domingo, 30 de setembro de 2018

DIA DO IDOSO – 01-10

SE TUDO ESTA EM RENOVAÇÃO CONSTANTE, PRA QUE EXPERIÊNCIA? Quando se pensa em idoso alguns imaginam alguém ultrapassado que tem medo das novas tecnologias Mas ainda há alguns que valorizam a experiência dos que já viveram mais. Resolvi relembrar ocorrências que já vivenciei: Chorei muito escondido, aos quinze saí da casa de meus pais pra sempre. Caminhei sem rumo certo e mais ainda com rumo definido. Na vida decidi pela estrada mais difícil e andei pelo desconhecido. Já experimentei ser freira, atriz, poeta e escritora. Mas o que a vida me deu muito foi ser chefe, coordenadora ou diretora. Já dormi chorando e acordei com enxaqueca. Em contrapartida já dei risadas até doer o estomago. Fazia cosquinha em meus filhos que sorriam pra valer. Quando choravam, ate mesmo sentia meu coração doer. Por descuido, já me queimei várias vezes com fogo, cera depilatória, atitudes ou palavras. Por outro lado tenho certeza, já confortei, orientei e ajudei com o meu entusiasmo e falar. Já conversei com o espelho pra me desculpar, elogiar ou dar bronca. Já tomei banho de chuva e achei genial. Já raspei o fundo da panela de arroz e de requeijão e lambi o fundo do tacho de doce. Já confundi sentimentos e muito sofri por isso. Já confiei em criaturas humanas e tive decepções. Andei muito de ônibus sonolenta e com um cansaço imenso. Já cochilei na aula cansada de trabalhar. Aprendi muito e ainda aprendo, nunca deixei de estudar. Tentei esquecer algumas pessoas que são ainda as mais lembradas. Já subi no telhado, caí de bunda fraturei a coluna e ainda sofro por isso. Subi muito em fruteiras pros frutos saborear. Por algumas vezes, conheci a morte de perto, e ainda anseio por viver por muitos anos. Já fiz quatorze cirurgias e tive sete fraturas. Já tive útero, hoje é só uma abobrinha murcha. Já tive mamas que se transformaram em tecido adiposo – pura gordura. A natureza me deu um dente a mais, mas todos estão caindo. Quantas vezes me senti sozinha em festas e multidões. Já sofri por amor inconfessável e ainda penso nele. Já admirei pores-do-sol de várias cores e tons. Tomei vinho uma vez até me embriagar, uma experiência ruim pra nunca mais ocorrer. Olhei muitas cidades do alto, mas meu lugar se escondeu. Já senti medo de lugar fechado, já tremi de nervoso, já quase morri de amor. Já transformei amor em decepção por quem nunca imaginava. Senti muito medo de lagarta, dentista e infecção orientando os filhos ao contrario, tive que me acostumar. Já gritei de alegria e fiquei feliz calada. Esperei agradecimentos e muito decepcionei. Outros me agradecem por algo que nem notei. Emocionei e emociono com as crianças que encontrei e encontro. Já tive saudades de amigos, mas sempre descubro novos. Incontáveis coisas feitas, momentos arraigados no gravador coração. Já vivi mais de vinte e cinco mil dias, a maioria com alegria. Já tive muita emoção e estão todas guardadas no bauzão que é meu cérebro. Já admirei meu corpo virando mulher, hoje me assusta o envelhecer é como aos poucos morrer... Cresci vendo todos respeitando idosos e hoje vivo a discriminação. Se hoje fosse entrevistada pra um emprego conseguir, que experiências será que iriam considerar? Acredito que o melhor know-how que tenho a relatar é sorrir e falar muito e sempre sonhar. Pode ser que quem fosse selecionar nada disso iria valorizar. Mesmo tendo sofrido e chorado, muito mais me alegrei e sorri. Encontrei pessoas malvadas, mas as maravilhosas foi número muito maior. Já xinguei e briguei mas com certeza mais ainda elogiei, agradeci e animei. Tive momentos, que pensei em desistir, mas sempre encontrei coragem pra poder continuar. Concluindo: experiências que me lembro e posso contar: estudei, exercitei, trabalhei muito é o que vou continuar. Obs.: Idéia baseada numa redação de um candidato a emprego que li um dia.

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