terça-feira, 23 de junho de 2020

SOFRIMENTO, POR QUÊ?

Certamente é preciso fazer tudo para abrandar o sofrimento: prevenir o sofrimento; abrandar as dores; auxiliar a superar a ansiedade psíquica. Estes são deveres tanto da justiça como de toda humanidade, que se inserem na vida verdadeiramente humana. Na batalha contra a dor corporal conseguiu-se realizar grandes progressos; mas os psíquicos aumentaram. No sofrimento, encontra-se a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer. Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor é se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente. Pe. Vicente sofreu, dedicou sua vida a evitar e amenizar o sofrimento do outro. Seu pensar era: “A boa espada é purificada no fogo”. “Consideremos que as enfermidades e as aflições... A morte, a vida, a saúde, a doença, tudo vem... e qualquer que seja seu modo, é sempre para o bem...” (SV XII, 72-74) “Descarregai vosso espírito daquilo que vos penaliza...” (Trecho carta de SVP para Louise de Marillac) “É verdade que a doença, ...faz nos ver o que somos, e a impaciência e a melancolia ataca todos; abatendo, porém, apenas os fracos”. (SVP –Coste XI,412) “Nunca se observa tão bem qual a fibra de um homem do que na enfermidade. É a prova mais segura para conhecer o grau de virtude de cada um. Isso faz nos ver a importância de termos muita firmeza para agirmos como convém nas doenças.” “Os pobres que não sabem para onde ir ou o que fazer, que padecem sofrimentos e que a cada dia aumentam, isto constitui meu ônus e minha dor”. “Os que sofreram a perda dos bens, da saúde e honra, são mais aptos para consolar as pessoas sujeitas a essas aflições e dores, do que aqueles que as desconhecem”. (SV XII, 72-74) “Ousarei (...) expor-lhe o estado ...da nossa França? A casa real dividida por dissensões, o povo dilacerado em partidos opostos, as cidades e as províncias afligidas pelas guerras civis, as aldeias, as vilas e as cidades arrasadas, destruídas e queimadas, os camponeses postos na impossibilidade de colher o que semearam e sem semear mais para os anos seguintes. Os soldados se entregam impunemente a todos os excessos. O povo, por seu lado, é exposto não só às rapinas e ao banditismo, mas também aos assassinatos e a toda espécie de torturas; os habitantes dos campos que não são mortos à espada morrem quase todos de fome; os padres, que os soldados não poupam mais que os outros, são tratados desumana e cruelmente, torturados e mortos: as virgens são desonradas; as religiosas, expostas também à libertinagem e ao furor deles; os templos, profanados, saqueados ou destruídos; os que não foram destruídos estão na maioria abandonados por seus pastores, (...) Ouvir e ler estas coisas é pouco, é preciso vê-las e constatá-las com os próprios olhos” (SVP ao Papa Inocêncio X em 16/08/1652, Pierre Coste IV,458) “Quando nós mesmos sentimos fraquezas e tribulações, mostramo-nos mais sensíveis às dos outros” (SV XI, 173-174) “Torna-se mesmo uma injustiça quando uma doença fere gente pobre, sem meios de combatê-la. Cumpre fazer tudo para lutar contra ela.” SÃO VICENTE DE PAULO – NOSSO PADROEIRO – pág. 156 –

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