Em viagem ao Rio Grande do Norte, conheci o maior cajueiro do mundo, media + ou - 800m2. de extensão e estava carregado de belos cajus. Resolvi trazer algumas “caretas” como são chamadas as castanhas de cajus e na escola resolvi fazer um concurso, imitando uma história que li um dia. Distribuí as sementes aos interessados, em fevereiro, pedi que as plantassem e trouxessem na primavera, mais precisamente no Dia do Professor e, uma delas, a mais bonita, receberia um presente surpresa e um prêmio de R$100,00.
Chegando o grande dia vasos com lindas mudinhas me foram sendo entregues. Uma das professoras a Lu, chegou dizendo estar frustrada, mostrando o vaso apenas com a terra. “Tudo fiz mas a semente não germinou!”.
Pedi que todas os participantes fizessem uma roda e anunciei a premiada: o presente e os R$100,00 foram ganhos pela professora Lu. Todos se entreolharam sem entender pois só havia um vaso com terra. O presente é dela por ter sido honesta, sincera e transparente. Somente pode ser educador quem cultivar tais valores. As sementes que lhes entreguei são de cajus do maior cajueiro do mundo que desafia os cientistas e continua a crescer e a produzir dia a dia. No entanto, sem que aja uma explicação científica suas sementes são estéreis, incapazes de germinar. Seu vaso está sem a planta pois ela representa a planta mais produtiva que existe: ser verdadeira é o maior tesouro que possui. E foi assim que convivi 9 anos com ela, lutando contra injustiças, influenciando pessoas e mudando os rumos da escola.
Lu, é assim: simples, autêntica e honesta.
Um comentário:
Obrigado por lembrar dessa pessoa tão maravilhosa e dos atos que devem ser seguidos.
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