terça-feira, 9 de junho de 2020

O BEIJA-FLOR AZUL – O AVENTUREIRO

A pequenina ave denominada beija-flor ou colibri, na língua Tupi é guanambi. Só na América são 320 espécies conhecidas. Algumas são tão pequenas que pesam apenas dois gramas e mede 5 centímetros do bico a cauda. As maiores chegam a pesar 21 gramas. Sua plumagem é metálica, iridescente... o colorido, conforme o ângulo dos raios luminosos, adquirem intensidade e tonalidade diferentes. Os beija-flores alimentam-se do néctar das flores, colhido por sucção e de insetos e outros artrópodes que capturam com a língua bipartida. Os insetos são apanhados no interior das flores ou em pleno voo, nas teias de aranha ou nos troncos das árvores. O voo do beija-flor é invejável, sua perícia é única e sua rapidez admirável. Um beija-flor voa para a frente, para trás, para os lados, para cima, para baixo, além de parar no ar... Os menores, de asas mais curtas são os mais rápidos no bater das asas, que chega até a oitenta vezes por segundo. Já pensou?!... até 4.800 (quatro mil e oitocentas) vezes por minuto... Seu ninho é em forma de tigela ou mais alongado. A incubação dos ovos demora de 13 a 17 dias. Em torno de 20 a 35 dias os filhotes abandonam o ninho. Alguns são mais apressadinhos e podem se dar mal. Nós da Escola NOVO CAMINHAR conhecemos um deles: Era primavera do ano de 2001. Em uma Praça da Ceilândia, maior Região Administrativa do Distrito Federal, uma beija-flor, mãezinha “corajuda” com sua firmeza de decisão, bravura e perseverança, resolveu que não temia nenhum perigo e, com ousadia, procurou uma bonita árvore e ali construiu seu ninho. Tudo correu muito bem, nenhum transeunte ou “moleque” a incomodou. Ela estava acostumada ao barulho dos motores de centenas de carros que por ali tramitavam. Ouvia também o bater das ferraduras dos cavalos no asfalto. É que por ali, passavam também muitas carroças. Fica próximo da Vila dos Carroceiros. Via algumas vezes foguetes e fogos de artifício. Ouviu de dois jovens sentados no banco à sua sombra da árvore onde construiu seu domicílio, que aquele barulho e aquelas lindas luzes, muitas vezes, são usados pelos traficantes como sinais, de que chegou droga. Ela ficou muito triste quando soube o que era droga e o que causava nas pessoas viciadas, dependentes (doentes). É um dos males mais terríveis do mundo!... Causa muita briga, muitos roubos e furtos, muita tristeza, muitas mortes... A composição química de certos tipos de drogas causa dependência aos que as usam. Dependência significa que a pessoa não consegue mais viver sem ela. Os efeitos da droga são de prazer, no momento, mais as conseqüências são terríveis!... Cada tipo de droga (cocaína, heroína, crack, merla, ecstasy, álcool, cigarro) causa efeito diferente. A maconha, por exemplo, possui mais de 400 substâncias químicas diferentes que entram na corrente sangüínea e se instala nos neurônios afetando a memória, a coordenação, o equilíbrio, a concentração, a visibilidade, a audição... Seu uso constante facilita o aparecimento do câncer e de problemas no sistema respiratório, imunológico e reprodutivo. Quantas estórias aquela beija-flor ouvia das pessoas que sentavam no banco à sua sombra... Um dia ouviu duas mães tristes falarem de seus filhos que, levados por má companhia, se enveredaram pelo mundo das drogas... Um estava morto o outro preso... Os dois filhotinhos, esfomeados, ocupava o dia inteiro da mãezinha, que buscava sem cessar néctar e bichinhos para eles. Ao 20º dia um deles resolver ensaiar um voo do ninho ao galho em frente. Não estava bem preparado e caiu. Ficou ali assustado, arrependido de ter deixado de cumprir os conselhos da sua mãezinha que recomendara que devessem sair do ninho, para aprenderem a voar, somente com ela... sua mãe retornou ao ninho e pôde avistar quando o Raphael, estudante da Escola NOVO CAMINHAR, passou por ali, a caminho da escola, como fazia todos os dias, e pegou o pequenino beija-flor com muito cuidado e carinho. A mãe beija-flor percebeu que se tratava de um menino educado, gentil e preocupado com os animais indefesos. Ficou tranquila, pois tinha certeza de que seu filhinho seria bem tratado e quando pudesse alçaria voo livre pela imensidão do maravilhoso céu da Capital... Ao chegar a Escola todos queriam vê-lo e saber de onde surgira. Raphael que o segurava com carinho e cuidado não sabia o que fazer. Francisco, preocupado com seu destino o levou para casa da Diretora. O pequeno beija-flor negro ganhou uma família... E agora?!... Como cuidar dele? O que ele come?... Resolveu-se que ele seria alimentado com mel de abelhas diluído em um pouco de água. Ele tomava tanto, que seu papo parecia que iria estourar. Ficava quietinho até fazer a digestão... Era só sentir fome e começava a ciciar e novamente era alimentado... Passados uns quinze dias ele desapareceu do lugar onde estava... Ninguém o encontrava... Algum tempo depois lá estava ele novamente a sussurrar encima do suporte da cortina. A partir daí começou a ensaiar pequenos vôos pelo apartamento se escondendo onde bem quisesse. Quando sentia fome, lá estava ele a arfar como a pedir o alimento. Até mesmo uma flores naturais foram colocadas no apartamento para que ele pudesse sugar o néctar. O que sabemos é que desapareceu, provavelmente pela janela do sexto andar quando se sentiu seguro para sobreviver por conta própria. Durante algum tempo, parecia que seu ruflar era ouvido nas grandes árvores da quadra... Ele nunca mais foi visto alçando seus vôos magistrais ou exibindo sua habilidade de ser possuidor do bater de asas, mais rápido do mundo. Sabe em que acredito? Que ele acompanhou Francisco até o P Sul, de onde viera, encontrou seu irmão e sua mãe e estão vivendo felizes alçando seus vôos espetaculares e admirando os entardeceres esplendorosos, os pores do sol mais lindos do mundo... ROSA Obs.:Baseado em ocorrências verdadeiras

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