segunda-feira, 21 de junho de 2021

CRIANÇA NOS SURPREENDE

Como professora deixa adolescência já fiz centenas de passeio com os estudantes. O local que eu mais temia era o zoológico. É um espaço muito grande, aberto e animais são imprevisíveis. Passeios com crianças, especialmente, para o local em que elas vão pela primeira vez, a gente espera atitudes e palavras Inusitadas dos pequenos. Foi maravilhoso o dia em que fomos visitar o borboletário e o pequeno Paulo Gabriel, segurando em minha mão, olhar embevecido para as borboletas. De repente ele apontou com o dedinho e disse: Professora, professora, olha as flor ‘voano’! Fiquei maravilhada e perguntei quem será que faz elas voarem? É o vento professora, o vento...

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

Visitando unidades de internação de menores infratores, comecei a questionar com eles sobre a importância do estudo, na nossa vida. Respondiam jamais ter visto algum valor. Minha opção foi começar a argumentar e exemplificar como é bom aprender, saber. Argumentavam que o interesse é só no momento, queria ter prazer sem se importar de que forma conseguiriam. Eu nunca desisti e na última vez que fui visitá-los tive a grata surpresa que me emocionou e ainda emociona. Quase sempre falávamos com eles trancafiados em um pequeno quartinho. Um deles, assim que me viu, pulou do beliche e veio em minha direção dizendo: Fui eu, você viu, você me viu na TV? Eu não sabia do que se tratava e ele orgulhoso disse: Fui um dos dois que passou no vestibular, comecei estudar 6 horas por dia e agora estou em uma universidade. Orgulhoso, sorridente, feliz da vida! Em frente onde ele estava, havia um adolescente de 15 anos, um dos mais revoltados que conheci. Estudar pra que? A senhora por acaso estuda? E eu pretensiosa respondi: Acabei de fazer um curso de especialização principalmente para saber o que fazer aqui e de que forma agir com vocês, foi sobre o uso indevido de drogas, da dependência química, doença incurável. E ele retrucou: Para entender de drogas não é necessário estudar! ... e eu novamente retruquei, segura do que dizia: Você não se importa com os outros, mas você gosta de sofrer? Ninguém gosta... Você é usuário de crack? Sou respondeu. Então vou dizer uma coisa que você pode perguntar a qualquer entendido no assunto que irá confirmar: O crack destrói o sistema nervoso central e o dependente pode ficar impotente, paralítico... Ao ouvir a palavra impotente ele levou um grande susto e pensei que ele ia ter uma síncope. Ele não disse mais nada, nem eu. Tenho certeza que aquilo ficou impregnado no seu baú de memórias no cérebro dele.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

Visitando unidades de internação de menores infratores, comecei a questionar com eles sobre a importância do estudo, na nossa vida. Respondiam jamais ter visto algum valor. Minha opção foi começar a argumentar e exemplificar como é bom aprender, saber. Argumentavam que o interesse é só no momento, queria ter prazer sem se importar de que forma conseguiriam. Eu nunca desisti e na última vez que fui visitá-los tive a grata surpresa que me emocionou e ainda emociona. Quase sempre falávamos com eles trancafiados em um pequeno quartinho. Um deles, assim que me viu, pulou do beliche e veio em minha direção dizendo: Fui eu, você viu, você me viu na TV? Eu não sabia do que se tratava e ele orgulhoso disse fui um dos dois que passou no vestibular, comecei estudar 6 horas por dia e agora estou em uma universidade. Orgulhoso, sorridente, feliz da vida! Em frente onde ele estava, havia uma adolescente de 15 anos, um dos mais revoltados que conheci. Estudar pra que? A senhora por acaso estuda? E eu orgulhosamente respondi: acabei de fazer um curso de especialização principalmente para saber o que fazer aqui e de que forma agir aqui, foi sobre o uso indevido de drogas, da dependência química, doença incurável. E ele retrucou: Para entender de drogas não é necessário estudar... e eu novamente segura do que dizia: Você não se importa com os outros, mas você gosta de sofrer? Ninguém gosta... Você é usuário de crack? Sou respondeu. Então vou dizer uma coisa que você pode perguntar a qualquer entendido no assunto. O crack destrói o sistema nervoso central e o dependente pode ficar impotente, paralítico... Ao ouvir a palavra impotente ele levou um grande susto e pensei que ele ia ter uma síncope Ele não disse mais nada, nem eu. Tenho certeza que aquilo ficou impregnado no seu baú de memórias no HB que é o cérebro dele.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

SER PROFESSORA É DIFERENTE DE SER TIA

A criança necessita individualizar universos e entender que todo espaço tem importâncias próprias, há um sistema de ideias de desprofissionalização do educador, qualquer curso superior dá direito a fazer concurso público e assumir o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais. Todos entendem de educação? A afirmação profissional sai da aquisição dos direitos e de executar plenamente o cargo. Amoldar-se a professora como tia ocasiona desvalorização profissional e abstrai a obrigação e o encargo da sua formação/capacitação, desenvolvimento e aperfeiçoamento constante. No princípio educacional brasileiro, essa identificação é cultural. A justaposição entre professor e aluno é alcançada pelo diálogo e respeito de um com o outro e também do chamar pelo nome. Paulo Freire (1997) afirma que “a tarefa de ensinar” não deve transformar “a professora em tia de seus alunos da mesma forma como uma tia não se converte em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles. Ensinar é profissão que envolve tarefas específicas para o cumprimento enquanto tia é uma relação de parentesco”.

BUSCAR AJUDA

Ficamos tão preocupados para viver grandes momentos que deixamos de prestar atenção nos momentos mais simples que nos alegram. Quando vivemos momentos incríveis devemos parar, tirar uma foto para a memória e quando são indesejados, encontrar uma borracha para apagá-los. É importante nos convencermos que passado é algo que está morto mas a gente não deixa que se decomponha, se apega e ele fica remoendo, se sente triste pelo que foi ruim, fica jururu pela saudade do que foi bom. Ocorre que quanto mais pensarmos em algo mais o atrairemos. Ao invés de remoer o passado, planejemos o futuro. A vida pode deixar de ser uma série de acontecimentos infelizes quando pensarmos nas coisas que queremos ao invés das indesejadas. Refletir é uma força invisível como um imã que nos atrai sem que a vejamos. Mudando o pensamento, até coisas ruins, podem levar a coisas boas, pois nos traz experiências para usarmos em outras ocasiões. É evidente que há acontecimentos difíceis de banir da mente pois, são como flechas que atingem profundamente nosso íntimo como a morte de um ente com o qual vivemos grandes momentos, fizeram parte da nossa vida cujas lembranças nos faz chorar por horas, dias, meses, anos, pelo resto da vida. Jamais, descontar a dor no outro. Lembremos que somos neurologicamente programados para buscar conexão, procurar apoio. Entendamos que sozinho é sempre mais difícil.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

MUDAR PARADIGMAS É ALGO BEM DIFÍCIL

É INEGÁVEL QUE MUDAR PARADIGMAS É ALGO BEM DIFÍCIL Inspirando na metodologia da Escola da Ponte de que o incentivo à autonomia e a permissão de que os grupos se forme conforme seus interesses demonstra, na prática, que com iniciação, consolidação e aprofundamento os estudantes se interessam e progridem. Descobri que existe uma escola da ponte no Brasil e, tive o prazer de conhecer o Xará do meu avô, idealizador da Escola, José Pereira que veio palestrar em Brasília. Para que a pessoa possa se predispor, se comprometer precisa acreditar. Quando registrado em um compromisso, por exemplo, a possibilidade de cumprir é bem maior. Um exemplo foi a economia de energia na minha Escola NOVO CAMINHAR. A necessidade de convencer os estudantes e os educadores de como economizar energia imposta legalmente levou-nos a prática da citada metodologia. A tarefa inicial foi um trabalho motivador e conscientizador seguido de propostas, partindo de sugestões deles. Todas as turmas do Maternal a Quarta Série discutiram quanto a importância da energia elétrica, da abundância de utilidade e facilidade que ela nos traz. Demonstrei a eles como vivi a minha infância sem energia elétrica.
Expus a eles, que na fazenda do meu tio Baltazar, quando me deparei com motor gerador de energia elétrica, que ligava as lâmpadas da Fazenda, me encantei com a lâmpada elétrica achei uma coisa maravilhosa. Ao pesquisar encontrei em um livro a História de Thomas Edison o inventor da lâmpada elétrica. Fizemos uma lista das utilidades da energia elétrica e uma reflexão de como substituí-la, como viver sem ela. Expus que estávamos sendo obrigados a mudar os hábitos de consumo de energia com risco de corte e multa e que um dos motivos foi o aumento do consumo de energia causado pelo crescimento populacional e aumento de produção pelas indústrias. Ainda que, quase toda energia elétrica do Brasil era produzida por usinas hidrelétricas necessitando de chuva para manter a geração de energia e houve escassez de precipitação em 2001. As medidas do governo federal para forçar os brasileiros a racionar energia a partir de 1º de julho de 2001, era todos cortar 20% do consumo de eletricidade. Questionei quando ao que poderíamos fazer e preparamos a lista em cada sala de aula que foi afixada em local visível. A grande surpresa foi que economizamos mais do que seria obrigatório. Outro exemplo quanto assunto é a questão de orientações as pessoas que nos ajudam em nossa casa. Para todas elas eu sempre recomendo: por favor jamais varra a casa, use um pano úmido. Ainda esclareço: a poeira sobe e fica depositada, se assenta, nos objetos e até no teto. Também, comunico que existe uma legislação do DF que proíbe, as instituições que trabalham com alimentos, varrer a seco. Isso se aplica também a minha casa, pois nela também é preparado alimentos. Porém, de nada resolve. Por exemplo, a ‘N’, varrendo a casa com vassoura até repetia enquanto estava varrendo: sem varrer... e continuava varrendo. A ‘E’ também repete enquanto varre e olho pra ela: você não gosta que varre... Houveram outras que diziam enquanto praticavam o delito: não pode varrer... A legislação é: Instrução Normativa DIVISA/SVS Nº 16 DE 23/05/2017. Art. 77. É proibido: I - varrer a seco; a Instrução Normativa DIVISA/SVS Nº 4 DE 15/12/2014. Art. 73. É proibido: I - varrer a seco e lavar panos de limpeza na área de manipulação; (de alimentos). Com essas auxiliares também ocorre a questão do “joga fora”. Quando saem confiro o lixo e sempre há algo a se retirar dali. Houve uma, que após dezenas de anos, ao me ver “fuçando o lixo” me chamou de louca. SOU LOUCA Dizem que sou louca, devo ser mesmo: faço insanidades para preservar a vida, cometo maluquices com intenção de ajudar, crianças me deixam enlouquecida de ternura e a paixão pelo reaproveitamento me endoidece. Fico tresloucada de tristeza com tanta gente mentindo: quem mente rouba, quem rouba maltrata e mata. Se disser que eu menti decrépita eu já devo estar, ou foi por uma fabula que estive a arquitetar. E ainda, sou louca pra ver: a Barragem do Descoberto sempre sangrar, ver todos olhando para tudo que for des-cartar e uma nova utilidade encontrar, todos verem a terra como nossa casa quando tudo irá mudar, e melhorar... Aos 12 anos era costureira, aos 13 professora e aos quinze saí da casa em busca de estudar. Já experimentei ser freira, atriz, poeta e escritora. A Igreja, no tempo parada, memorizar é tarefa árdua publicar é complexo. Na vida, algumas vezes, decidi pela estrada mais difícil e andei pelo desconhecido. Caminhei muito sem rumo certo e mais ainda com rumo definido. Mas o que a vida me deu muito foi ser gerente, encarregada, timoneira ou regedora. Já dormi chorando e acordei com enxaqueca, em contrapartida já dei risadas até doer o estomago. Fazia cosquinha em meus filhos que sorriam pra valer, quando choravam, até mesmo sentia meu coração doer. Por descuido, já me queimei várias vezes com fogo, cera depilatória, atitudes ou palavras. Por outro lado tenho certeza, já confortei, orientei e ajudei com o meu ânimo ou ao falar. Já conversei com o espelho pra me desculpar, elogiar ou dar bronca. Já tomei banho de chuva e achei epopeico e embora malacafento na enxurrada mergulhei. Já rapei o fundo da panela de arroz e de requeijão e lambi a raspa do fundo do tacho de doce. Vivia pra comer, hoje como pra viver. Já confundi sentimentos e muito sofri por isso. Já sofri por amor inconfessável e ainda penso nele. Já confiei em criaturas humanas e tive decepções mas, muito mais adjudiquei e surpresas boas colhi. Andei muito de ônibus sonolenta e com um cansaço imenso. Já cochilei na aula cansada de trabalhar. Aprendi muito e ainda aprendo, nomeada professora aos treze, nunca deixei de estudar. Tenho sede de aprender, fome de saber e de colaborar para o capacitar, desenvolver ou aperfeiçoar. Tentei esquecer algumas pessoas que são ainda as mais lembradas. Subi em frutíferas pros frutos saborear, pior foi no telhado, caí de bunda vértebras trincaram, ainda sofro por isso. Por algumas vezes, conheci a morte de perto, e ainda anseio por viver por muitos anos. Já fiz quatorze cirurgias e tive sete fraturas, quatro na coluna. Já tive útero, hoje é só uma abobrinha murcha. Já tive mamas que se transformaram em tecido adiposo – pura gordura. A natureza me deu um dente a mais, mas todos estão caindo. Criticam-me por deixá-los como nasceram, tenho medo de crise da neuralgia dos trigêmeos. Aos quinze anos descobri que era quase cega de um olho, hoje o outro também decai. Só agora descobri que o grilo que ouvia constantemente era um pouco de surdez congênita. Quantas vezes me senti sozinha em festas e multidões. Já admirei pores-do-sol de várias cores e tons. Tomei vinho uma vez até me embriagar, uma experiência ruim pra nunca mais ocorrer. Olhei muitas cidades do alto, mas meu lugar se escondia. Já senti medo de lugar fechado, já tremi de nervoso, já quase morri de amor. Já transformei amor em decepção por quem nunca imaginava. Senti muito medo de lagarta, dentista e injeção orientando os filhos ao contrário, tive que me acostumar. Já gritei de alegria e fiquei feliz calada. Esperei agradecimentos e muito decepcionei. Emocionei e emociono com as crianças que encontrei e encontro. Já tive saudades de amigos, mas sempre descubro novos. Incontáveis coisas feitas, momentos enraizados no gravador coração. Já vivi mais de vinte e cinco mil dias, a maioria com alegria. Já tive muita emoção e estão todas guardadas no bauzão que é meu cérebro. Já admirei meu corpo virando mulher, hoje me assusta o envelhecer, é como aos poucos morrer. Cresci vendo todos respeitando idosos e hoje vivo a discriminação. Se hoje fosse entrevistada pra emprego conseguir, que experiências será que iriam considerar? Acredito que o melhor know-how que tenho a dizer é sorrir, falar muito e sempre sonhar e buscar o saber. Pode ser que quem fosse selecionar nada disso iria enaltecer. Mesmo tendo sofrido e chorado, muito mais me alegrei e sorri. Encontrei pessoas malvadas, mas as maravilhosas foi número muito maior. Já xinguei e briguei mas com certeza mais ainda elogiei, agradeci e animei. Tive momentos, que pensei em desistir, mas sempre encontrei coragem pra poder continuar. Arrematando: experiências que me lembro e posso contar: estudei, trabalhei muito é o que vou continuar. Tentei juntar os assuntos pra melhor organizar, desisti achei que era melhor como vieram às ideias assim deixar.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

11-06-2021, PAPAI COMPLETARIA 100 ANOS

Recordei tanta coisa que vivemos que esta noite tive um sonho com ele e no sonho uma boa conversa. Quando vi papai chegar ao portão de minha casa container tive certeza que só poderia estar sonhando mas foi uma sensação tão boa que torci para não acordar. Antes de conversar ele se afastou um pouco para examinar minha casa e disse admirado: “Gostei demais da conta Rosinha! Tô veno que num foi feita na bistunta. Por que “resorveu’ faze e vive numa casa assim?” Nem preciso dizer o quanto te vi matutando como reaproveita as coisas papai e fazendo coisas incríveis, inventava engenhocas pra facilitar a vida. Lembro-me bem de uma cadeira que fez para sua barbearia toda feita com reaproveitáveis. Embaixo tinha uma calota, trem raro numa vila que não tinha carros. A cadeira rodava, subia e descia, tinha um suporte para o papel para limpar a navalha. E minha maletinha caprichada pra leva os trem pra escola! Ouvi muito os ‘mais veios’ repetindo: “A economia é a base da prosperidade!” Cada vez mais fui conscientizando do que estamos fazendo com a nossa mãe terra e que se a gente continuar consumindo mais do que ela consegue produzir ‘vamo’ acaba com a vida no planeta. Então, como “As palavras comovem mas os exemplos arrastam”, resolvi dar o exemplo e viver a parte final da minha vida dando o exemplo, reaproveitando as coisas e mostrando a necessidade, a possibilidade e a economia que isso significa. Quando olho para algo que já foi descartado por alguém, me desperta a curiosidade e estimula a criatividade. É um desafio... Sei que é difícil mudar a cultura do “Joga fora”, mas as crianças ficam encantadas quando constrói seus próprios brinquedos com sucatas e eu digo e repito para eles: Inexiste fora da Terra, ela é a nossa casa. Quando eu retiro o lixo de perto de mim, eu só estou afastando um pouquinho mas estou prejudicando a humanidade inteira. Sabia que a encíclica Laudato Si do Papa Francisco considera pecado a depredação ambiental?! ‘Tô’ curiosa para saber como conseguiu vir aqui. Sabe que sou ‘bão’ de prosa, de espirita os ‘ôto’. Lá no céu levou um tempo para consegui reuni e ‘convencê’ o Conselho. Disse que fui despachado antes da hora ao ser assassinado e que merecia ver como estava os filhos e a capital do Brasil para onde sempre sonhei ir mora. O Conselho disse que autorizaria que eu fosse num só local, pois o tempo seria abreviado. Aí decidi que queria visitar a primogênita. Isso muito me alegra, eu disse. Eu papiei muito muito pra ‘convencê’ que merecia um presente de 100 anos de nascimento e queria ver de perto o que ‘tava aconteceno coceis’? Pedi que fizesse uma concessão para que eu desse uma ‘vorta’ pela capital da ‘Repúbrica’. O comentário que ouvia era de que a situação estava periclitante, tudo ‘petecado’, o mundo todo ta numa pandemia de um tal Corona vírus. Crei em Deus Pai! Cheguei e fiz um voo rasante e pousei muitas ‘vez’ ... Seu formato, parece um anjo de asas abertas. To encantado e abismado com tantas mudanças: Tem carro demais sá! ‘andano’ em alta velocidade, tem drones e helicópteros ‘sobrevoano’.. Aviões ‘chegano e saino...’ O povo fala muitas palavras que desconheço ‘inté’ anotei: (Adoçante, Bullying, Cake Designer, Carregador, Clicar, Clonagem, Coisificação, Computador, Cyberbullying, Download, Drone, Ecologia, E-Mail, Empoderamento, Euro, Face Book, Google, GPS, Hashtag, Internet, LGBTQ+, Metrô, Poluição, Probiótico, Reciclagem, Smartphone, Streaming, Sustentabilidade, Tablet, Tele Móvel, Transgênicos, Twitter, Viagra, Videoconferência, Youtuber...) Soube que continua a corrupção que o Jânio Quadros desistiu de ‘varrê’. E as roupas que usam, Cruz Credo! são quase nada. ‘Num’ compreendo o que está acontecendo. Fui na Catedral e la uns gato pingado, e um grupo tocando uns instrumento estranho. Na rua muitos concentrados, anda ‘olhano e cricano’ num tal de celular com telas brilhantes, soube que pode comunicar com o mundo todo na hora, pode jogar e pra escreve é só ‘falá’ com os aparelho. Vi minha sepultura, ta bonita! ‘Brigado’ pela ‘compania’! É papai, internet é uma das coisas mais boas deste século, mas o significado de muitas dessas palavras ai, eu também preciso aprender! Mais quero ‘sabê’ como estão todos? Apesar de tudo, estão todos bem papai... Lembro quando me disse: ‘Divera’? ‘cê’ vai ‘memo’ sai de casa? ‘Cê’ só tem 15 ano! Deus te abençoe! Esteja certo, recebi e recebo muitas bênçãos! Me alegro... Vim aqui foi um trem ‘bão’ demais da conta, agora vou ‘vorta’ mais tranquilo. Apareceu uma turvação brilhante e ele desapareceu. Inspirado em um texto obtido no: http://interessantetexto.blogspot.com/2008/05/e-m-pleno-sculo-xx-um-grande-professor.html

domingo, 13 de junho de 2021

"De tudo o que o homem ergue e constrói no seu desejo de viver, nada é melhor e mais valioso aos meus olhos do que as pontes. São mais importantes que as casas, mais sagradas que os santuários". Ivo Andrić

sexta-feira, 11 de junho de 2021

LIVRO: SÃO VICENTE DE PAULO - NOSSO PADROEIRO

A justa homenagem prestada ao Padroeiro da Paróquia São Vicente de Paulo, conta sua magnífica trajetória nesta terra, vivendo completamente despojado de si mesmo, com sua forma especial de ver, tratar e conclamar a ajuda aos mais necessitados. Este trabalho busca sedimentar, cada vez mais, a necessidade da caridade na construção de um mundo mais cristão e, como conseqüência, mais humanizado e melhor. O amor de Vicente, nascido da Fé e iluminado pelo Espírito Santo, concretizou-se no pobre. Foi o pioneiro da justiça social e dos direitos humanos. Sua vida é um convite para irmos ao encontro dos pobres e com eles construir uma nova sociedade. Além de ser um santo para ser admirado, é também para ser seguido, sobretudo no seu jeito humano de viver o evangelho. É muito importante escolher bem o que lemos para sermos pessoas melhores.Livro SVP 2010 .pdf IR ATÉ: https://drive.google.com/file/d/1JlN6scfMtZhTsN_qK9ASww1GR_M4En8T/view?usp=sharing

PAPAI, MEU QUERUBIM DE BOTINA

Imitando uma homenagem ao Geraldo, “tio Geraldinho”, casado com uma minha tia, reverencio, papai, que era o “tio Geraldão” que hoje completaria 100 anos. Um ser incrível que construía também pontes, escolas e igrejas, tanto na configuração estrutural, quanto no aspecto interno das pessoas, no íntimo, espiritual. Papai era um mensageiro da justiça humana como também da justiça divina. Querubim é visto como um anjo que possui corpo de criança e quando eu via papai participar das comemorações da escola, se fantasiar, dançar, sorrir, era meu Querubim de Botina. Quando o Papa Francisco visitou Marrocos, lembro-me de ouvi-lo dizer: “Os construtores de pontes vão avante" Construir tais pontes vai além do humano, exige coragem e esforço. No romance de Ivo Andrich, "A Ponte sobre a Drina": ele diz que a ponte é feita por Deus com as asas dos anjos para que os homens se comuniquem... para que os homens possam se comunicar. Lembro-me de ouvir de pessoas envolvidas em algum conflito nos intervalos das audiências com papai (o que, provavelmente, corresponde hoje com os voluntários Mediadores) que nunca tinha visto alguém tão honesto e que colocava a “mão no fogo” por ele. Ele jamais 'lavava as mãos' como Pilatos, se esquivando da responsabilidade. Nestas reuniões podia ouvir papai falar sobre o que tocava o coração como: a paz, a unidade, a fraternidade que eram acolhidas com um respeito muito grande. Via-se que “de mãos dadas com as pessoas” semeava a esperança. O diálogo deve ser humano, e se é humano é com a mente, o coração e as mãos, sempre com a presunção de inocência. “Para entender uma situação é preciso dar todas as explicações e depois procurar os significados. Assim era papai, prova de que educar “É um exercício de eternidade” e, como disse São Vicente de Paulo: “O amor é criativo até o infinito.” O que papai falou e fez persiste. Como pode ser o que era, fazer o que fez, se só frequentou a escola por um mês? PAPAI MINHA ADMIRAÇÃO E GRATIDÃO ETERNAS

sábado, 5 de junho de 2021

FAMÍLIA, ECOLOGIA, VIDA COMPARTILHADA

A paz interior das pessoas tem muito a ver com o cuidado da ecologia e com o bem comum, porque, autenticamente vivida, reflete num equilibrado estilo de vida aliado com a capacidade de admiração que leva à profundidade da vida. Na família, cultivam-se os primeiros hábitos de amor e cuidado da vida, como, por exemplo, o uso correto das coisas, a ordem e a limpeza, o respeito pelo ecossistema local e a proteção de todas as criaturas. A família é o lugar da formação integral, onde se desenvolvem os distintos aspectos, intimamente relacionados entre si, do amadurecimento pessoal. Na família, aprende-se a pedir licença sem servilismo, a dizer «obrigado» como expressão duma sentida avaliação das coisas que recebemos, a dominar a agressividade ou a ganância, e a pedir desculpa quando fazemos algo de mal. Estes pequenos gestos de sincera cortesia ajudam a construir uma cultura da vida compartilhada e do respeito pelo que nos rodeia. Todas têm um papel importante a desempenhar nesta educação. Tendo em conta o muito que está em jogo, do mesmo modo que são necessárias instituições dotadas de poder para punir os danos ambientais, também nós precisamos de nos controlar e educar uns aos outros. A grande riqueza constitui uma magnífica contribuição para o esforço de renovar a humanidade. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

EDUCAR PARA A ALIANÇA ENTRE A HUMANIDADE E O AMBIENTE

A educação ambiental deveria predispor-nos para dar este salto para o Mistério, do qual uma ética ecológica recebe o seu sentido mais profundo. Além disso, há educadores capazes de reordenar os itinerários pedagógicos duma ética ecológica, de modo que ajudem efetivamente a crescer na solidariedade, na responsabilidade e no cuidado firme na compaixão. É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias. Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano. E não se pense que estes esforços são incapazes de mudar o mundo. Estas ações espalham, na sociedade, um bem que frutifica sempre para além do que é possível constatar; provocam, no seio desta terra, um bem que sempre tende a difundir-se, por vezes invisivelmente. Além disso, o exercício destes comportamentos restitui-nos o sentimento da nossa dignidade, leva-nos a uma maior profundidade existencial, permite-nos experimentar que vale a pena a nossa passagem por este mundo. Vários são os âmbitos educativos: a escola, a família, os meios de comunicação e outros. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CONSUMISMO

Sabemos que é insustentável o comportamento daqueles que consomem e destroem cada vez mais, enquanto outros ainda não podem viver de acordo com a sua dignidade humana. A maior parte dos habitantes do planeta declara-se crente, e isto deveria levar as religiões a estabelecerem diálogo entre si, visando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção duma trama de respeito e de fraternidade. A gravidade da crise ecológica obriga-nos, a todos, a pensar no bem comum e a prosseguir pelo caminho do diálogo que requer paciência, ascese e generosidade, lembrando-nos sempre que «a realidade é superior à ideia». Falta a consciência duma origem comum, duma recíproca pertença e dum futuro partilhado por todos. O mercado tende a criar um mecanismo consumista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos. Quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Mas nem tudo está perdido, porque os seres humanos, capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se, voltar a escolher o bem e regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social que lhes seja imposto. «Comprar é sempre um ato moral, para além de econômico». Por isso, hoje, «o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós». «Como nunca antes na história, o destino comum obriga-nos a procurar um novo início. Que o nosso seja um tempo que se recorde pelo despertar duma nova reverência face à vida, pela firme resolução de alcançar a sustentabilidade, pela intensificação da luta em prol da justiça e da paz e pela jubilosa celebração da vida». Sempre é possível desenvolver uma nova capacidade de sair de si mesmo rumo ao outro. Sem tal capacidade, não se reconhece às outras criaturas o seu valor, não se sente interesse em cuidar de algo para os outros, não se consegue impor limites para evitar o sofrimento ou a degradação do que nos rodeia. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CUIDAR DO MEIO AMBIENTE

A preocupação pelo meio ambiente, deve ser unida ao amor sincero pelos seres humanos e ao compromisso constante com os problemas da sociedade. O ser humano «já não sente a natureza como norma válida nem como um refúgio vivente, vê-a como espaço e matéria onde realizar uma obra em que se imerge completamente, sem se importar com o que possa suceder a ela». Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância dum pobre, dum embrião humano, duma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Se a crise ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise ética, cultural e espiritual da modernidade, não podemos iludir-nos de sanar a nossa relação com a natureza e o meio ambiente, sem curar todas as relações humanas fundamentais. Como tudo está intimamente relacionado e que os problemas atuais requerem um olhar que tenha em conta todos os aspectos da crise mundial, detenhamos agora a refletir sobre os diferentes elementos duma ecologia integral, que inclua claramente as dimensões humanas e sociais. A ecologia estuda as relações entre os organismos vivos e o meio ambiente onde se desenvolvem. Nunca é demais insistir que tudo está interligado. Quando falamos de «meio ambiente», fazemos referência também a uma particular relação: a relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede-nos de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos. Embora não tenhamos consciência disso, dependemos desse conjunto para a nossa própria existência. Hoje, a análise dos problemas ambientais é inseparável da análise dos contextos humanos, familiares, laborais, urbanos, e da relação de cada pessoa consigo mesma, que gera um modo específico de se relacionar com os outros e com o meio ambiente. Assim como a vida e o mundo são dinâmicos, assim também o cuidado do mundo deve ser flexível e dinâmico. Os ambientes onde vivemos influem sobre a nossa maneira de ver a vida, sentir e agir. Ao mesmo tempo, no nosso quarto, na nossa casa, no nosso lugar de trabalho e no nosso bairro, usamos o ambiente para exprimir a nossa identidade. Esforçamo-nos por nos adaptar ao ambiente e, quando este aparece desordenado, caótico ou cheio de poluição visiva e acústica, o excesso de estímulos põe à prova as nossas tentativas de desenvolver uma identidade integrada e feliz. É preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos visuais e das estruturas urbanas que melhoram o nosso sentido de pertença, a nossa sensação de enraizamento, o nosso sentimento de «estar em casa» dentro da cidade que nos envolve e une. Aprender a aceitar o próprio corpo, a cuidar dele e a respeitar os seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. A ecologia integral é inseparável da noção de bem comum, princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social. A noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeneracional. Quando pensamos na situação em que se deixa o planeta às gerações futuras, entramos noutra lógica: a do dom gratuito, que recebemos e comunicamos. Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir dum critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual. Esta é uma questão essencial de justiça, pois a terra que recebemos pertence também àqueles que hão de vir. O ritmo de consumo, desperdício e alteração do meio ambiente superou de tal maneira as possibilidades do planeta, que o estilo de vida atual – por ser insustentável – só pode desembocar em catástrofes, como, aliás, já está a acontecer periodicamente em várias regiões. A atenuação dos efeitos do desequilíbrio atual depende do que fizermos agora, sobretudo se pensarmos na responsabilidade que nos atribuirão aqueles que deverão suportar as piores consequências. Desde meados do século passado e superando muitas dificuldades, foi-se consolidando a tendência de conceber o planeta como pátria e a humanidade como povo que habita uma casa comum. A interdependência obriga-nos a pensar num único mundo, num projeto comum. É possível gerar uma maior responsabilidade, um forte sentido de comunidade, uma especial capacidade de solicitude e uma criatividade mais generosa, um amor apaixonado pela própria terra, tal como se pensa naquilo que se deixa aos filhos e netos. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

CUIDAR DA TERRA – NOSSA CASA COMUM

O cuidado dos ecossistemas requer uma possibilidade que se amplie para além do agora. Caso contrário testemunharemos mudanças gravíssimas de degradação ambiental trazendo sofrimentos para toda a humanidade. Toda a natureza está interligada e deve ser reconhecida e cuidada incluindo o ser humano que tem direito a viver e ser feliz e possui uma dignidade especial. É impossível deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas. Os ambientes natural e humano degradam-se em conjunto; e para enfrentar adequadamente a deterioração ambiental, deve-se dar atenção às causas da degradação humana e social, pois a verdadeira abordagem ecológica se torna uma abordagem social e deve integrar a justiça atendendo tanto o clamor da terra como as necessidades dos pobres. O desperdício de alimentos produzidos faria muita diferença na casa do pobre. É preciso conscientizarmos de que somos uma única família humana. Tudo está interligado. Nos últimos tempos maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nunca. O ser humano é capaz de interferir positivamente. Muitos estão intervindo com ações de generosidade, solidariedade e cuidado. A esperança é de que sempre há soluções, sempre pode-se mudar de direção, e fazer algo para a solução dos problemas. Se quisermos estabelecer uma ecologia para reparar o que foi e que está sendo destruído, devemos unir todos os ramos de atividades, das ciências, todo conhecimento e sabedoria. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

POLUIÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

Estamos perante um preocupante aquecimento do sistema climático. Um ciclo vicioso que agrava ainda mais a situação e que incidirá sobre a disponibilidade de recursos essenciais como a água potável, a energia e a produção agrícola das áreas mais quentes e provocará a extinção de parte da biodiversidade do planeta. Se a tendência atual se mantiver, este século poderá ser testemunha de mudanças climáticas inauditas e duma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequências para todos nós. A falta de reações diante destes dramas é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil. Muitos sintomas indicam que tais efeitos poderão ser cada vez piores, se continuarmos com os modelos atuais de produção e consumo. O nível atual de consumo de água, o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos. O acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. Alguns estudos assinalaram o risco de sofrer uma aguda escassez de água dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes. Anualmente, desaparecem milhares de espécies vegetais e animais, que já não poderemos conhecer, que os nossos filhos não poderão ver, perdidas para sempre. disponível em: file:///C:/Users/Nat/Desktop/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.pdf acesso em 25-11-2015

A CULTURA DO DESCARTE

A nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa Mãe, que nos acolhe nos seus braços. Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra. Nada deste mundo nos é indiferente Há necessidade de cada um se arrepender do próprio modo de maltratar o planeta, porque «todos, na medida em que causamos pequenos danos ecológicos», somos chamados a reconhecer «a nossa contribuição – pequena ou grande – para a desfiguração e destruição do ambiente». «Quando os seres humanos destroem a biodiversidade...; quando comprometem a integridade da terra e contribuem para a mudança climática, desnudando a terra das suas florestas naturais ou destruindo as suas zonas úmidas; quando contaminam as águas, o solo, o ar... tudo é «um crime contra a natureza é um crime contra nós mesmos...». Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude. O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum. Desejo agradecer, encorajar e manifestar apreço a quantos, nos mais variados sectores da atividade humana, estão a trabalhar para garantir a proteção da casa que partilhamos. Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo. Os jovens exigem de nós uma mudança; interrogam-se como se pode pretender construir um futuro melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos. Lanço um convite urgente a renovar o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o futuro do planeta. O desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós. «são necessários os talentos e o envolvimento de todos para reparar o dano causado pelos humanos...». Todos podemos colaborar, cada um a partir da sua cultura, experiência, iniciativas e capacidades. Poderemos assim propor uma ecologia que, nas suas várias dimensões, integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o rodeia. Exemplo: a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a cultura do descarte e a proposta dum novo estilo de vida. A mudança é algo desejável, mas torna-se preocupante quando se transforma em deterioração do mundo e da qualidade de vida de grande parte da humanidade. A terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo. Estes problemas estão intimamente ligados à cultura do descarte, que afeta tanto os seres humanos excluídos como as coisas que se convertem rapidamente em lixo a cultura do descarte que acaba por danificar o planeta inteiro. Fragmentos da CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ DO PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM

sexta-feira, 4 de junho de 2021

POLUIÇÃO

Para onde levam o lixo? O que acontece com ele? Será que a água potável é infinita? Onde é o fora se a terra é a nossa casa? ... Basta pensarmos um pouco para perceber que o ser humano é gravemente afetado pelas poluições. Poluição atmosférica: contaminação por resíduos ou produtos gasosos, sólidos ou líquidos, nocivos à saúde humana, danosos em plantas, reduz a visibilidade e produz odores desagradáveis, destrói a camada de ozônio que tem a função de proteger os seres vivos contra as radiações ultravioletas do Sol que “invadiram” a terra provocando cancros de pele, cegueira, podendo afetar o sistema imunitário com possibilidade de falta de resistência a viroses. Também podem ocorrer chuvas com ácido sulfúrico que destroem florestas e mata seres vivos poluindo as águas dos rios, lagos e mares. A acumulação de lixo no solo polui as águas subterrâneas. O lixo nas margens polui as águas. O lixo urbano contribui para este tipo de poluição além de facilitar o aumento de ratos, moscas, micróbios patogênico e seres transmissores de doenças infecciosas.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

As escolas precisam conscientizar os estudantes de que desestruturar a natureza é atingir a existência, prejudicá-la é fazer sofrer tudo e todos, destruí-la é destruir a vida. A escola deve orientar quanto a utilização incorreta de bens de consumo ou recursos provocados pela falta de planejamento incentivado pela massificação do consumo de produtos descartáveis e embalagens sem retorno ou pela obsolescência dos bens. Uma das formas é a utilização de oficinas de arte-educação com sucatas com as quais é possível edificar maquetes e miniaturas confeccionar brinquedos bijuterias enfeites utilitários trabalhar projetos de empreendedorismo como cooperativas pequenas fábricas como oportunidades de preparação para o trabalho construir e formar uma bandinha construir fantasias especialmente representando o folclore que funcionarão como fixação e análise da diversidade cultural: étnica linguística religiosa cultural dos usos e costumes típicos e tradicionais de locais ou comunidades diversas Trabalhar com sucatas é fácil e sem custo Nenhum outro material oferece condições tão óbvias de se trabalhar a interdisciplinaridade. Quando a escola informa e orienta, os estudantes divulgam o que aprenderam aos pais, irmãos, amigos, vizinhos, e até mesmo as autoridades. A criança acostumada a utilizar-se de sucatas nas atividades educativas e brincadeiras, certamente, acostuma-se a buscar a criatividade e a pluralidade de atitudes, para enfrentar as dificuldades e os desafios que se deparar em sua vida. Conhecer os processos que ocorrem na natureza e suas consequências e que prejudicam ou garantem o bem-estar e a qualidade de vida das populações é papel da Educação Ambiental destacando a importância de rever as relações ecológicas entre o homem e o meio ambiente e dos homens entre si pois compete a todos zelar qualidade do meio ambiente. Se todos fizerem a sua parte, com certeza teremos uma vida bem melhor. É necessário investir num conhecimento mais profundo se quisermos preservar o meio ambiente e como consequência à vida Há uma necessidade premente de reagir para mudar o ser humano para que se realize como ser livre ativo curioso e social que seja feliz que faça o que goste que não se canse de buscar o conhecimento que crie que invente que seja uma pessoa ética crítica autônoma positiva solidária e responsável capaz de uma melhor integração em todos os domínios melhorando a realidade física do planeta e a social para que a sociedade se torne mais justa mais humana democrática e feliz Mais que nunca é necessário rever mentalidades concepções práticas paradigmas valores e mais que tudo a autoestima a autoimagem das pessoas com muita sensibilidade para uma nova percepção e postura pessoal Mudar cultura mudar costumes para deter a destruição da vida na terra.

SUCATA SE REAPROVEITA, REUTILIZA, RECUPERA, REINTEGRA, RECICLA

Quando se refere à sucata é diferente de lixo, coisas jogadas fora, são materiais, objetos que já tiveram um determinado uso e passaram a ser matéria prima para ser transformada e recriada com um novo significado, descoberto por cérebros criativos. Sucatas são materiais que já cumpriram uma função e nos desafiam com uma incrível possibilidade de recriação. Antes de jogar no lixo, imaginar de que forma o objeto pode ser reaproveitado em sua própria casa: • Compartilhar objetos de trabalho e estudo: Preparar um local comum com materiais como tesoura, fitas adesivas, canetas, lápis, clipes, post-its para os materiais que todos podem precisar. • Compartilhar a companhia - A queima de combustível é uma das principais causas do aquecimento global. Dar e pegar caronas com vizinhos. A “comodidade” provoca impacto no mundo. • Cuidar do lixo: separar recicláveis. • Levar remédios, vencidos os que não usou, a uma farmácia ou posto de saúde próximo. Eles darão destino apropriado. • Deixar terra à vista: pavimentar todo o solo é ruim. Nos espaços “a céu aberto” optar por materiais que permitem que a água penetre no solo. Piso todo coberto é como pele humana gordurosa com poros obstruídos. • Quanto a água... - Usar água com sabão de lavagem de roupas para lavar o quintal; - Cultivar plantas que necessitam de pouca água (bromélias, cactos, pinheiros, violetas); - Aproveitar sempre a água da chuva ou de enxagues para regar as plantas, lavar carro ou áreas externas. Os coletores sempre bem tampados para evitar focos de mosquitos; - Lavar o carro usando balde ao invés de mangueira; - Regar as plantas moderadamente molhando a base; - Usar cobertura morta (folhas, palha) sobre a terra plantada que diminui a perda de água; - Usar vassoura, jamais mangueira com água, para varrer sujeira. • Economizar energia desligando lâmpadas desnecessárias. • Instalar geladeira e freezer em local ventilado e longe do fogão. Verificar a vedação das portas • Verificar os pneus e mantê-los calibrados. Pode diminuir o consumo de gasolina em mais de 3%. • Economizar a energia para aquecer a água instalando um chuveiro de fluxo reduzido. • Reduza o uso ou a potência do ar-condicionado para esquentar menos o mundo. • Plantar árvores. • Evitar produtos muito embalados. • Reutilizar papéis usados de um só lado ou imprima no verso. Toda folha de papel tem dois lados. • Usar papel reciclado, lápis de madeira certificada, canetas com componentes não-poluentes. Todos somos responsáveis ou as consequências serão desastrosas mais rápido do que se possa imaginar.

VIVER O AGORA

Vivemos boa parte de nosso tempo se retorcendo com o passado, preocupados com o futuro e vivenciando muito pouco o presente. Confessemos: quanto tempo faz que não nos preocupamos quase que exclusivamente com o presente, com o agora, com o já? É no presente que nos acertamos com o passado, que preparamos um futuro melhor. É no presente onde tudo acontece. Somente o presente nos pertence.

MEIO AMBIENTE É A VIDA

A Gaia está em perigo, para viver precisa dos seres vivos que estão todos ameaçados pela destruição causada pelo nobre ser pensante. Escolher a vida está longe de ser opção que pode ser rejeitada. A Gaia está em perigo, para viver precisa dos seres vivos que estão todos ameaçados pela destruição causada pelo nobre ser pensante. Para escolher é necessário ter opções. Porém, muitos são obrigados a viver sem vida, existem, estão na exclusão, na miséria, com fome, sem o direito a uma vida plena. Assim, a primeira necessidade de defesa e a da vida do pobre para que tenha dignidade humana e acesso a uma boa formação da sua consciência e personalidade e para que possa escolher a vida, fazendo opções no dia-a-dia da existência que promovam a preservação da natureza e da vida para si e para o outro. Para a maioria, quando se fala em poluidor, só se pensa nos empresários porém há inúmeras formas, vistas pelas pessoas como insignificantes, que agridem o Meio Ambiente. No simples ato de um papel jogado na via pública, a ponta de cigarro atirada ao matagal a provocar incêndios, às vezes de grandes proporções. Parar de jogar lixo nas ruas e locais inadequados, economizar água e eletricidade, evitar acidentes, evitar o desperdício: reduzir, reaproveitar, reutilizar, também são formas de resguardar o meio ambiente que é a própria vida.

MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA

Meio ambiente e ecologia estão fortemente relacionados, pois ecologia estuda a interação dos seres vivos com o meio em que vivem. Inicialmente a ecologia se limitou sobre o habitat dos seres irracionais sem a interação do ser humano, posteriormente por entender que é necessário estudar o ambiente incluindo-se toda e qualquer relação de interação, por mínima que seja, entre a natureza e o homem, este foi inserido no estudo da ecologia o que significa que nem todos os ecossistemas são naturais havendo, inclusive, referências como “ecossistemas naturais” e “ecossistemas sociais”. Se temos uma consciência ecológica intensa, e entendemos que somos componente do encadeamento da vida então estaremos predispostos a cuidar do conglomerada da natureza e, de maneira especial, de todos os seres humanos, de todas as classes, sejam quais forem as condições econômicas ou sociais, de todos os locais ou nacionalidades, quaisquer crenças, sem se importar a raça ou orientação sexual.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Ecologia

Ecologia, “eco" (oikos), que pode significar casa e "logos" que quer dizer "saber". A Terra é nossa moradia comum e resguardar este lar, que é de todos os filhos de nosso Planeta, para as atuais e futuras gerações é a nossa empreitada mais valiosa. No entanto, sustentabilidade não é uma teoria econômica ou um tratado político. Sustentabilidade é uma filosofia de vida, pela qual, basicamente, devemos cuidar bem de nosso presente para que as gerações futuras tenham também a possibilidade de usufruir dos avanços tecnológicos e das dádivas da natureza. É um modelo de atuação em que todos ganham: as pessoas, as empresas, a sociedade e o meio ambiente A ecologia intensa requer além de uma transformação de nossas percepções e modos de raciocinar, igualmente necessita uma modificação apropriada em nossos valores e atuações. Nota-se as diferenças de pensamento e tratamento ambiental através dos tempos com a preocupação cada vez maior com o planeta terra que está sendo destruído gradativamente pela humanidade e, conhecê-la e analisar os efeitos do seu uso desordenado é o primeiro passo para que todos e cada um faça sua parte na busca de deter a desestruturação e destruição ambiental gradativa que vem ocorrendo. Qual a fonte de vida para a humanidade? Todos sabem que é o ecossistema, ou seja, a terra casa onde vivemos. Nem é preciso ser especialista em geografia, história, exegese. Por mais simples que seja o ser humano, por mais dura e pobre que seja sua condição, todos são capazes de perceber, a partir da realidade o estreito relacionamento entre toda a natureza, incluindo o ser humano. Somos a natureza, dela fazemos parte e nela estamos. Desmantelá-la sem hesitar nem refletir é atingir a existência, feri-la é causar sofrimento a todos e a tudo, devastá-la é extinguir a vida.

09 DE JANEIRO: DIA DO FICO

“O Dia do Fico foi um evento histórico que ocorreu em 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe Dom Pedro I decidiu permanecer no Brasil, con...