segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CASTIGO X AFETO

VAMOS REFLETIR
O castigo parece ser prática comum e aceita por todos na tarefa de educar. É a tradicional educação pelo medo. Punir o educando retirando-lhe pontos na nota ou suprimido algo que ele goste desgasta a relação educador-educando, pois intimida para reduzir ou suprimir a atitude indesejada. Deixa de educar sentimentos e emoções, de construir valores pela reflexão e análise do ocorrido para compreensão e alteração da atitude indesejada. Quase sempre, o resultado da punição é a agressividade, a revolta, o desânimo e o desinteresse.
O reverso da medalha é o elogio que reforça a auto-estima. É o reforço do positivo, sem exagero, em todas as oportunidades, em todas as atitudes adequadas, sem esquecer, no entanto, que a auto-avaliação, a autocrítica é muito importante no desenvolvimento humano. Demonstre a importância da persistência para se atingir as metas propostas.
Outro estímulo é a participação, a contribuição do que sabe e do que pode fazer na sala de aula.
Estimule a participação do educando com perguntas.
• Perguntas ocorrem se ele tiver confiança no educador.
• É sinal de que o assunto despertou a atenção.
• Ás vezes o educador fica em dúvida, confesse-a com lealdade, mas lembre-se de responder oportunamente.
• As respostas devem ser adequadas ao nível de desenvolvimento do educando.
• Mesmo que a considere absurda responda.
• Pense antes de responder para responder corretamente.
Assim, como a atividade lúdica é inerente à natureza humana a ESCOLA, consciente da necessidade de despertar a consciência individual, deve inserir como atividade pedagógica, o horário dos intervalos ou recreios, pois é oportunidade para educar aspectos da personalidade e desenvolver as melhores habilidades do educando com efeitos benéficos. Os recreios são oportunidades de prática de jogos e brincadeiras, os quais estão intimamente vinculados à imaginação e aumenta o entusiasmo pelo desejo de superação de dificuldades, onde se utiliza e estimula-se a argúcia e inúmeras habilidades. São atividades que contribuem de forma notável para o desenvolvimento das faculdades humanas e é importante instrumento pedagógico. Favorecem o processo de socialização e representam uma forma de exercitar e aperfeiçoar as próprias capacidades físicas, psíquicas e intelectuais. As riquezas dos momentos de recreio e brincadeiras são excelentes oportunidades para se construir, conceitos, valores e regras sociais.
Uma saudável forma de diversão provoca a inteligência, estimula a fantasia, oportuniza a criatividade apoiando e expressando a afetividade, pois o jogo ou brinquedo é o fio condutor para todo o desenvolvimento infantil. Brincando a criança aprimora suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação e sua socialização. É o prazer lúdico que move a criança e incentiva a descoberta e mantém o equilíbrio de sua vida mental.
“É através do jogo que as crianças aprendem gradativa e desordenadamente as regras do grupo, os métodos de sobrevivência, os padrões sociais e principalmente constroem a sua visão do mundo”. A função do adulto é de observador ativo, de como estão se dando as relações de sociabilidade, resolvendo conflitos e encorajando os mais tímidos.
Nas brincadeiras e jogos a criança busca um objetivo importante e ganhando ou perdendo exercita a assimilação de êxitos e fracassos da vida real com maturidade e sentido de responsabilidade. Em muitas brincadeiras é necessário traçar estratégias e raciocinar-se com lógica, em outras exercitar a memorização, situações de negócio, de aventura, representações de situações da vida real que funcionam como um ensaio gradual para a vida em sociedade, que a ajuda a descobrir e compreender a realidade.
A Pedagogia moderna deve conhecer e aplicar o jogo e brincadeiras como instrumentos que educam para os comportamentos sociais e inculcam-lhes conhecimentos, além de oportunizar o estímulo de habilidades inatas.
O treino de respeito ao semelhante, de compartilhar com os colegas e muitas dificuldades entre as quais, da fala, da leitura e da escrita, podem ser melhoradas com a ajuda de brincadeiras.
A educação nunca deve sufocar a liberdade. O educando deve agir com liberdade sem transformar em anarquia o espaço escolar lembrando que a liberdade inclui o respeito ao outro e ao professor. Alguns são extremamente irrequietos, faladores, mas todos, certamente, são opositores. Aceitar restrições deve ser algo que o interesse e se for por ele sugerido será por ele respeitado. Se o planejamento das atividades for conjunto, estiverem conforme as possibilidades (nível de desenvolvimento) do educando, o entusiasmo e o interesse serão naturais. A agressividade demonstrada, por exemplo, quando se rasga o livro ou as folhas de atividades, pode ser devido à dificuldade em demasia. Se ele está em boas condições de saúde, relaciona-se bem com o educador e colegas, sente amor e segurança e o clima emocional da turma é satisfatório, tem o básico para que a construção do conhecimento ocorra efetivamente.
É claro que há ocasiões em que o educador deve ter atitudes enérgicas diante de certas condutas. Tais ocorrências trazem, até mesmo, segurança ao educando que se tiver todas e quaisquer condutas aceitas como boas, poderá ter a sensação de abandono.
Enfatizamos que para a melhoria da qualidade de ensino, basta que o professor esteja motivado, que seja um entusiasta em sua profissão e que tenha orientações de como planejar e executar suas atividades. Somente assim, poderão ocorrer mudanças radicais para a melhoria contínua tão desejada no ensino. Pois a escola é a escola a maior responsável para que as gerações que nos sucederem busquem o aprendizado no decorrer de toda a vida e acreditem que a alegria, a auto-estima e o viver em harmonia são capacidades de todas as pessoas e é para tanto que nos comprometemos em defesa do valor das formas criativas e multifacilitadoras para o aprendizado. Precisamos mudar a idéia de que o aluno vai para a escola somente para passar de ano ao invés de ir para conhecer, para aprender.
A escola deve ser o lugar mais interessante do mundo para onde se quer ir todos os dias e de onde não se quer voltar. Para isso o ensino deve ser cada vez mais dinâmico e só se consegue com métodos, técnicas e procedimentos que motivem, sejam despertadores da curiosidade e estimuladores da curiosidade, levando-se em conta as potencialidades do educando estimulando suas inteligências.

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