terça-feira, 30 de junho de 2020
OUTRO ESTILO DE VIDA E EDUCAÇÃO
"203. Dado que o mercado tende a criar um mecanismo consumista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos. O consumismo obsessivo é o reflexo subjetivo do paradigma tecno-econômico. Está a acontecer aquilo que já assinalava Romano Guardini: o ser humano «aceita os objetos comuns e as formas habituais da vida como lhe são impostos pelos planos nacionais e pelos produtos fabricados em série e, em geral, age assim com a impressão de que tudo isto seja razoável e justo».[144] O referido paradigma faz crer a todos que são livres pois conservam uma suposta liberdade de consumir, quando na realidade apenas possui a liberdade a minoria que detém o poder econômico e financeiro. Nesta confusão, a humanidade pós-moderna não encontrou uma nova compreensão de si mesma que a possa orientar, e esta falta de identidade é vivida com angústia. Temos demasiados meios para escassos e raquíticos fins." CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. Um dos grandes desafios é educar e educar-se a distância. Para maior qualidade no processo ensino aprendizagem é necessário o empenho de estudantes, professores, especialistas e gestores de instituições de ensino nesse formato de educação ainda pouco empreendida no Brasil. O alicerce básico das práticas de qualidade no desenvolvimento desta modalidade de educação é garantir sucessivamente melhoramentos na criação, com aperfeiçoamentos adequados, que contribuam para superar os problemas regionais e nacionais e para o desenvolvimento sustentável dos seres humanos, sem exclusões, nas comunidades e ambientes em que vivem. As referências são as mesmas dos cursos presenciais, o que importa para o cidadão e para a sociedade é ter um desenvolvimento de elevada qualidade. A base é a educação da pessoa para a vida e para o mundo do trabalho. Entre as necessidades estão: comunicação/interativa entre professor e aluno; qualidade dos recursos educativos; avaliação abrangente e contínua, atendimento das particularidades e necessidades sócio-culturais da clientela, cidade, região.
EXCLUÍDOS - EDUCAÇÃO HOJE
“Muitas vezes há um consumo excessivo e míope dos pais que prejudica os próprios filhos, que sentem cada vez mais dificuldade em comprar casa própria e fundar uma família. Além disso, esta falta de capacidade para pensar seriamente nas futuras gerações está ligada com a nossa incapacidade de alargar o horizonte das nossas preocupações e pensar naqueles que permanecem excluídos do desenvolvimento. Não percamos tempo a imaginar os pobres do futuro, é suficiente que recordemos os pobres de hoje, que poucos anos têm para viver nesta terra e não podem continuar a esperar. Por isso, «para além de uma leal solidariedade entre as gerações, há que reafirmar a urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade entre os indivíduos da mesma geração».” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. A educação só será acessível a todos quando todos de todas as áreas, Estado e sociedade civil se interessarem por ela pois a educação para todos supõe todos pela educação. Estamos vivendo um momento de síntese entre qualidade e quantidade é a vez da participação de toda a sociedade. A eficácia depende da ousadia de cada escola em experimentar o novo além de pensá-lo e, para criar o novo às parcerias e o intercâmbio com a sociedade, é imprescindível. Como, com o que cada um pode participar?
PANDEMIA - MUDANÇA INEVITÁVEL
“202. Muitas coisas devem reajustar o próprio rumo, mas antes de tudo é a humanidade que precisa mudar. Falta a consciência duma origem comum, duma recíproca pertença e dum futuro partilhado por todos. Esta consciência basilar permitiria o desenvolvimento de novas convicções, atitudes e estilos de vida. Surge, assim, um grande desafio cultural, espiritual e educativo que implicará longos processos de regeneração.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. O que pouco importa agora é como surgiu o coronavírus que provoca a covide-19. Ou o coronavírus surgiu pelas intromissões humanas no ecossistema e trará benefícios ao planeta ou a natureza, a terra foi bem ardilosa e, para não morrer com tanta poluição e o aumento cada vez maior de indivíduos foi capaz de modificar o coronavírus para ajudá-la, ou, como alguns acreditam que foi uma Teoria conspiratória, hipótese especulativa de que indivíduos ou organizações “maquinaram” planejando de forma deliberada e secreta o aprimoramento do vírus corona para reduzir o número dos humanos que causam mais despesas que lucros bem como, reduzir o índice de natalidade no planeta Terra. Está evidenciado: o coronavírus que provoca a covid-19 é mais letal para doentes e idosos bem como, pesquisas divulgaram: homens infectados peia doença poderão ficar inférteis. https://paisefilhos.uol.com.br/familia/estudo-diz-que-coronavirus-pode-causar-danos-aos-testiculos-e-levar-a-infertilidade-entenda-por-que/ Em que pese tantas mudanças, o que cada um de nós pode praticar para suavizar os efeitos da pandemia do Covid-19? Evitar o tocamento e a proximidade com outras pessoas, permanecer em domicílio e sair somente para resolver assuntos inadiáveis, fora da habitação evite proximidade com as pessoas, usar máscara quando estiver em público, Procure um hospital somente se estiver sentindo sintomas da covid-19, como falta de ar.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
A TERRA ESTÁ DOENTE
“161. As previsões catastróficas já não se podem olhar com desprezo e ironia. Às próximas gerações, poderíamos deixar demasiadas ruínas, desertos e lixo. O ritmo de consumo, desperdício e alteração do meio ambiente superou de tal maneira as possibilidades do planeta, que o estilo de vida atual – por ser insustentável – só pode desembocar em catástrofes, como, aliás, já está a acontecer periodicamente em várias regiões. A atenuação dos efeitos do desequilíbrio atual depende do que fizermos agora, sobretudo se pensarmos na responsabilidade que nos atribuirão aqueles que deverão suportar as piores conseqüências.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. Enquanto aumenta o número de pessoas doentes com a COVID-19 estamos presenciando a redução da poluição, ou seja, a melhoria da saúde do Planeta. Sabe-se que o grau de desperdício de uma sociedade é inversamente proporcional ao seu nível de educação. Envidar esforços para a formação de uma mentalidade mais voltada para a preservação do ambiente e para a economia proporcionada pelo reaproveitamento é uma das prioridades, pois estamos conscientes de que o desperdício é também demonstração de falta de espírito de fraternidade e de compreensão dos deveres que cada um tem em relação à comunidade em que vive, bem como desperdiçar é contribuir para aumentar os problemas que o mundo atravessa e, especialmente, agravar as dificuldades da luta pela vida.
ONDE É O FORA?
“Se não há verdades objetivas nem princípios estáveis, fora da satisfação das aspirações próprias e das necessidades imediatas, que limites pode haver para o tráfico de seres humanos, a criminalidade organizada, o narcotráfico, o comércio de diamantes ensanguentados e de peles de animais em vias de extinção? Não é a mesma lógica relativista a que justifica a compra de órgãos dos pobres com a finalidade de os vender ou utilizar para experimentação, ou o descarte de crianças porque não correspondem ao desejo de seus pais? É a mesma lógica do «usa e joga fora» que produz tantos resíduos, só pelo desejo desordenado de consumir mais do que realmente se tem necessidade. Portanto, não podemos pensar que os programas políticos ou a força da lei sejam suficientes para evitar os comportamentos que afetam o meio ambiente, porque, quando é a cultura que se corrompe deixando de reconhecer qualquer verdade objetiva ou quaisquer princípios universalmente válidos, as leis só se poderão entender como imposições arbitrárias e obstáculos a evitar.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. É urgente e necessário que todos envidemos esforços intelectuais que objetivem entender e compreender os processos de influência recíproca homem/meio ambiente e aumentar o conhecimento dos padrões de interação homem/natureza, natural/cultural, pois as mudanças bruscas têm causado sérias alterações no ambiente natural, comprometendo a qualidade de vida. Prevenir o desperdício provindo da utilização incorreta ou incompleta de bens de consumo ou recursos provocados pela falta de planejamento e incentivado pela massificação do consumo que produz bens descartáveis e embalagens sem retorno. Buscar formas, aprender técnicas, utilizando-se de sucatas que são reaproveitadas, de maneira artesanal, na confecção de outros produtos, especialmente, os inorgânicos é uma formas de colaborar para a diminuição do lixo e melhoria da qualidade de vida.
“O EGOISMO ESCRAVIZA E DESTROI”
“A cultura do relativismo é a mesma patologia que impele uma pessoa a aproveitar-se de outra e a tratá-la como mero objeto, obrigando-a a trabalhos forçados, ou reduzindo-a a escravidão por causa duma dívida. É a mesma lógica que leva à exploração sexual das crianças, ou ao abandono dos idosos que não servem os interesses próprios. É também a lógica interna daqueles que dizem: «Deixemos que as forças invisíveis do mercado regulem a economia, porque os seus efeitos sobre a sociedade e a natureza são danos inevitáveis».” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. No relativismo as verdades unânimes da humanidade são questionadas tornando o conhecimento subjetivo, ou seja, é próprio do sujeito, pertence ao domínio de sua consciência, está baseado na interpretação individual, pode ser sem validade para todos e pode resultar em ações egoísticas. Alguns dizem abertamente que, se outro está mal, eu o empurro para o abismo. Ajudo aqueles que irão ajudar-me. As pessoas têm liberdade de escolher qual o caminho a seguir: entre temor e amor, separação e união, esperança e desespero, confiança e desconfiança, verdade e falsidade, entre a sabedoria e o que se passa por sabedoria. Quem ouve a voz que vem do coração e usa para ser conduzido, ao que deveria ser intrínseco aos humanos, o de conscientização do que as pessoas são predestinadas a ser complementares entre si, e que tudo está interligado, estará contribuindo para o bem de todos.
domingo, 28 de junho de 2020
O SENTIDO DA VIDA
“Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer? Esta pergunta não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode pôr a questão de forma fragmentária. Quando nos interrogamos acerca do mundo que queremos deixar, referimo-nos, sobretudo à sua orientação geral, ao seu sentido, aos seus valores. Se não pulsa nelas esta pergunta de fundo, não creio que as nossas preocupações ecológicas possam alcançar efeitos importantes. Mas, se esta pergunta é posta com coragem, leva-nos inexoravelmente a outras questões muito diretas: Com que finalidade passamos por este mundo? Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra? Por isso, já não basta dizer que devemos preocupar-nos com as gerações futuras; exige-se ter consciência de que é a nossa própria dignidade que está em jogo. Somos nós os primeiros interessados em deixar um planeta habitável para a humanidade que nos vai suceder. Trata-se de um drama para nós mesmos, porque isto chama em causa o significado da nossa passagem por esta terra.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. Em livros de ciência encontra-se a seguinte definição de ser vivo: é o que nasce, cresce, reproduz e morre. Algumas crianças questionam essa definição dizendo: se eu ainda estou crescendo, nem sei se vou reproduzir e estou vivo, sou ser vivo? Uma turma de adolescentes assim definiu o ser humano: é o que nasce, é mamífero, cresceu ou está crescendo, reproduziu ou poderá se reproduzir, é bípede, inflamável, frágil, vive procurando ser feliz e é mortal. Será que o sentido da vida é ser feliz? O sentido de ser feliz é diferente de uma pessoa para outra. Alguns garantem que todas as vezes que parece que ajudou alguém a dar mais sentido a sua vida a vida deles se completa. Outros repetem: nenhuma pessoa tem conhecimento quanto tempo ainda permanecerei por aqui, o que sei é que continuamente estarei procurando uma fagulha de motivação. Alguma coisa que, por menor que seja me traga emoção Só assim a vida faz sentido. Há os que “lavam as mãos”e dizem: "cada um que resolva os seus problemas". Muitos acreditam que tudo está unido. Quem trata o mundo como objeto o trata mal, quando vemos tudo no mundo como parte de nós mesmos o trataremos melhor. Provavelmente, todos querem além deixar um mundo melhor para os filhos, deixar filhos melhores para o nosso mundo.
HIGIENE DO LIXO – para reciclagem e reaproveitamento
“Embora não tenhamos consciência disso, dependemos desse conjunto para a nossa própria existência. Convém recordar que os ecossistemas intervêm na retenção do dióxido de carbono, na purificação da água, na contraposição a doenças e pragas, na composição do solo, na decomposição dos resíduos, e muitíssimos outros serviços que esquecemos ou ignoramos. Quando se dão conta disto, muitas pessoas voltam a tomar consciência de que vivemos e agimos a partir duma realidade que nos foi previamente dada, que é anterior às nossas capacidades e à nossa existência. Por isso, quando se fala de «uso sustentável», é preciso incluir sempre uma consideração sobre a capacidade regenerativa de cada ecossistema nos seus diversos setores e aspectos.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. É importante que saibamos de que maneira cada um de nós podemos contribuir para a preservação do meio em que vivemos. E uma dessas maneiras é fazendo a separação dos descartáveis, a fim de facilitar o trabalho do coletor e das empresas quedo ramo, pois a reciclagem é um dos projetos que vem dando certo. Através dela é possível obter novos objetos e assim, ajudar a evitar a destruição da natureza. Um dos problemas que são enfrentados pelas empresas do ramo são as consequências dos resíduos dos alimentos que permanecem nas embalagens causando proliferação de insetos, mau cheiro e perigo para a saúde dos trabalhadores. A solução é proceder a limpeza prévia desses materiais antes de colocá-los para a coleta seletiva. Uma forma simples que evita o uso de água potável para higienizá-los é deixá-los na pia de lavar a louça e aproveitar a água usada para higienização. A melhoria da qualidade de vida é resultado da participação de cada um.
sábado, 27 de junho de 2020
CRIATIVIDADE COM AS CRIANÇAS NA CONFUSÃO DA PANDEMIA
“Admirável é a criatividade e generosidade de pessoas e grupos que são capazes de dar a volta às limitações do ambiente, modificando os efeitos adversos dos condicionalismos e aprendendo a orientar a sua existência no meio da desordem e precariedade. Por exemplo, nalguns lugares onde as fachadas dos edifícios estão muito deterioradas, há pessoas que cuidam com muita dignidade o interior das suas habitações, ou que se sentem bem pela cordialidade e amizade das pessoas. A vida social positiva e benfazeja dos habitantes enche de luz um ambiente à primeira vista inabitável. É louvável a ecologia humana que os pobres conseguem desenvolver, no meio de tantas limitações. A sensação de sufocamento, produzida pelos aglomerados residenciais e pelos espaços com alta densidade populacional, é contrastada se desenvolvem calorosas relações humanas de vizinhança, se se criam comunidades, se as limitações ambientais são compensadas na interioridade de cada pessoa que se sente inserida numa rede de comunhão e pertença. Deste modo, qualquer lugar deixa de ser um inferno e torna-se o contexto duma vida digna.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. No meio de tantas dúvidas, controvérsias, disputas e aproveitadores, há algo que avança independente do que esteja acontecendo, o tempo adianta e a infância passa. Que tal tornar este momento o mais agradável possível para os pequenos? Certamente, temos em casa orégano, pimenta moída, café em pó ou purpurina para informar sobre germes. Em um prato com água, deposite um pouco de um desses produtos. Solicite que a criança coloque e tire o dedo do prato, notando como os “vírus” ficam na pele. Em seguida, peça para ela molhar o dedo em um potinho com sabonete ou detergente líquido e encostá-lo novamente na superfície do prato. Ela verá que com o sabão, o orégano, pimenta moída, café em pó ou purpurina soltam imediatamente da pele e o que está na água se afasta. Daí a importância de lavar as mãos e tomar banho. Solicite que escreva ou peça que mencione bons e maus costumes de higiene pessoal e, posteriormente separa por categoria comentando cada um deles. Convide as crianças para produzir uma aula ou palestra para os presentes, os bonecos ou animalzinho de brinquedo ou de verdade sobre a seriedade dos hábitos de higiene pessoal e os procedimentos de lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, etc. O jogo e a brincadeira são fios condutores para a construção do conhecimento.
sexta-feira, 26 de junho de 2020
AS RAZÕES, PELAS QUAIS UM LUGAR SE CONTAMINA E COMO AGIR COM AS CRIANÇAS
“Quando falamos de «meio ambiente», fazemos referência também a uma particular relação: a relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto nos impede de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos. As razões, pelas quais um lugar se contamina, exigem uma análise do funcionamento da sociedade, da sua economia, do seu comportamento, das suas maneiras de entender a realidade. Dada a amplitude das mudanças, já não é possível encontrar uma resposta específica e independente para cada parte do problema. É fundamental buscar soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais. Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise sócio-ambiental. As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM Estamos vivendo um momento impróprio para relações sociais, mas que requer colaboração e solidariedade. É tempo de abandonar o egoísmo e raciocinar que existem pessoas com baixa imunidade bem como, muitos com baixa aquisição. É ocasião de auxiliar mutuamente. Além disso, é momento de grande empenho para as crianças entenderem a importância do asseio. Com intensidade os hábitos e principais noções de higiene e limpeza são desenvolvidos quando pequenos. É inegável que a higiene corporal infantil é algo fundamental para um desenvolvimento saudável, longe de vírus e bactérias. Mas, como orientar higiene corporal para crianças? Antes de tudo, dar o exemplo e vincular atividades divertidas e educativas para aprender brincando! Cantar juntos enquanto lavam as mãos; dancem enquanto escovam os dentes; levem um boneco ou um animalzinho de brinquedo para o banho; crie associações positivas para deixar a atividade prazerosa: Ex,: hora de escovar os dentes é antes da história de nanar, o banho é depois da brincadeira preferida.
quinta-feira, 25 de junho de 2020
TUDO ESTÁ INTERLIGADO
“A ecologia estuda as relações entre os organismos vivos e o meio ambiente onde se desenvolvem. E isto exige sentar-se a pensar e discutir acerca das condições de vida e de sobrevivência duma sociedade, com a honestidade de pôr em questão modelos de desenvolvimento, produção e consumo. Nunca é demais insistir que tudo está interligado. O tempo e o espaço não são independentes entre si; nem os próprios átomos ou as partículas subatômicas se podem considerar separadamente. Assim como os vários componentes do planeta – físicos, químicos e biológicos – estão relacionados entre si, assim também as espécies vivas formam uma trama que nunca acabaremos de individuar e compreender.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM. Quando o ser humano passa por um processo de transformação, e se conscientiza de que faz parte do todo e busca a melhoria contínua, elevando-se na prática do bom, a energia do bem, repercute na coletividade, gerando mudanças em toda a humanidade e em todo o mundo. O ser humano vem praticando, desenvolvendo e disseminando a concepção da coletividade. A esperança reside em transformações, que vêm ocorrendo: modo de vida mais simples e natural – mais sustentável; vivência mais equilibrada, baseada no essencial, com mais calma e menos rivalidade; Anseio de estender seus dons utilizando suas habilidades, como missão em atos de amor; a economia também se move por co-participação e trocas humanitárias ao invés de, somente, consumismo, concorrência e enriquecimento. Cada atitude do bem leva a outras boas; cada pergunta incita a busca de resposta, e estimula novas interrogações aumentando a constância e, conscientemente a dimensão do bem se eleva. Mudando comportamentos ocorrem rompimentos de padrões, na ciência, na família, na educação, entre outros facilitando formas alternativas de alimentação, trabalho, saúde, inclusão e produção; crenças e padrões ultrapassados e limitantes são abandonados induzindo a novos entendimentos e valores, surgem outros formatos e procedimentos de economia colaborativa e solidária.
Sincronia ou acaso?
SEMPRE HÁ SOLUÇÕES – “O DIFÍCIL RESOLVE LOGO, O IMPOSSÍVEL DEMORA UM POUCO.”
“Nunca maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos. Finalmente reconhecemos, a propósito da situação e das possíveis soluções, que se desenvolveram diferentes perspectivas e linhas de pensamento. Entre estes extremos, a reflexão deveria identificar possíveis cenários futuros, porque não existe só um caminho de solução. Isto deixaria espaço para uma variedade de contribuições que poderiam entrar em diálogo a fim de se chegar a respostas abrangentes. A esperança convida-nos a reconhecer que sempre há uma saída, sempre podemos mudar de rumo, sempre podemos fazer alguma coisa para resolver os problemas.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM “Durante muitos anos tentei encontrar alguém que me compreendesse e respeitasse que me aceitasse como sou que fosse capaz de oferecer-me felicidade apesar dos obstáculos ou das duras provas Aqui e agora em mim mesma descobri este mágico alguém principal responsável pelo meu bem estar”
INFERTILIDADE – POSSÍVEL SEQÜELA DO CORONAVÍRUS
“Pesquisadores de Wuhan observaram em pesquisas de pequena escala que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode infectar os testículos e afetar os níveis de testosterona, afetando a saúde sexual masculina e desencadeando hipogonadismo, uma condição que pode causar impotência e infertilidade.” https://pfarma.com.br/coronavirus/5600-saude-sexual-masculina.html
“Em vez de resolver os problemas dos pobres e pensar num mundo diferente, alguns limitam-se a propor uma redução da natalidade. Não faltam pressões internacionais sobre os países em vias de desenvolvimento, que condicionam as ajudas econômicas a determinadas políticas de «saúde reprodutiva». «Se se perde a sensibilidade pessoal e social ao acolhimento duma nova vida, definham também outras formas de acolhimento úteis à vida social».[97]. Como frequentemente acontece em épocas de crises profundas, que exigem decisões corajosas, somos tentados a pensar que aquilo que está a acontecer não é verdade. Num dos extremos, alguns defendem a todo o custo o mito do progresso, afirmando que os problemas ecológicos resolver-se-ão simplesmente com novas aplicações técnicas, sem considerações éticas nem mudanças de fundo. No extremo oposto, outros pensam que o ser humano, com qualquer uma das suas intervenções, só pode ameaçar e comprometer o ecossistema mundial, pelo que convém reduzir a sua presença no planeta e impedir-lhe todo o tipo de intervenção.” Fragmentos da CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO – PARA PE. VICENTE
É espantoso que um homem como Pe. Vicente, que sem possuir bens materiais, pudesse fazer tanto bem aos desprovidos. Quando na província de Lorena, assolada pela guerra vivia um caos, Pe. Vicente fez-se pedinte, arrecadando doações para ajudar as vítimas da grande catástrofe. A particularidade extraordinária em Vicente era o seu imenso amor ao próximo, que inventava inúmeras formas de auxiliar o necessitado, o mais carente. Vicente está pronto a dar exemplo: “Eu mesmo, embora velho e idoso como sou, não devo deixar de ter esta disposição em mim. Foi um ser humano intensamente compassivo e incomum em suas atividades. Vicente acreditava que a Educação é a prevenção e o remédio para todos os males. Sempre se empenhou nos estudos e, ainda na adolescência, antes de completar 16 anos, foi preceptor (mestre, educador) e foi nessa atividade ele tomou gosto pela busca do conhecimento. “Pe. Vicente foi comprado por um ancião que era ao mesmo tempo médico e alquimista e aproveitava-se da experiência do velho sábio, que o tomou como amigo, ensinando-lhe a medicina e a química. Dizia a si mesmo - e a continuação mostrará que ele tinha razão “- Tudo pode servir.” Quando se viu livre da escravidão Pe. Vicente freqüentava as aulas na Sorborne. Cursava licenciatura em Direito Canônico. “É preciso, dizia ele, aproveitar todas as ocasiões para instruir-se, e assim se tornar mais capaz de servir...” Vicente passou um ano no Oratório aprofundando sua formação pelo estudo. “Semanalmente Pe Vicente, reunia as Filhas da Caridade... sua palavra “cálida, viva, simples, familiar, convincente, penetrante, era instrutiva e prática” se dirigia “à razão, ao coração e à vontade daquelas 12, 50, 80 e até 100 irmãs que acudiam todas as semanas para receber as lições.” Luísa de Marillac, percebendo o tesouro que aquelas explicitações encerravam, começou a anotá-las com a maior fidelidade. Graças, portanto, ao tirocínio de Luísa de Marillac, possuímos essas regras de sabedoria e bom senso dele, com toda a vivacidade e até o pitoresco com que as pronunciou Vicente de Paulo.” “Atrás de uma aparência exterior, simples e fraca, de uma fisionomia humilde, sempre bondosa e sorridente, escondia-se uma inteligência esclarecida, um caráter corajoso e forte, um talento eminentemente prático e organizador, um coração grande, ardoroso e firme. Pe. Vicente era um mobilizador de vontades. Para ir ao encontro das mais variadas necessidades, Pe. Vicente reuniu em torno de si o maior número possível de pessoas, ricos e pobres, humildes e poderosos, empregou todos os meios para incutir-lhes o sentido do pobre..., impelindo-os afinal a amparar direta ou indiretamente os mais necessitados.” Vicente não se deixava desanimar ou inquietar pelas vicissitudes da vida. Humilhações, longe de o entristecerem, firmavam-no cada vez mais na humildade. A humildade era a virtude que mais recomendava. Vicente procurou-os e semeou consolo e conforto nas almas daquela desventurada gente, cuja triste sorte o comovia até as lágrimas. Apesar de intrigas e sofrimentos ele sempre soube perdoar. Nenhuma forma de miséria deixava indiferente o coração do grande do Pe. Vicente. Entre as obras mais célebres por ele fundadas na época, pode-se citar a das “Crianças Enjeitadas”. Nenhuma forma de miséria deixava indiferente o coração do grande apóstolo da caridade. SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 192 -
file:///C:/Users/rosa/Google%20Drive/ROSA/Escola%20NOVO%20CAMINHAR/Proj%20Mon%20livros%20Cursos/Livro%20SVP%202011.pdf
quarta-feira, 24 de junho de 2020
PROBLEMAS ATUAIS E PADRE VICENTE
O tempo passa, mas muitos dos problemas atuais são análogos àqueles vivenciados pela humanidade na época em que viveu Vicente de Paulo: proliferação de epidemias, (Entre os séculos XIV e XVIII ocorreram nada menos que dez pandemias. Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-mundo-no-tempo-das-pestes/) precariedade do atendimento a saúde, sistema educacional derrocado, multidões de esfarrapados vagando pelas ruas, migrações em busca de melhoria, habitações degradantes, problemas no abastecimento de água e na iluminação, espaços segregados, greves, preconceito e discriminações, machismo, violência, latrocínio, roubos, assaltos, agressões, pobreza, criminalidade, homicídios, injusta distribuição de renda e de benefícios, desespero, sofrimento... caos social... são palavras que fazem parte dos noticiários a da vida de hoje, que se ouve todos os dias. Muitos dos males vivenciados no século XXI, já existiam nos séculos XV e XVI em que Padre Vicente viveu. Pe. Vicente sempre inquietou com as crianças rejeitadas e desamparadas, com os velhos e com os pobres e doentes. Durante sua vida criou grandes instituições, que até hoje estão oferecendo serviços à humanidade. SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 181 -
VALORIZAÇÃO DA MULHER
Numa época em que o papel masculino e a subordinação da mulher era bem mais dominante que atualmente, para Pe. Vicente a divisão de classes, barreiras de gênero, inexistiam. Sua prática demonstra que mulheres e escravos participavam inteiramente da vida do grupo. Liberdade e igualdade faziam parte de sua mensagem. Acreditava na valorização do feminino, como importantes na construção da paz e justiça, na parceria para a construção do bem comum. “Faz 800 anos que a mulher não tinha nenhuma função pública na Igreja.... e é aqui que a Providência se dirige a vocês (Filhas da Caridade) para suprir o que faltava no serviço aos pobres.” Papa João Paulo II Mulieris Dignitatem, §§ 16 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 166 – Há algumas décadas iniciou-se o movimento para emancipação da mulher ou seja, buscar a igualdade em relação ao homem em especial quanto aos direitos, econômicos, jurídicos e políticos. Para que a mulher passe a ser reconhecida como um ser que possui capacidade, tenha autonomia e independência e seja liberta das condições do passado, a ênfase é na análise das condições de desigualdade que estão arraigadas historicamente como normais na mente das pessoas e, mudar paradigmas é bem difícil. É, portanto, uma tarefa que necessita o empenho de todos os setores da sociedade, de todos e de cada um. O esforço da mulher tem sido notado o que comprova esta foto da 1ª. Turma de Formandos da UCB.
terça-feira, 23 de junho de 2020
OFERECER O QUE AO OUTRO?
Oferecer ao outro o que se tem, aprender para orientar, ter para dar, entender para ajudar, descobrir o que o outro precisa ou quer. Conseguir a aprovação do outro para ajudá-lo. Assim, saber o que o irmão deseja e precisa é o primeiro passo, seus desejos é que devem ser levados em consideração. Porém, muitas vezes as pessoas se sentem perdidas, desorientadas que nem mesmo sabem o que é melhor para elas. Nestes casos é necessário que antes de lhes oferecer ajuda oferecer a si mesmo para orientar, ouvir, compreender. Assim, orientou o Pe. Vicente: “Mais vale um toma lá do que dois te darei; um mau acordo é muitas vezes melhor que uma boa questão”. “O amor efetivo consiste em fazer as coisas, que a pessoa, manda e deseja, ...conforme seu consentimento e para maior utilidade do próximo”. (SVP a Pedro Cabel, padre da Missão, 22/11/1659) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 130 -
A ARTE DE SERVIR
O ato de servir engloba socorrer, auxiliar, ser útil, importa-se, proporcionar, fazer algo por… Pe. Vicente buscava na ação em prol de seus semelhantes o bálsamo para suas dificuldades. Sabia entender e perdoar. Sua alegria era decorrente da felicidade que proporcionava ao próximo. “é mais bem aventurado dar do que receber” (At 20:35). Vicente viveu doando, sem economizar amor, compreensão e carinho. Seguia o Homem de Nazaré que disse ter vindo ao mundo não para ser servido e sim para servir. (Mt 20:28). Vicente esquecia os problemas amando, compreendendo e ajudando. Seu maior compromisso foi cada vez mais com a alegria de servir. Ajudava a todos sem esperar retribuição. Distribuía ânimo e alegria. Saia de si mesmo e estava sempre pronto para demonstrar bons sentimentos. Tinha plena convicção de que é sempre dando que se recebe. Dentre suas orientações destaca: “Devemos servir aos pobres, mas não podemos perder a nos mesmos.” SERVIR SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 153 – “Além disso, quando o coração está verdadeiramente aberto a uma comunhão universal, nada e ninguém fica excluído desta fraternidade. Portanto, é verdade também que a indiferença ou a crueldade com as outras criaturas deste mundo sempre acabam de alguma forma por repercutir-se no tratamento que reservamos aos outros seres humanos. O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal, não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM
TRABALHO E DIGNIDADE
Para Pe. Vicente todo e qualquer trabalho, sendo honesto, era belo. Para Ele importava a intensidade do amor com que cada trabalho deve ser realizado. Com o trabalho se honra os dons e os talentos recebidos. Para Pe. Vicente, a primeira maneira de servir era trabalhando bem, é pelo trabalho que se serve aos outros. Tudo é fruto do trabalho de alguém. Nessa “ótica”, Pe. Vicente orientava trabalhar da melhor maneira possível, com todo o talento, cuidado, dedicação, competência, honestidade, pontualidade... Pelo trabalho de cada um pode-se restituir ao mundo a beleza, a bondade e a ordem. “O amor não pode permanecer ocioso. É preciso socorrer o necessitado e assisti-lo tanto quanto seja possível, nas suas necessidades e nas suas misérias, e procurar livrá-lo delas, de todo ou em parte.” Para estar junto é pouco estar perto é ter o mesmo ponto de vista, é preciso estar com, ter confiança, unir pensamentos e esperança, ser solidários, somente com união se alcança a realização de propósitos, sonhos, projetos. Cada ser humano é o complemento de outros, se a união faz a força, pode faz milagres, caminhar para a perfeição e derrotar poderosos. "Para unir é preciso amar, para amar é preciso conhecer, para conhecer é preciso ir ao encontro do outro." Pe. Vicente soube o significado de união: “Se não estivermos sempre unidos, seriamos como os cavalos, os quais estando atrelados a uma mesma carroça puxariam um de um lado, outro para outro lado, e assim estragariam e quebrariam tudo”. (Coste III, 346s) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 162 -
SOFRIMENTO, POR QUÊ?
Certamente é preciso fazer tudo para abrandar o sofrimento: prevenir o sofrimento; abrandar as dores; auxiliar a superar a ansiedade psíquica. Estes são deveres tanto da justiça como de toda humanidade, que se inserem na vida verdadeiramente humana. Na batalha contra a dor corporal conseguiu-se realizar grandes progressos; mas os psíquicos aumentaram. No sofrimento, encontra-se a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer. Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor é se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente. Pe. Vicente sofreu, dedicou sua vida a evitar e amenizar o sofrimento do outro. Seu pensar era: “A boa espada é purificada no fogo”. “Consideremos que as enfermidades e as aflições... A morte, a vida, a saúde, a doença, tudo vem... e qualquer que seja seu modo, é sempre para o bem...” (SV XII, 72-74) “Descarregai vosso espírito daquilo que vos penaliza...” (Trecho carta de SVP para Louise de Marillac) “É verdade que a doença, ...faz nos ver o que somos, e a impaciência e a melancolia ataca todos; abatendo, porém, apenas os fracos”. (SVP –Coste XI,412) “Nunca se observa tão bem qual a fibra de um homem do que na enfermidade. É a prova mais segura para conhecer o grau de virtude de cada um. Isso faz nos ver a importância de termos muita firmeza para agirmos como convém nas doenças.” “Os pobres que não sabem para onde ir ou o que fazer, que padecem sofrimentos e que a cada dia aumentam, isto constitui meu ônus e minha dor”. “Os que sofreram a perda dos bens, da saúde e honra, são mais aptos para consolar as pessoas sujeitas a essas aflições e dores, do que aqueles que as desconhecem”. (SV XII, 72-74) “Ousarei (...) expor-lhe o estado ...da nossa França? A casa real dividida por dissensões, o povo dilacerado em partidos opostos, as cidades e as províncias afligidas pelas guerras civis, as aldeias, as vilas e as cidades arrasadas, destruídas e queimadas, os camponeses postos na impossibilidade de colher o que semearam e sem semear mais para os anos seguintes. Os soldados se entregam impunemente a todos os excessos. O povo, por seu lado, é exposto não só às rapinas e ao banditismo, mas também aos assassinatos e a toda espécie de torturas; os habitantes dos campos que não são mortos à espada morrem quase todos de fome; os padres, que os soldados não poupam mais que os outros, são tratados desumana e cruelmente, torturados e mortos: as virgens são desonradas; as religiosas, expostas também à libertinagem e ao furor deles; os templos, profanados, saqueados ou destruídos; os que não foram destruídos estão na maioria abandonados por seus pastores, (...) Ouvir e ler estas coisas é pouco, é preciso vê-las e constatá-las com os próprios olhos” (SVP ao Papa Inocêncio X em 16/08/1652, Pierre Coste IV,458) “Quando nós mesmos sentimos fraquezas e tribulações, mostramo-nos mais sensíveis às dos outros” (SV XI, 173-174) “Torna-se mesmo uma injustiça quando uma doença fere gente pobre, sem meios de combatê-la. Cumpre fazer tudo para lutar contra ela.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 156 –
PRECONCEITO
Um dos grandes sofrimentos humanos é a consternação dos que sofrem preconceitos. São vítimas de atitudes discriminatórias, considerados diferentes ou "estranhos". O preconceituoso costuma generalizar e podem chegar à violência verbal ou física. Preconceito é algo quer pode ser aprendido o que pode enraizá-lo em determinada cultura dificultando seu extermínio. Pe. Vicente procurou viver a igualdade e banir o preconceito. “Damos mais valor a uma só pincelada de um grande pintor do que um quadro de um pintor vulgar.” (S.V.P. Coste XI, 131). “A ecologia humana implica também algo de muito profundo que é indispensável para se poder criar um ambiente mais dignificante: a relação necessária da vida do ser humano com a lei moral inscrita na sua própria natureza. ...É preciso reconhecer que o nosso corpo nos põe em relação direta com o meio ambiente e com os outros seres vivos. A aceitação do próprio corpo... é necessária para acolher e aceitar o mundo inteiro Aprender a aceitar o próprio corpo, a cuidar dele e a respeitar os seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. Também é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua... (sexualidade), para se poder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente. Assim, é possível aceitar com alegria o dom específico do outro ou da outra, ...e locupletar-se mutuamente. A dificuldade em levar a sério este desafio tem a ver com uma deterioração ética e cultural, que acompanha a deterioração ecológica. O homem e a mulher deste mundo pós-moderno correm o risco permanente de se tornar profundamente individualistas, e muitos problemas sociais de hoje estão relacionados com a busca egoísta duma satisfação imediata, com as crises dos laços familiares e sociais, com as dificuldades em reconhecer o outro.” CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM
POBRES, QUEM SÃO?
Muito se fala de pobres e pobreza, mas para muitos é algo abstrato que consta de discursos e fica longe de iniciativas concretas. Então, quem são os pobres? Pode-se responder que: é a maioria no mundo, esqueceram ou jamais aprenderam a buscar melhorias, vivem no lixo ou mesmo do lixo, são os que vivem dramas, passam fome, são destituídos de bens e de felicidade, sofrem muito... Foi com eles que Pe. Vicente mais se preocupou em sua vida. Eis alguns de seus pensamentos: “Nossa herança, senhores..., são os pobres, os pobres!” (S.V.P. Coste XII, 31). “Oh!... Como me atrevo a falar da pobreza, eu que tive um cavalo, uma carroça e tenho agora uma lareira no quarto, cama entre cortinas, um enfermeiro e a nada me falta! Que escândalo dou a Companhia! Peço ...à Companhia, que me suporte em minha velhice.” (S.V.P. Coste XII, 384). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO - 143 - Nas condições atuais da sociedade mundial, onde há tantas desigualdades e são cada vez mais numerosas as pessoas descartadas, privadas dos direitos humanos fundamentais, o princípio do bem comum torna-se imediatamente, como conseqüência lógica e inevitável, um apelo à solidariedade e uma opção preferencial pelos mais pobres. Esta opção implica tirar as conseqüências do destino comum dos bens da terra, mas exige acima de tudo contemplar a imensa dignidade do pobre à luz das mais profundas convicções de fé. Basta observar a realidade para compreender que, hoje, esta opção é uma exigência ética fundamental para a efetiva realização do bem comum. CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’ - PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM
PERSISTIR SEMPRE
A persistência é tão importante quanto à motivação. A motivação é aquilo que faz com que a pessoa queira algo e vá atrás dos seus objetivos, a persistência faz com que jamais desista. Existem muitas pessoas motivadas, mas pouco persistentes, desistem na primeira dificuldade. No entanto, a persistência é que confere a maior de todas as vitórias, o sentimento de que conseguiu o que queria. Pe. Vicente sabia que a solução era ele próprio, acreditava... em si mesmo. ...força desconhecida “mora em nós”. Oh! Mas eu sou velho, dirá alguém. – Vós sois velho! Pois bem! deveis por isto ser menos indiferente, menos virtuoso?” (XII, 48-49) “Quando fundei a „Caridade‟ de Mâcon, todo mundo caçoava de mim; nas ruas me apontavam. Quando a obra ficou pronta, todos derramaram lágrimas de alegria, e as autoridades municipais me prestaram uma homenagem quando parti, a qual eu não devia aceitar. Fui obrigado a sair ocultamente, a fim de evitar semelhantes aplausos. E foi uma das mais firmes “Caridades‟ que se fundou”... (SVP a Luísa de Marillac – XIII, 833) “Tenho medo de ser, eu mesmo, condenado, por não me ter entregue, incessantemente, à instrução dos pobres... Quem nos escusará, ...pela perda de tão grande número de pessoas que poderiam ser salvos, com o pequeno auxílio que lhes pode dar?” (SVP. Coste I, p. 121) “Por isso, ninguém pode escusar-se dizendo que não se sente capaz, teremos sempre mais força que a necessária..” (S.V.P. Coste XI, 204). “Velho e decadente como estou, não devo deixar de me manter nesta disposição...”. (SVP, XI, 402) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 141 -
PECADO SOCIAL
“Muitas vezes encontra-se uma cidade bela e cheia de espaços verdes e bem cuidados nalgumas áreas «seguras», mas não em áreas menos visíveis, onde vivem os descartados da sociedade. O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: «Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres». Mas, hoje, não podemos deixar de reconhecer que uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres. Tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade. O meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos.” CARTA ENCÍCLICA
LAUDATO SI’ PAPA FRANCISCO SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM
“Jamais separar o Ser Humano da Natureza.” Isto além de impossível, irracional e ilógico, vem causando a destruição da sensível biosfera do planeta. Em contrapartida, criar um Novo Tempo para vivenciar com reverência a relação com os elementos naturais que fazem parte de nosso corpo-físico, mental, emocional e espiritual. O carismático Vicente de Paulo vivendo no início da idade moderna já se preocupava com a natureza: os problemas ambientais que é a proteção da vida era parte da sua vida, mesmo sem falar ou escrever claramente sobre o tema viveu respeitando e se integrando com a natureza. Para ele tudo estava relacionado com tudo, todos têm o mesmo direito e as mesmas obrigações, todos fazem parte da mesma família como comunidade de vida. “As flores, as aves, os astros, a lua e o sol mostram a beleza e o brilho da criação” “Se os homens encontraram meios de ver tudo o que ocorre, inclusive até o menor movimento de um pequeno inseto, quanto mais devemos crer que (tudo é importante está relacionada e interdependente).” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 140 –
domingo, 21 de junho de 2020
MANSIDÃO EM TUDO
O "que foi dito" com relação à vingança, a crueldade antiga lei "vida por vida, olho por olho, dente por dente... pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, contusão por contusão" (Ex 21,23-25) ganha novo sentido com a brandura que é diferente de injustiça. Substitui, por práticas e palavras ditas na bem-aventurança da mansidão, a tolerância e misericórdia. Sem responder a violência com mais violência, as injustiças devem ser questionadas e denunciadas e, entre as muitas a ambição que cria as injustiças sociais para as quais devem ser buscados mecanismos socioeconômicos mais justos. Produzimos os frutos que vêm de sua ação: caridade, benignidade, bondade, mansidão... O amor, a misericórdia, a vida em comunhão e a bondade foram preocupações do Pe. Vicente de Paula que orientava as Comunidades: “Os pobres são nossos senhores e mestres...” “Creio que só aos mansos se concede o poder de discernir as coisas”. (SV IX, 131s) “Sejamos, pois misericordiosos, meus irmãos, e façamos misericórdia a todos, de tal sorte que não nos encontremos jamais com um pobre, sem o consolar, se podemos, nem com um homem ignorante, sem lhe ensinar, em poucas palavras, o que deve crer e praticar...” (SVP – Coste XI, 342) “Só podemos ganhar a adesão dos pobres pela mansidão e bondade pessoal.” “Tudo, na vida, se leva pela mansidão e nada, pela força; a rudeza tudo estraga: fecha os corações e gera o ódio e a obstinação”. (S.V.P. Coste XII) “Vacilam eternamente todos aqueles que se deixam arrastar pela cólera e pela insaciável cobiça da paixão! Eles agem caprichosa e indomitantemente - parecem-se com enxurradas - cuja força e impetuosidade só existem na inundação. Da mesma maneira como as águas tudo alagam,em seguida secam. Coisa diferente se dá com as caudais, que se parecem pessoas bondosas - silenciosas - e com toda a tranqüilidade vão escoando, sem jamais se esgotar.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 116 -
JUSTIÇA
Justiça refere-se à igualdade de todos, significa ainda legalidade. A justiça implica, também, em interação e interdependência e é das quatro virtudes fundamentais, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido" (CCIC, n. 381). Pe. Vicente sempre se preocupou com a injustiça, principalmente a injustiça social, pois seu grande desejo era a construção de um mundo socialmente justo. “... enternecerdes os corações para com os miseráveis e ver que, ao servi-los, estamos fazendo justiça ao invés de misericórdia! São Nossos Irmãos...”(SVP – Coste VII, 98) “Felizes os que dedicam o breve tempo de sua vida ao amor e à justiça. A vida é um instante apenas; passa depressa, corre muito.” (S.V.P Coste XI, 342) “Que Deus vos conceda a graça de sensibilizar vossos corações para com os miseráveis e de ver que, ao servir os pobres, estamos fazendo justiça e não misericórdia”. “Só pode haver caridade se for acompanhada de justiça” “Tenhamos cuidado para que nosso julgamento correto não se torne severidade e zelo exagerado.” (S.V.P. Coste II, 70). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág.115 -
HUMILDADE E SIMPLICIDADE
A origem da palavra humilde é húmus, do latim, e sabemos que quer dizer terra fértil, boa para receber sementes e fazê-las brotar. Certamente a pessoa humilde é a que está disposta a aprender, a receber a muda como um viveiro e regá-la para crescer, está disposto a buscar a sabedoria real. O humilde reconhece o erro, o orgulhoso culpa os outros. O humilde, aceita: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser" e sempre faz algo mais, além da sua obrigação. A humildade é chave que abre as portas da perfeição. A piedade verdadeira é praticada na humildade e secretamente. Quando se busca elogio os gestos de misericórdia são desvirtuados. A piedade interessa somente aquele que tudo vê. Esta foi sempre a postura de Vicente de Paulo que viveu pelo trabalho triunfando por sua constância e cultivo da humildade. “A humildade atrai todas as virtudes...” (S.V.P. Coste XIII, 210). “A humildade é a fonte direta de todas as virtudes e que ela está na origem imediata de todos os bens.” “A humildade é filha do amor”. “A humildade está na origem de todo o bem que fazemos.” (S.V.P. Coste IX, 674). “A virtude da humildade é um bom remédio contra as antipatias, pois torna amáveis aqueles que as praticam e faz amar o próximo como a si mesmo.” (S.V.P. Coste VI, 45) “Certa vez quando Pe. Vicente pedia esmolas, lhe cuspiram no rosto. Ele respondeu: - “Isto foi para mim, agora dê uma esmola para os meus pobres.” “É melhor errar depois de haver sido aconselhado, do que agir por nós mesmos.” (S.V.P. Coste II, 583). “É preciso dar o seu coração, para obter em troca o dos outros” rebaixados”. “Nossa finalidade são os pobres, a gente vulgar do povo; se não nos acomodamos a eles, não os poderemos servir em nada; o meio pelo qual podemos tornar-nos úteis é a humildade, porque a humildade faz com que nos apaguemos... ‟” (SVP, XII,305. Conf. De 22/8/1659) “Um formoso diamante vale mais do que uma montanha de pedras.” (S.V.P. Coste XI, 312) “Ó meu Deus! Quantas vezes se prostrava por terra! Com quanta humildade se punha na presença de Deus, seu pai, carregado dos pecados dos homens” (SV IX,415) “Quem dirige uma comunidade deve tratar os outros membros não como subordinados e sim, como irmãos”. (S.V.P. Coste IV, 50) “Quem tiver a virtude da humildade obterá todas as outras; mas quem não a possuir, será privado também das que parece ter e viverá em continuas inquietações.” (S.V.P. Coste XII, 196). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO - 97 –
HONESTIDADE, ACIMA DE TUDO
Honestidade é a integridade, o cumprimento do que foi estipulado É passiva e indireta quando se trata da omissão de algo que mesmo não sendo de sua responsabilidade será prejudicial a alguém O que vale é o ato Inexiste dimensionamento Em tudo por menor e mais simples que pareça cabe à honestidade tão difícil de ser encontrada em qualquer área humana. Pe. Vicente aconselhava: “Entre muitos meios que há para se fazerem bem os próprios trabalhos, é fazer cada um deles como se tivesse de ser o último da vida”. “Fazei todo o bem que quiserdes; se não o fizerdes bem, não vos servirá de nada”. (SVP. Coste IX) “Ninguém tomará para si coisa alguma das que estão destinadas ao uso de outros ou postas de parte em comum ou deixadas, nem mesmo livros; nem dará a outrem... o que lhe foi dado para seu uso; nem por seu descuido o deixará perder ou deteriorar” (RC III,6). “Os que fazem as obras... negligentemente, atraem sobre si a maldição...” “Por todos os bens da terra, nada farei... contra minha consciência.” “Uma das máximas do mundo é não ser suficientemente aberto para os outros. Mas as pessoas de bom coração expõem seu parecer com toda simplicidade. Suas palavras não contradizem seus sentimentos. Mas o adágio do mundo consiste em enganar os outros. As pessoas boas agem retamente sem usar rodeios. É desse modo que devem agir” (São Vicente). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 94 –
sábado, 20 de junho de 2020
FELICIDADE QUEM A TEM?
Quando se descobre a verdadeira felicidade que foi encontrada pelo Pe. Vicente que sabia se alegrar com os acontecimentos o desejo é de libertação e convida a todos a colocar em prática seu projeto de felicidade para os que querem se identificar com ele em sua missão de fraternidade, partilha, justiça e amor. “Eu tinha um povo tão bom e tão obediente em fazer o que eu dizia que, quando eu recomendava... e eu via cada dia o proveito... deles. Tinha tal consolação, ficava tão contente com isso, que me dizia: ...que sorte a sua de ter um povo tão bom! E eu dizia ainda: Descubro-me... tão feliz no meio de um povo de coração tão bom” (SVP falando de sua experiência como pároco em Clichy, 1612, IX, 646) “Jamais vi tanto respeito pela regras, tanta ...cordialidade como agora. Parece-me um pequeno paraíso” (SV II, 445). “Não podemos assegurar melhor nossa felicidade do que vivendo e morrendo a serviço dos pobres...”. “Para assegurar melhor nossa felicidade é necessário que vivamos e morramos a serviço dos pobres...!” (S.V.P. Coste III, 392). “Que será da Companhia se viveis em humildade? Fareis desta pequena Companhia um paraíso, e as pessoas dirão que este é um dos grupos mais felizes do mundo”. (SVP IX,1000) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 92 -
EXEMPLOS ATRAEM
A questão de que o exemplo é de suma importância e foi levada a sério pelo Pe. Vicente. Ele sempre falava da força do exemplo que é a forma mais forte e funcional de orientar. São como pegadas luminosas que ficam, como cometas que apontam as direções a seguir. Daí o grande cuidado que o ser humano deve ter, do perigo que é: andar "Fora-de-mão”. O exemplo, errado, marca mais do que todas as coisas certas que se fale e/ou faça. "Não há modo de mandar ou ensinar mais forte e suave do que o exemplo; persuade sem retórica, seduz sem porfiar, convencem sem debate, todas as dúvidas desata e corta caladamente todas as desculpas"._ Pe . Manuel Bernardes. "... dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais também vós". JESUS. “A vida e o bom odor das virtudes... atraem os desviados ao bom caminho.” (S.V.P. Coste VIII, 526). “Discordo de uma pessoa que me dizia, dias atrás, que para governar bem e para manter a própria autoridade, era necessário fazer sentir-se ele o superior...” Mesmo sem proferir uma só palavra... tocareis os corações pela vossa simples presença.” (SVP – I, 295) “O rio tem a sua correnteza e os barcos que seguem o curso da água, são por ela arrastados. Caso se queira ir rio acima, os barqueiros terão de remar sem descanso” (S.V.P. Coste X, 244). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 87 -
sexta-feira, 19 de junho de 2020
DESPRENDIMENTO
Desprender-se é renunciar algo, desligar-se, desapegar-se. As duas atitudes, apego e desprendimento, possuem determinações diferentes no ser humano... Desprender-se é diferente de desistir das intenções do que se deseja. “Há três espécies de apego ao mal: a vaidade, a afetação e a estima exagerada de si. Há ainda o apego a sua maneira de ver.” (S.V.P. Coste X, 570). “Os que se libertam do apego aos bens da terra, da ânsia de prazeres e de sua própria vontade,... gozam de uma liberdade perfeita... Estas são pessoas livres que voam cada vez mais alto; nada as detêm, nem são jamais escravas...” (XII, 301; XI, 585). “Pensaremos na juventude que vivemos nas coisas que desejamos com afeto, ou nos desgostos que recebemos? Definitivamente, temos que renunciar a tudo isso, já que nada suscita tanto o desejo das coisas proibidas como o pensamento de serem falsos encantos. Temos que esquecer estes maus passos para renunciar definitivamente os perigosos incentivos da pobre juventude.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 74 -
COMPAIXÃO E PERDÃO
Pe. Vicente de Paulo sempre entendeu toda atitude humana e agiu e orientou seus colaboradores a agir com sensibilidade e compaixão perdoando sempre. “Procuramos tornar o nosso coração sensível e acolhedor ao sofrimento e às preocupações do próximo.” “Se... algum membro for caluniado ou perseguido sem culpa, com todo o cuidado nos absteremos de toda vingança ou maldição ou mesmo de queixa contra esses perseguidores e caluniadores, antes, veremos como de uma ocasião de grande bem,... (RC II,13). (S.V.P. Coste) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 61 –
CALMA, COMO MANTER?
Quem tem domínio de si mesmo transmite serenidade, segurança e tranqüilidade. Prevenir doenças, buscar o aperfeiçoamento intelectual e espiritual, planejar, orar, meditar, se exercitar, acreditar na própria capacidade de criar, viver com discrição são atitudes que impedem de se viver lastimando e ajudam a encontrar soluções. As pessoas se preocupam em excesso com o que, nem chegam a conseguir fazer, daí a necessidade de planejar e estabelecer prioridades. É um perigo agir muito rápido quando se está tomado de emoção... e muito mais rápido se os sentimentos forem negativos, de raiva, de ódio, de vingança. Necessário se faz assumir o comando... estamos aqui para desenvolver, para criar... sou muito mais do que penso que sou... posso influenciar as pessoas, o ambiente e o futuro... basta mudar a perspectiva... mudar a escolha e, certamente, o paradigma (pressupostos, crenças, valores, vícios, bloqueios). "A paciência é uma garantia da ordem", diz o educador Hughes e, uma aparência tranqüila, com origem numa disciplina individual, exerce nas pessoas nervosas, sem domínio, uma influência sugestionável difícil de escapar. Devemos encorajar os outros, mesmo que ainda a estejamos buscando. Assim era o Pe. Vicente. “As dificuldades que temos com o nosso próximo, têm sua origem no nosso próprio humor caprichoso.” (S.V.P. Coste I, 607). “As pessoas mais constantes e mais firmes no bem são os que são mansos e pacíficos; pelo contrário, os que se deixam levar pela cólera e pela paixão dos desejos irascíveis, são geralmente muito inconstantes, porque agem pelos ímpetos e impulsos. São como as correntezas, que só têm força e violência nas enchentes e secam logo após ter passado o temporal, enquanto que os rios, que representam as pessoas pacíficas, correm sem ruído, com tranqüilidade, sem jamais secar”. (SVP – Coste XI, “O rio é a imagem do homem bondoso: passa calmamente e tranquilo e jamais se cansa.” (S.V.P. Coste XI, 65) “dir-lhe-ei, senhor, que isto não se pode fazer de uma vez, mas pouco a pouco, com mansidão e paciência... assim como as outras virtudes só se adquire por meio de atos repetidos”. (V,415s) “Lembrai-vos que as pessoas que fazem mais do que podem, ficam exaustas e desistem do bem”. “Muitas vezes estragamos as boas obras querendo ir depressa demais.... Sede pacientes e não só ativos...”. (II, 226, Carta ao Padre Bernardo Codoing). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 53 -
quinta-feira, 18 de junho de 2020
BEM PRODUZ BEM
Dar e receber ocorre ao mesmo tempo. Quando se conecta com o bem, com o coração, oferecer e ganhar são partes de um só movimento. Quando se descobre como ouvir as próprias necessidades e as necessidades dos outros elas se juntam ao amor universal e torna mais feliz quem dá do que quem recebe. Dar se aprende, também, com os mestres, iluminados, líderes do bem. Jesus Cristo dá visão a cego, mobilidade a paralíticos, vida a mortos, amizade, socorro a quem precisava conforme a necessidade de quem recebe. (Atos dos Apóstolos 20:35) O que Jesus recebeu? Recebeu seguidores, afeto de uma mulher que banhou seus pés com um valioso bálsamo, hospitalidade de Lázaro, Maria e Marta; honrarias de um rei, ao entrar em Jerusalém. Qualquer pessoa pode perceber que ao dar atenção, compreensão, carinho, honestidade, amor enfim, tudo volta de forma extraordinária. O primeiro passo, mágico, para doar é escutar com a alma e passar a ver com o coração, é observar a origem divina nas pessoas. Isto é denominado empatia, (exercício de amar). A empatia pode fazer com que a pessoa se identifique e, muitas vezes percebe que suas dificuldades são infinitamente menores e, suas dores são dissipadas. O ouvir o outro com amor e respeito pode despertar a sabedoria, as qualidades entorpecidas em quem se dispõe a aprender a ouvir e a escutar. O que acontece no interior – cria o que ocorre fora; quando se vê ou quando se imagina a mesma área cerebral é ativada – para o cérebro é a mesma coisa; os pensamentos são intenções e mudam a realidade. Acreditando tudo é possível, o que tiver confiança ocorrerá... Pe. Vicente era possuidor desta grande sabedoria, o saber doar, a capacidade de ver Deus no sofredor e de fazer tudo para mitigar o sofrimento humano. “Cada coisa produz como uma espécie e imagem de si mesma, como se vê num espelho, que representa os objetos como eles são: uma cara feia aparece feia, um rosto bonito aparece bonito. Do mesmo modo, as boas e más qualidades transbordam externamente; sobretudo o altruísmo, que é comunicativo por ele mesmo, produz a beneficência. Um coração verdadeiramente inflamado e animado por tal virtude faz sentir todo o seu ardor, e tudo aquilo que existe nem homem caridoso exala e prega a humanidade” (SV XI, 76) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 51 -
quarta-feira, 17 de junho de 2020
APERFEIÇOAMENTO SEMPRE
Alguns textos de antigos alquimistas, área que Vicente aproveitara para aprender noções quando um alquimista foi seu dono, enquanto escravo, falam da transformação da... pessoa. O ser humano transformado pelo conhecimento e ensinamentos... torna-se a “pedra filosofal”, uma “pérola de grande valor.” Para Pe. Vicente o conhecimento é a transformação pessoal... Buscar o aperfeiçoamento, conhecer mais, para oferecer mais. Quanto mais se estuda mais se descobre que pouco se sabe e que é necessária a atualização. Também quanto aos desprovidos é jamais se tornarem dependentes..., mas que sejam capazes de crescer e viver independentes. As doações devem ajudá-los a deixar a pobreza, orientando para o desenvolvimento e auto-estima... “Aprender continuamente, tudo pode servir.” “Cada um terá grande cuidado de não deixar passar dia algum sem ler alguma coisa em algum livro..., segundo a necessidade..., além dos conselhos imitar os exemplos que nele se contêm” (XC, X,8) “É preciso aproveitar todas as ocasiões para instruir-se, e assim se tornar mais capaz...” ...Temos a imagem disso entre nós: falo de um pobre trabalhador destas montanhas de Auvergne, que, durante toda a vida, trabalhou no arado e guardou cabras; ...e dele falava com tal dignidade, que não há... quem quer que seja capaz de imitá-lo; não espero jamais ouvir a alguém falar tão bem. E onde ele se instruiu? Oh! Em algum “discurso, a que prestou toda a atenção e que meditou depois;...” (SVP – Coste IX, 391) “Para ser bom... É necessário fazer progressos sem “parar.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 49 -
terça-feira, 16 de junho de 2020
ALEGRIA
O que pode trazer a verdadeira alegria? O dinheiro? A saúde? A paixão? “...o fruto do Espírito o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei” “Alegrai-vos sempre... Repito: alegrai-vos!” Filipenses 4:4 “A alegria virá depois da pena; quanto maior for a dificuldade... tanto maior será a recompensa” (S.V.P. Coste XII, 226) “O homem é feito assim: hoje está humilhado e mergulhado na tristeza; amanhã estará na alegria e no contentamento.” (SV XI, 366-367) “Procurai ir sempre ao encontro com o outro, com um respeito cordial que se expressa num rosto alegre.” (S.V.P. Coste IX, 158). “Vereis suas condutas todas brilhantes de luz e sempre fecundas em frutos; não vão ser outra coisa senão progresso em sua pessoa, força em suas palavras, bênção em seus empreendimentos, graça em seus conselhos, e que suave odor, em suas ações.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 47 –
AGRADECER, O QUE SIGNIFICA?
Dizer “obrigado” após uma gentileza deve fazer parte da postura das criaturas humanas. No entanto, agradecer é também reconhecer o apoio, demonstrar apreço principalmente quando é ajudado sem interesse nem obrigação de quem o faz quer seja algo imenso ou minúsculo. “A gratidão não se expressa apenas quando se recebe ajuda, mas quando se ajuda.” Além de agradecer as pessoas, agradecer a por tudo que se recebe. Todos dependem uns dos outros, dos familiares, dos amigos, dos clientes. Estudos e pesquisas vêm demonstrando que o sentimento de gratidão está relacionado com satisfação com a vida, autoestima, empatia, esperança, felicidade, otimismo, vitalidade, e outros bons sentimentos, enquanto a ingratidão está relacionada com angústia, desânimo, inveja, isolamento e materialismo. Os que agradecem renovam suas forças, sobem com asas de águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. Isaías. "Com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Vicente nos dá um grande exemplo desta dimensão. “Além de fazer as boas obras, é preciso enriquecê-las pelo mérito da mais nobre e pura intenção de agradar...”. “Há duas coisas em mim: a gratidão e a incapacidade de deixar de elogiar o que é bem feito.” (Abelly, III, p. 208). “Lembremo-nos de nossas origens e encontremos motivos de louvar a Deus”. (S.V.P. Coste X, 342). “Nunca devemos fazer alguma coisa, nem deixar de fazê-la, pelo que os outros irão dizer.” (S.V.P. Coste XIII, 687) “O que temos que fazer é agradecer igualmente por qualquer estado, seja de alegria ou de consolação, seja de tristeza ou de aflição, e amar todos esses estados...” (SV XI, 366-367) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 43 –
segunda-feira, 15 de junho de 2020
ACEITAÇÃO DO OUTRO
Qual será o segredo para uma convivência, um relacionamento feliz, bem-sucedido e duradouro? Sem dúvida é a capacidade da aceitação, diferente de concordar com o proceder ou com as falhas da outra pessoa; significa aceitá-la como é sem querer forçá-la a mudar. Aceitar o outro como aceitamos a nós mesmos, a nossa maneira de ser, com nossas falhas. Ao invés de criticar buscar compreender e ver Deus no outro para construir e manter relacionamentos de compreensão para crescimento mútuo. Aceitar é confundido com indiferença, com falta de interesse ou com falta de atuação; o conceito na verdade é justamente o inverso, pois quando se aceita as coisas como elas são, é resgatado à força e a capacidade de transformar. Aceitar é diferente do poder de retorno ao que era, bem como de que signifique estar feliz ou exultante com as ocorrências. Quem aceita está aberto às mudanças, a rever paradigmas, referenciais e formas próprias de compreender e atuar. Quem age assim, com a mente e com o coração, sai do papel de vítima das ocorrências e se abre as mudanças necessárias. A aceitação sempre acompanhou Vicente de Paulo que escreveu: “Um belo diamante vale mais que uma montanha de pedras e um ato de aceitação e de submissão valem mais do que uma porção de boas obras que fossem feitas em favor dos outros.” (S.V.P. Coste I, 82). SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág.43
domingo, 14 de junho de 2020
AGIR COM CORAGEM, EFEITO DO AMOR E DO AFETO
Para Vicente jamais existiu lacuna entre ensinamento e prática, ele sempre fez, sempre teve atitude e coragem para atuar e agir onde, quando e como fosse necessário. Para ele que tanto acreditava e estava sempre buscando sua meta, a força e a vontade tudo superava mesmo que fosse necessário “remar contra a maré”. Eis algumas de suas citações: “A ação deve ser o termo normal de todos os pensamentos, afetos e imaginações...” “Muitas vezes..., de complacência, de benevolência e outros semelhantes afetos e práticas interiores de um coração que ama, ainda que muito bons e desejáveis, tornam-se suspeitos, quando não se chega à prática do amor efetivo” (XI, 40, Trecho de um colóquio sobre o amor de Deus) “Devemos falar pouco e agir muito.” “Do amor afetivo é preciso passar ao amor efetivo, isto é, à pratica das obras de caridade, ao serviço dos pobres, empreendido com alegria, coragem, constância e amor”. “E o que foi que sofreram nesse país? A fome? Reina por toda parte. A peste? Já a tiveram os dois e um deles por duas vezes. A guerra? Estão no meio dos exércitos e passaram pelas mãos dos soldados inimigos. E nós ficaremos aqui quietos em casa, sem coragem e sem zelo? Veremos os outros expor-se aos perigos... e nós ficaremos tão encolhidos como galinhas molhadas? Ó miséria! Ó ruindade!” “Há pessoas que por terem um exterior bem composto e um interior cheio de grandes sentimentos..., detêm-se nisto e quando vem a hora de agir esquecem-se de tudo ..., quando é hora de trabalhar ..., de instruir os pobres, de ir procurar a ovelha desgarrada, de aceitar as doenças, ou qualquer outra desgraça, aí, faltalhes a coragem. Não nos enganemos: „totum opus nostrum in operatione consistit‟ (toda a nossa missão consiste em agir)” É preciso que saibais que há duas maneiras de desempenha: uma afetiva e outra efetiva. Porque o primeiro amor não é suficiente, minhas irmãs são necessários os dois. É preciso passar do amor afetivo ao amor efetivo, que... o serviço aos pobres, empreendido com alegria, coragem, constância e amor”. (SVP Conf. De 9/2/1653 – IX,593) SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 41
sábado, 13 de junho de 2020
MILAGRES DE SANTO ANTÔNIO
Os milagres de Santo Antônio, ainda em vida, lhe valeram a canonização, em 13 de maio de 1232, apenas onze meses depois de sua morte, pelo papa Gregório IX.
Um dos milagres de Santo Antônio é relatado quando o frei pregava aos hereges em Rimini, na Itália, e estes não quiseram escutar e deram-lhe as costas.
Sem desanimar, Santo Antônio vai até a beira do rio e continua pregando, momento que ocorre um milagre, quando vários peixes se aproximam e colocam a cabeça fora d’água em ato de escuta.
Os hereges ficam tão impressionados que logo se converteram. Esse milagre é citado em várias publicações, entre elas, um sermão de Padre Antônio Vieira que é considerado uma obra-prima da literatura portuguesa.
Outro milagre de Santo Antônio é aquele que ele salva o pai da forca. Conta-se que estando o fre a pregar em Pádua, sentiu que sua presença era necessária em Lisboa.
Recolhe-se a seus aposentos, e cobre a cabeça em silêncio e reflexão. Ao mesmo tempo, se encontra em Lisboa, onde seu pai tinha sido condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado pelo frei, afirma a inocência de seu pai.
Após ver seu pai inocentado, Santo Antônio subitamente volta para Pádua e recomeça sua pregação. Nesse ato, ocorrem dois fatos miraculosos em um só: Esteve em dois lugares ao mesmo tempo e provou o poder de reanimar os mortos.
Outro dom de Santo Antônio só foi revelado após a sua morte, como havia pedido ao conde Tiso, que o acolheu em sua casa em Pádua. Certa noite, ao ver alguns raios de luz saindo das frestas da porta do quarto, o conde se aproximou e olhou pela fresta.
Compreendeu que se tratava de um milagre ao ver a Virgem Maria entregando o menino Jesus nos braços do frade. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu.
Saindo do quarto e percebendo que o conde havia presenciado a cena, pede a ele que só conte o visto após a sua morte. Por esse fato, o santo passou a ser representado carregando nos braços o Menino Jesus.Disponível em: https://www.ebiografia.com/santo_antonio_de_lisboa/
sexta-feira, 12 de junho de 2020
AFETO DEMONSTRAÇÃO DE AMOR E BONDADE CRISTÃ.
Em psicologia a afetividade é o elemento mais fundamental na estruturação da conduta e das reações de cada indivíduo. Domina a sensibilidade, o sentimento estético, moral e religioso, Influencia a memória, o pensamento, a percepção, à vontade e as ações e é essencial na harmonia e equilíbrio da personalidade. Quantas vezes um sorriso, um ouvido atento, um abraço, algumas palavras, se transformam em ações importantes para aqueles que sentem que nada tem.
“A cordialidade é uma alegria que sentimos no coração, quando vemos a pessoa que amamos. É uma expansão do coração, por onde mostramos que nos sentimos felizes por estar com nossos irmãos”.
“A maneira como se dá, vale mais do que aquilo que se dá.”
“A mansidão consiste em ter grande afabilidade, cordialidade e serenidade de semblante, com as pessoas que nos procuram, de sorte que possamos ser para elas um consolo.” (S.V.P. Coste XII, 189)
“A mansidão nos faz desculpar as ofensas e injúrias que recebemos, pede que tratemos mansamente os que nos maltratam...”. (SVP – Coste XI, 479s)
“Ainda que a firmeza seja necessária para atingir o fim a que nos propomos em nossas boas obras é, contudo, necessário empregar muita doçura nos meios.”
“É preciso tratar os pobres com doçura e respeito... Cum ipso sum in tribulatione (Com ele sofro), falando dos pobres. Se está doente, eu estou também; se está na prisão, aí também estou; se tem algemas nos pés, eu as tenho com ele. Vós deveis olhá-los como vossos mestres”. (SVP – X, 680)
“Nenhum ser humano está mais contínua e firmemente em paz do que aquele que possui mansidão e bondade”.
“O amor afetivo é a ternura do amor!” (S.V.P. Coste IX, 592).
“O amor afetivo é uma efusão da pessoa que ama na pessoa amada, ou então uma complacência e ternura que se tem pela coisa que se ama, como o pai por seu filho. O amor afetivo procede do coração.”
“Por isso, as senhoras estão destinadas a representar a bondade de Deus para com esses pobres doentes. Ora, como esta bondade se comporta com os aflitos de modo delicado e caritativo, também as senhoras devem tratar os doentes como essa mesma caridade ensina, isto é, com doçura, caridade e amor, porque são seus senhores também os meus. Numa certa companhia, cujo nome não recordo, chamam os Pobres nossos senhores e nossos patrões, e têm razão. ...Por isso, portanto, é necessário estarem atentas e afastarem, além disso, para servi-los com cordialidade e grande doçura, mesmo os mais incômodos e exigentes” (SVP, X, 332).
“Só a bondade e a cordialidade conseguem manter aberta à porta do coração”.
“Todos os homens coincidem nisto: que todos querem ser tratados com doçura.”
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