segunda-feira, 27 de julho de 2020
PORQUE ALGUNS EDUCADORES SÃO SENSACIONAIS?
Todo educador certamente deseja ser o melhor no que faz, o que somente é possível se conseguir contagiar a todos, se procurar formas de motivar os educandos para a construção efetiva do conhecimento transformando o aprender em algo bom, prazeroso, buscando despertar no educando a ideia de que o aprender é algo que deve se prolongar por toda a vida.
Qualquer educador que queira consegue bons resultados. O ditado popular de que: “Querer é poder” é do conhecimento da maioria das pessoas, O que ocorre é que a prática é diferente, pois poucos são os que acreditam verdadeiramente que podem.
O que o professor poderá dar de melhor ao educando será sua ternura e sua fé, pois é o facilitador de aprendizagem. Seu papel ao invés de ensinar, é o de ajudar o aluno a aprender, ao invés de transmitir informações, é o de criar condições para que o aluno adquira informações: ao invés de fazer brilhantes preleções para divulgar a cultura, é o de organizar estratégias para que o aluno conheça a cultura existente e crie sua própria cultura.
As respostas as seguintes perguntas costumeiras de educadores podem ser:
O que devo ensinar? Nada, pois “ninguém ensina nada a ninguém”.
Como poderei demonstrar que ensinei? Os estudantes demonstrarão que entenderam praticando, analisando, criando, construindo.
Como poderei trabalhar todos os componentes curriculares que devo? Será que, os que devo são os que interessam? Atendem as expectativas dos educandos? Ficaram envolvidos? Tem aplicabilidade?
Que poderei fazer para facilitar seu desenvolvimento e sua aprendizagem? Cativar os educandos, trabalhar a interdisciplinaridade, utilizar-se de técnicas ludo-pedagógicas, permitir a participação e opinião de cada um, oportunizar experiências práticas e divertidas, pois a principal preocupação é que o educando receba informações concretas, de modo que ele possa elaborar mentalmente o conceito de cada conteúdo sem, porém, exigir dele definições decoradas que correspondem à mera verbalização.
Quando o educador tenta responder a estas perguntas, percebe a rapidez e constantes mudanças em que se encontra a realidade biopsicossocial da humanidade, em todos os aspectos e em todos os setores e atividades da vida e entenderá a necessidade de contínua disposição para a pesquisa e a modificação de sua forma de agir.
Nada melhor que iniciarmos valorizando e reconhecendo o que os educandos produzem elogiando o esforço e a boa vontade. Quem gosta de si mesmo gosta do outro e faz da educação a força maior que tudo pode melhorar: o valor pessoal, o respeito, a confiança, em busca do conhecimento, da felicidade, de forma agradável e significativa promovendo (o encontro, a convivência?) e a cooperação.
Somente tornando a escola um local onde predomine a vontade de acertar do educador, que seja interessante, onde se trabalhe o lúdico, o que o educando goste, o que contribui para sua felicidade e sua alegria, o que atenda suas vontades e desejos, onde o educando seja personalizado deixando de ser um lugar onde tudo é imposto, onde se cobra e se pune, onde só vale o poder, a ótica e a visão do educador, onde o educando deixe de ser manipulado, será possível mudar para melhor o sistema educacional vigente tornando o ato de educar um verdadeiro e interminável ato de amor, pois as atividades no cotidiano de uma escola que visam à construção de conhecimento e a formação do cidadão só ocorrem pela interação, pelas relações educador x educando sustentadas pelo amor.
Assim, aprendizagem só será significativa quando o amor estiver presente, quando houver relacionamento afetivo o qual nem adequados métodos, técnicas, procedimentos, equipamentos de informática, audiovisuais e laboratórios de última geração, adequada estrutura, poderá suprir. Amar é toda uma postura atenta e interessada no educando e no trabalho, saber parar quando o educando mostra que é capaz de ir sozinho, estar feliz com o desempenho do educando e não com sua imagem de educador. No entender de Freire:
“Não há educação sem amor, O amor implica a luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto. Quem não ama, não compreende o próximo, não o respeita. Não há educação pelo medo. Nada se pode temer da educação quando se ama”.(Paulo Freire, p. 1999)
“Naturalmente quem tem amor por alguém, como é o caso do professor pelo aluno, deve cuidar, ser responsável, respeitar e dar-lhe conhecimento. Este é o amor do mestre pelo discípulo”.(Antonio Bias Bueno Guillon e Victor Mirshawka. 1994)
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