sábado, 10 de agosto de 2019

PAI DE TODOS , UM SANTO ALEGRE E BRINCALHÃO

Os pais são os seres muito importantes em uma vida. A marca indelével que são capazes de deixar jamais se apagará. Esta é a mais importante das tarefas humanas: gerar, prover, orientar e amar seus rebentos. Alguns mesmo sem gerarem filhos são pais, são santos pais. Todos, certamente, conheceram ou conhecem criaturas santas pelo caminho da vida. Tive a honra de conhecer e trabalhar com Dom Juvenal Roriz que foi uma dessas pessoas. Era um religioso cheio de sabedoria, ativo, criativo e de provado valor eclesial, bondoso, misericordioso e compassivo. Em Roma, laureou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, primeiro membro da Província a alcançar oficialmente o título de doutor. Pregou missões em vários Estados do Brasil, foi pároco da 1ª Paróquia Redentorista de Brasília\DF. Dom Roriz, além de muito inteligente e vivo, era alegre, expansivo, brincalhão,  gostando de aprontar peças com as quais se divertia, dando boas risadas ao contá-las. Ninguém desconfiava das terríveis dores na “cacunda” que sentiu durante quase toda a vida, Dom Roriz teve um infarto ao participar da Assembléia Geral da CNBB em Itaici e mesmo com o coração operado, nunca parou de trabalhar. Tinha também sérios problemas de vista. Nada, nenhum problema de saúde foi capaz de tirar-lhe o bom humor e a alegria de viver e de ser pai espiritual de muitos. Mesmo sem sentir-se bem, em 1994 participou com entusiasmo dos festejos, em Aparecida. Em dezembro do mesmo ano, os médicos acharam que deviam operá-lo novamente do coração, durante a cirurgia ele não resistiu e veio a falecer. Ele fez da Igreja de Rubiataba uma Igreja Missionária e alegrou-se com a transformação da Prelazia em Diocese. Aí teve que construir tudo: patrimônio, formar o clero, conseguir colaboradores religiosos e religiosas, cuidar do Seminário Diocesano, etc. Ele deixou para a Igreja o Instituto Missionário Mãe de Deus, que se tornou Sociedade de Vida Apostólica. Foi sepultado em Rubiataba dia 14 de dezembro. Estava com 74 anos de idade, 54 de Profissão Religiosa, 48 de sacerdócio e 27 de episcopado. Conta-se que para enterrá-lo atrás do altar ocorrera o milagre da multiplicação da terra. De sua sepultura sairam algumas arrobas de terra, que, ao ser retirada, aparecia novamente. Para os que o conheceram foi o milagre da transformação simbolizando todas as boas obras que soube multiplicar por onde andou, sorrindo e brincando com e entre as dores e as dificuldades de várias ordens em seus quase 75 anos de vida. O que mais me impressionava era a forma de enfrentar as dores e como era capaz de se alegrar enquanto seu corpo e até sua alma passava por situações consideradas impossíveis de serem suportadas. De onde vinha tanta força? Da fé que lhe dava a certeza de que: “O difícil se resolve logo, o impossível demora um pouco.”

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