sábado, 2 de novembro de 2019

DIFICULDADE

A gente até desacredita quando supera as maiores dificuldades do mundo como ver a mãe, o pai e o filho morrerem. Estou com duas dificuldades no momento: acabar com as baratinhas e espantar os pombos do meu sótão. No passado eu tive de superar o medo para cuidar de uma leprosa, (Lembro-me de ouvir você dizer que a lepra era muito contagiosa, exemplificava dizendo que se um leproso sentar em uma pedra, passar cem anos, você sentar ali poderá se contaminar com a lepra) também, na ocasião em que, para salvar uma vida, tive que embebedar um homem para costurar sua perna com minha agulha de costura e estancar a hemorragia, tanto quanto, ter que procurar entre os remédios doados um que acelerasse o parto e o resultado foi o nascimento de gêmeos, tive também que socorrer colegas com ataques epiléticos, quando todos correram com medo, além disso, entrar na faculdade mais cara do DF, se formar com dívidas (Crédito Educativo) e só conseguir pagar 5 anos depois. Dificuldades no decorrer da vida, todos temos, mas alguns possuem dificuldades para toda a vida. São os deficientes físicos ou mentais. A legislação brasileira conceitua e padroniza a denominação de enfermidade psíquica em geral, conforme classificação internacional. Transtorno mental é o termo adequado para designar enfermidade mental, entre eles, o autista é o que mais me inquieta. As crianças com este transtorno mostram-se alheias, demonstram viver no seu mundo próprio. Alguns apresentam inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar e comportamento restritivo e repetitivo. Os cientistas estão pesquisando para descobrir as causas. Tenho identificado que uma dificuldade são mães que superprotegem e já me deparei com mães chateadas porque procuro tratar a todos da mesma forma, com naturalidade. Pondero que quanto mais essas crianças forem tratadas da mesma forma daqueles “ditos” normais mais ela terá condições de desenvolver a construção do conhecimento. É claro que necessitam de mais estímulos e cuidados específicos. Uma criança com Down foi retirada da minha escola porque estávamos atribuindo a ele atividades e tarefas que, segundo a mãe eram impossíveis para ele. Anos depois me encontro com a mãe e a primeira coisa que ela me diz é que se arrependeu de ter transferido seu filho. Cada vez que ocorria uma inclusão, a primeira coisa era preparar a equipe com cursos, palestras, pesquisas e rodas de conversa. Algo que muito me emocionou foi uma criança totalmente surda que começou a falar. Esta possibilidade foi a que mais me impressionou durante meu curso de Pedagogia. Nunca havia imaginado que podíamos orientar um surdo para se comunicar pela fala. Quando descobri essa possibilidade lembrei-me do que disse Jesus: “O que eu faço vós também podeis fazer.”

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