NEGROS - igualdade

Na minha infância conheci apenas alguns negros. Como eles eram meio estranhos imaginava que eram doentes. Um deles era a madrasta de minha mãe, a Maria do vô. Era machista, tratava diferentemente as visitas pelo sexo, para os homens ela se desdobrava para agradá-los. Quando era do sexo feminino era tratada falta de apreço. Havia uma senhora andarilha, parecia ter problemas mentais. Havia ainda o Chico um alcoólatra que fazia discursos na praça. Aí você me disse que nada tinha ver a cor da pelo com os problemas e comportamentos. O que valia era a prática de bons princípios, a bondade e todos os valores que constroem a paz. Viver com benevolência, empatia, senso de responsabilidade, compaixão e tolerância. No entanto, com o tempo fui percebendo que existiam preconceitos e racismos com os negros. Hoje em nome da barreira do segregacionismo e, para hipoteticamente ajudá-los criaram privilégios como se fossem incapazes de provar competência. Cotas raciais incentivam suspeitas de que negro é incompetente e ferem o princípio da igualdade definido no artigo 5º da Constituição, “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. A igualdade deve ser promovida, garantindo a eqüidade de oportunidades sociais que ampliam as oportunidades educacionais. Onde fica o tratamento igualitário: perante a lei sem distinção de cor, raça, credo, religião? Cotas raciais desestimulam o interesse acadêmico e motivam ressentimento dos que obtiveram nota maior ou igual no vestibular, no concurso e ficaram sem conseguir entrar na Universidade, sem o emprego. Provoca ainda a impressão de que serão julgadas ao invés de, pelo seu mérito, pelo que são ou fazem, será pela cor da sua pele ou origem étnica e incita o relaxamento na avaliação pelo temor dos educadores de serem taxados de racistas. Existe ainda a dificuldade de como saber quem pertence ao grupo beneficiado, pois o Brasil é um país de enorme miscigenação.