SER MEDIADOR DA COMPAIXÃO

Quem são os mais necessitados de compaixão? Os pobres, os marginalizados, os atribulados, os cativos, os cegos, todos que de alguma forma, necessitam de restauração e liberdade. Ter misericórdia é oferecer conforto, consolo, solução, perdão, é estender a mão a toda à humanidade padecente, é libertação do egoísmo humano com possibilidade de superação e dignidade para todos. Tantos pensam no benefício próprio, dão valor ao poder e dinheiro. Que história é essa de valorizar os mais pobres, os cativos, os cegos e os oprimidos? Ainda bem que existem os que superam o discurso com ações, assumem as consequências ao longo de suas vidas independentes das contrariedades da vida com senso de responsabilidade, no serviço amoroso e gratuito ao próximo, com os dons que recebeu. O que significa aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele? Quem tem muita coragem, muita alegria, muita solidariedade, quem jamais se omite, terá cada vez mais, aumentará tudo que possui, fará crescer o bem colocando seus dons a serviço do outro. Quem tem sede de lucro, quem é oportunista prejudicando o outro, quem oprime, jamais conseguirá obter a verdadeira alegria, ser feliz. Os que se servem do tempo presente para viver intensamente o amor e a justiça e incansavelmente procuram praticar o bem, descobrem sempre algo de bom a ser realizado. O medroso e ocioso, embora não faça nada de errado, é incapaz de um gesto grandioso de solidariedade, ou de jogar-se de corpo e alma na causa da justiça com misericórdia, amor e a justiça. Vive uma vida mesquinha e sem relevância, se conserva distante dos desafios da humanidade, especialmente dos pobres e dos sofredores. Para ele realização do constante nas normas é suficiente. No entanto, somente assumindo com responsabilidade a tarefa de melhorar o mundo, colocando os dons a serviço dos demais o que se recebe é multiplicado. Que saibamos aproveitar cada momento da vida realizando gestos concretos de amor.