quarta-feira, 16 de junho de 2021

MUDAR PARADIGMAS É ALGO BEM DIFÍCIL

É INEGÁVEL QUE MUDAR PARADIGMAS É ALGO BEM DIFÍCIL Inspirando na metodologia da Escola da Ponte de que o incentivo à autonomia e a permissão de que os grupos se forme conforme seus interesses demonstra, na prática, que com iniciação, consolidação e aprofundamento os estudantes se interessam e progridem. Descobri que existe uma escola da ponte no Brasil e, tive o prazer de conhecer o Xará do meu avô, idealizador da Escola, José Pereira que veio palestrar em Brasília. Para que a pessoa possa se predispor, se comprometer precisa acreditar. Quando registrado em um compromisso, por exemplo, a possibilidade de cumprir é bem maior. Um exemplo foi a economia de energia na minha Escola NOVO CAMINHAR. A necessidade de convencer os estudantes e os educadores de como economizar energia imposta legalmente levou-nos a prática da citada metodologia. A tarefa inicial foi um trabalho motivador e conscientizador seguido de propostas, partindo de sugestões deles. Todas as turmas do Maternal a Quarta Série discutiram quanto a importância da energia elétrica, da abundância de utilidade e facilidade que ela nos traz. Demonstrei a eles como vivi a minha infância sem energia elétrica.
Expus a eles, que na fazenda do meu tio Baltazar, quando me deparei com motor gerador de energia elétrica, que ligava as lâmpadas da Fazenda, me encantei com a lâmpada elétrica achei uma coisa maravilhosa. Ao pesquisar encontrei em um livro a História de Thomas Edison o inventor da lâmpada elétrica. Fizemos uma lista das utilidades da energia elétrica e uma reflexão de como substituí-la, como viver sem ela. Expus que estávamos sendo obrigados a mudar os hábitos de consumo de energia com risco de corte e multa e que um dos motivos foi o aumento do consumo de energia causado pelo crescimento populacional e aumento de produção pelas indústrias. Ainda que, quase toda energia elétrica do Brasil era produzida por usinas hidrelétricas necessitando de chuva para manter a geração de energia e houve escassez de precipitação em 2001. As medidas do governo federal para forçar os brasileiros a racionar energia a partir de 1º de julho de 2001, era todos cortar 20% do consumo de eletricidade. Questionei quando ao que poderíamos fazer e preparamos a lista em cada sala de aula que foi afixada em local visível. A grande surpresa foi que economizamos mais do que seria obrigatório. Outro exemplo quanto assunto é a questão de orientações as pessoas que nos ajudam em nossa casa. Para todas elas eu sempre recomendo: por favor jamais varra a casa, use um pano úmido. Ainda esclareço: a poeira sobe e fica depositada, se assenta, nos objetos e até no teto. Também, comunico que existe uma legislação do DF que proíbe, as instituições que trabalham com alimentos, varrer a seco. Isso se aplica também a minha casa, pois nela também é preparado alimentos. Porém, de nada resolve. Por exemplo, a ‘N’, varrendo a casa com vassoura até repetia enquanto estava varrendo: sem varrer... e continuava varrendo. A ‘E’ também repete enquanto varre e olho pra ela: você não gosta que varre... Houveram outras que diziam enquanto praticavam o delito: não pode varrer... A legislação é: Instrução Normativa DIVISA/SVS Nº 16 DE 23/05/2017. Art. 77. É proibido: I - varrer a seco; a Instrução Normativa DIVISA/SVS Nº 4 DE 15/12/2014. Art. 73. É proibido: I - varrer a seco e lavar panos de limpeza na área de manipulação; (de alimentos). Com essas auxiliares também ocorre a questão do “joga fora”. Quando saem confiro o lixo e sempre há algo a se retirar dali. Houve uma, que após dezenas de anos, ao me ver “fuçando o lixo” me chamou de louca. SOU LOUCA Dizem que sou louca, devo ser mesmo: faço insanidades para preservar a vida, cometo maluquices com intenção de ajudar, crianças me deixam enlouquecida de ternura e a paixão pelo reaproveitamento me endoidece. Fico tresloucada de tristeza com tanta gente mentindo: quem mente rouba, quem rouba maltrata e mata. Se disser que eu menti decrépita eu já devo estar, ou foi por uma fabula que estive a arquitetar. E ainda, sou louca pra ver: a Barragem do Descoberto sempre sangrar, ver todos olhando para tudo que for des-cartar e uma nova utilidade encontrar, todos verem a terra como nossa casa quando tudo irá mudar, e melhorar... Aos 12 anos era costureira, aos 13 professora e aos quinze saí da casa em busca de estudar. Já experimentei ser freira, atriz, poeta e escritora. A Igreja, no tempo parada, memorizar é tarefa árdua publicar é complexo. Na vida, algumas vezes, decidi pela estrada mais difícil e andei pelo desconhecido. Caminhei muito sem rumo certo e mais ainda com rumo definido. Mas o que a vida me deu muito foi ser gerente, encarregada, timoneira ou regedora. Já dormi chorando e acordei com enxaqueca, em contrapartida já dei risadas até doer o estomago. Fazia cosquinha em meus filhos que sorriam pra valer, quando choravam, até mesmo sentia meu coração doer. Por descuido, já me queimei várias vezes com fogo, cera depilatória, atitudes ou palavras. Por outro lado tenho certeza, já confortei, orientei e ajudei com o meu ânimo ou ao falar. Já conversei com o espelho pra me desculpar, elogiar ou dar bronca. Já tomei banho de chuva e achei epopeico e embora malacafento na enxurrada mergulhei. Já rapei o fundo da panela de arroz e de requeijão e lambi a raspa do fundo do tacho de doce. Vivia pra comer, hoje como pra viver. Já confundi sentimentos e muito sofri por isso. Já sofri por amor inconfessável e ainda penso nele. Já confiei em criaturas humanas e tive decepções mas, muito mais adjudiquei e surpresas boas colhi. Andei muito de ônibus sonolenta e com um cansaço imenso. Já cochilei na aula cansada de trabalhar. Aprendi muito e ainda aprendo, nomeada professora aos treze, nunca deixei de estudar. Tenho sede de aprender, fome de saber e de colaborar para o capacitar, desenvolver ou aperfeiçoar. Tentei esquecer algumas pessoas que são ainda as mais lembradas. Subi em frutíferas pros frutos saborear, pior foi no telhado, caí de bunda vértebras trincaram, ainda sofro por isso. Por algumas vezes, conheci a morte de perto, e ainda anseio por viver por muitos anos. Já fiz quatorze cirurgias e tive sete fraturas, quatro na coluna. Já tive útero, hoje é só uma abobrinha murcha. Já tive mamas que se transformaram em tecido adiposo – pura gordura. A natureza me deu um dente a mais, mas todos estão caindo. Criticam-me por deixá-los como nasceram, tenho medo de crise da neuralgia dos trigêmeos. Aos quinze anos descobri que era quase cega de um olho, hoje o outro também decai. Só agora descobri que o grilo que ouvia constantemente era um pouco de surdez congênita. Quantas vezes me senti sozinha em festas e multidões. Já admirei pores-do-sol de várias cores e tons. Tomei vinho uma vez até me embriagar, uma experiência ruim pra nunca mais ocorrer. Olhei muitas cidades do alto, mas meu lugar se escondia. Já senti medo de lugar fechado, já tremi de nervoso, já quase morri de amor. Já transformei amor em decepção por quem nunca imaginava. Senti muito medo de lagarta, dentista e injeção orientando os filhos ao contrário, tive que me acostumar. Já gritei de alegria e fiquei feliz calada. Esperei agradecimentos e muito decepcionei. Emocionei e emociono com as crianças que encontrei e encontro. Já tive saudades de amigos, mas sempre descubro novos. Incontáveis coisas feitas, momentos enraizados no gravador coração. Já vivi mais de vinte e cinco mil dias, a maioria com alegria. Já tive muita emoção e estão todas guardadas no bauzão que é meu cérebro. Já admirei meu corpo virando mulher, hoje me assusta o envelhecer, é como aos poucos morrer. Cresci vendo todos respeitando idosos e hoje vivo a discriminação. Se hoje fosse entrevistada pra emprego conseguir, que experiências será que iriam considerar? Acredito que o melhor know-how que tenho a dizer é sorrir, falar muito e sempre sonhar e buscar o saber. Pode ser que quem fosse selecionar nada disso iria enaltecer. Mesmo tendo sofrido e chorado, muito mais me alegrei e sorri. Encontrei pessoas malvadas, mas as maravilhosas foi número muito maior. Já xinguei e briguei mas com certeza mais ainda elogiei, agradeci e animei. Tive momentos, que pensei em desistir, mas sempre encontrei coragem pra poder continuar. Arrematando: experiências que me lembro e posso contar: estudei, trabalhei muito é o que vou continuar. Tentei juntar os assuntos pra melhor organizar, desisti achei que era melhor como vieram às ideias assim deixar.

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