pacíficos. Todos nós temos, com efeito, de reformar o nosso coração, com os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos realizar juntos para o progresso da humanidade.”
Buscar o conhecer é praticar a vida, ultrapassando os sentidos e os pensamentos. Viver com afeto, com honestidade e verdade (sem pensar em tamanho), com sentimento positivo para com o educando, pois a criança que o recebe desenvolve-se e faz crescer o seu senso de respeito próprio. O educando têm características próprias que devem ser respeitadas pelos educadores e é a base educacional para o pleno desenvolvimento da personalidade. Os esforços são para a criatividade e para a formação dos sentimentos, onde o educador (escola, família, parentes, amigos) seja o mediador da aprendizagem buscando a valorização do emocional para a concretização do intelectual, utilizando-se da força da motivação e da comunicação, que traz à tona as capacidades latentes do ser humano, melhorando extraordinariamente seu desempenho, em todos os setores da vida de forma natural, uma vez que, somente motivado o ser humano é capaz de produzir com efetividade e com a qualidade necessária.
Desenvolver incentivos e técnicas conscientizadoras da força interior de cada ser humano com o hábito da leitura e discussão de temas que estimulem a inteligência emocional com a valorização da capacidade individual para um perfeito equilíbrio e integração social levando a confiança em si mesmo e no outro que passa a interagir e influenciar pelo “orgulho” de cada um, fazendo com que seja fiel aos objetivos traçados, perseguindo-os com determinação, transformando as idéias em realidade. A base desta metodologia é cativar as pessoas, criando laços com a demonstração de alegria e valorização.
O educando deve ser o agente do processo. Ouvir “a falação” dos pais, da igreja, copiar “os deveres impostos pelos professores” e repetir, repetir... deve dar lugar a questionamentos, procura de respostas e soluções para situações concretas e da vivência. O incentivo será para que as atividades sejam, preferencialmente, coletivos e em grupo onde a cooperação substituirá a competição e o individualismo, para que a convivência social e a solidariedade sejam praticados. Quem educa ao invés de informadores serão os animadores e o ser em desenvolvimento ao invés de ouvinte será o pesquisador.
Este pensar educacional contribui para a formação de pessoas éticas, críticas, autônomas, solidárias e responsáveis, capazes de uma melhor integração em todos os domínios melhorando a realidade social, para que a sociedade se torne mais justa, democrática e feliz e com que está felicidade, acreditamos, se perdure além desta vida...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CASTIGO X AFETO

VAMOS REFLETIR
O castigo parece ser prática comum e aceita por todos na tarefa de educar. É a tradicional educação pelo medo. Punir o educando retirando-lhe pontos na nota ou suprimido algo que ele goste desgasta a relação educador-educando, pois intimida para reduzir ou suprimir a atitude indesejada. Deixa de educar sentimentos e emoções, de construir valores pela reflexão e análise do ocorrido para compreensão e alteração da atitude indesejada. Quase sempre, o resultado da punição é a agressividade, a revolta, o desânimo e o desinteresse.
O reverso da medalha é o elogio que reforça a auto-estima. É o reforço do positivo, sem exagero, em todas as oportunidades, em todas as atitudes adequadas, sem esquecer, no entanto, que a auto-avaliação, a autocrítica é muito importante no desenvolvimento humano. Demonstre a importância da persistência para se atingir as metas propostas.
Outro estímulo é a participação, a contribuição do que sabe e do que pode fazer na sala de aula.
Estimule a participação do educando com perguntas.
• Perguntas ocorrem se ele tiver confiança no educador.
• É sinal de que o assunto despertou a atenção.
• Ás vezes o educador fica em dúvida, confesse-a com lealdade, mas lembre-se de responder oportunamente.
• As respostas devem ser adequadas ao nível de desenvolvimento do educando.
• Mesmo que a considere absurda responda.
• Pense antes de responder para responder corretamente.
Assim, como a atividade lúdica é inerente à natureza humana a ESCOLA, consciente da necessidade de despertar a consciência individual, deve inserir como atividade pedagógica, o horário dos intervalos ou recreios, pois é oportunidade para educar aspectos da personalidade e desenvolver as melhores habilidades do educando com efeitos benéficos. Os recreios são oportunidades de prática de jogos e brincadeiras, os quais estão intimamente vinculados à imaginação e aumenta o entusiasmo pelo desejo de superação de dificuldades, onde se utiliza e estimula-se a argúcia e inúmeras habilidades. São atividades que contribuem de forma notável para o desenvolvimento das faculdades humanas e é importante instrumento pedagógico. Favorecem o processo de socialização e representam uma forma de exercitar e aperfeiçoar as próprias capacidades físicas, psíquicas e intelectuais. As riquezas dos momentos de recreio e brincadeiras são excelentes oportunidades para se construir, conceitos, valores e regras sociais.
Uma saudável forma de diversão provoca a inteligência, estimula a fantasia, oportuniza a criatividade apoiando e expressando a afetividade, pois o jogo ou brinquedo é o fio condutor para todo o desenvolvimento infantil. Brincando a criança aprimora suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação e sua socialização. É o prazer lúdico que move a criança e incentiva a descoberta e mantém o equilíbrio de sua vida mental.
“É através do jogo que as crianças aprendem gradativa e desordenadamente as regras do grupo, os métodos de sobrevivência, os padrões sociais e principalmente constroem a sua visão do mundo”. A função do adulto é de observador ativo, de como estão se dando as relações de sociabilidade, resolvendo conflitos e encorajando os mais tímidos.
Nas brincadeiras e jogos a criança busca um objetivo importante e ganhando ou perdendo exercita a assimilação de êxitos e fracassos da vida real com maturidade e sentido de responsabilidade. Em muitas brincadeiras é necessário traçar estratégias e raciocinar-se com lógica, em outras exercitar a memorização, situações de negócio, de aventura, representações de situações da vida real que funcionam como um ensaio gradual para a vida em sociedade, que a ajuda a descobrir e compreender a realidade.
A Pedagogia moderna deve conhecer e aplicar o jogo e brincadeiras como instrumentos que educam para os comportamentos sociais e inculcam-lhes conhecimentos, além de oportunizar o estímulo de habilidades inatas.
O treino de respeito ao semelhante, de compartilhar com os colegas e muitas dificuldades entre as quais, da fala, da leitura e da escrita, podem ser melhoradas com a ajuda de brincadeiras.
A educação nunca deve sufocar a liberdade. O educando deve agir com liberdade sem transformar em anarquia o espaço escolar lembrando que a liberdade inclui o respeito ao outro e ao professor. Alguns são extremamente irrequietos, faladores, mas todos, certamente, são opositores. Aceitar restrições deve ser algo que o interesse e se for por ele sugerido será por ele respeitado. Se o planejamento das atividades for conjunto, estiverem conforme as possibilidades (nível de desenvolvimento) do educando, o entusiasmo e o interesse serão naturais. A agressividade demonstrada, por exemplo, quando se rasga o livro ou as folhas de atividades, pode ser devido à dificuldade em demasia. Se ele está em boas condições de saúde, relaciona-se bem com o educador e colegas, sente amor e segurança e o clima emocional da turma é satisfatório, tem o básico para que a construção do conhecimento ocorra efetivamente.
É claro que há ocasiões em que o educador deve ter atitudes enérgicas diante de certas condutas. Tais ocorrências trazem, até mesmo, segurança ao educando que se tiver todas e quaisquer condutas aceitas como boas, poderá ter a sensação de abandono.
Enfatizamos que para a melhoria da qualidade de ensino, basta que o professor esteja motivado, que seja um entusiasta em sua profissão e que tenha orientações de como planejar e executar suas atividades. Somente assim, poderão ocorrer mudanças radicais para a melhoria contínua tão desejada no ensino. Pois a escola é a escola a maior responsável para que as gerações que nos sucederem busquem o aprendizado no decorrer de toda a vida e acreditem que a alegria, a auto-estima e o viver em harmonia são capacidades de todas as pessoas e é para tanto que nos comprometemos em defesa do valor das formas criativas e multifacilitadoras para o aprendizado. Precisamos mudar a idéia de que o aluno vai para a escola somente para passar de ano ao invés de ir para conhecer, para aprender.
A escola deve ser o lugar mais interessante do mundo para onde se quer ir todos os dias e de onde não se quer voltar. Para isso o ensino deve ser cada vez mais dinâmico e só se consegue com métodos, técnicas e procedimentos que motivem, sejam despertadores da curiosidade e estimuladores da curiosidade, levando-se em conta as potencialidades do educando estimulando suas inteligências.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CONHECENDO UM POUCO MAIS DAS CRIANÇAS

A criança, especialmente período da Educação Infantil, encontra-se em uma fase em que ocorrem mudanças contínuas e rápidas quanto ao seu desenvolvimento global. Assim, o educador deve conhecer as etapas do processo evolutivo do educando, como se processa o desenvolvimento motor, a linguagem, a socialização, e os comportamentos típicos de cada idade, para utilizar métodos, técnicas e procedimentos adequados.
Aspecto emocional: por volta dos dois anos e meio a criança vive um “período de oposição” que demonstra necessidade de afirmação e vontade de independência. Demonstrando o desejo de auto-afirmar-se, para tomar consciência de si mesmo, opõe-se aos outros procurando impor a sua vontade.
Por volta dos três anos ela descobre sua auto-identidade e a existência dos dois sexos o que provoca profundas repercussões emocionais.
Na segunda infância, de 3 a 7 anos, os fenômenos afetivos centrais são o complexo de Édipo (paixão pelo pai, mãe) e o complexo de Caim (ciúme entre irmãos)
Aspecto Social: as primeiras amizades aparecem entre 2 a 5 anos mas são casuais, instáveis e passageiras. A criança não apresenta distinção de sexo nas brincadeiras e amizades.
Aspecto intelectual: entre nove e dez anos os interesses são mais duradouros, é capaz de manter a atenção por mais tempo. Gosta de ler, tem preferência pelo próprio sexo. Preocupa-se pelas crenças, idéias e costumes dos outros. Prefere ajustar-se aos padrões dos companheiros que aos dos adultos.
Somente o educador tem a felicidade de exercer uma profissão onde continua na infância, este período maravilhoso e especial, porque para orientar, tem que agir como a criança, falar como a criança e se colocar em seu lugar para entender como criança pensa.

SER AMIGO É ACEITAR E COMPREENDER O OUTRO -

17-09 – DIA DA COMPREENSÃO MUNDIAL Qual será o segredo para uma convivência, um relacionamento feliz, bem-sucedido e duradouro? Sem dúvida ...