DRIBLANDO A MORTE

Nem sempre a Dona Morte leva quem vem buscar. Parece que há pessoas capazes de comoverem a Dona Morte que deixa sua missão para mais tarde. Na barranca do Rio das Almas nasceu Maria a primeira filha de Maria, simples, pobre, analfabeta, mas um ser possuidor de poderes mágicos e extraordinários como o de viajar para o futuro e prever acontecimentos. Quando nasceu sua primeira filha estava tão cansada com o esforço para parir que olhou para a menina acariciou-a, amamentou e dormiu. Sonhou com um anjo que lhe aparecia rapidamente e dizia: ”- Só vim lhe ver, já estou desaparecendo, gostei muito de estar com você. Seja forte, estarei de forma invisível sempre ao teu lado cuidando de você, torcendo por você.” Acordou assustada, tinha certeza de que aquele anjo era a filha que nascera ao cair da noite anterior. Olhou para a menininha, parecia dormir, mas quando a tocou estava gelada. A vida, como a conhecemos, já havia deixado aquele corpinho. Chamou seu marido, contou com tranquilidade o que acontecera e ele, mesmo muito triste, procurou consolá-la. Dois anos depois nasce a segunda Maria. Tudo corria bem até que um dia ao chegar do trabalho encontra a filha com o pescoço todo amarelo de açafrão enrolado com uma fralda, tossindo muito e emitindo um estranho ronco ao tossir, já demonstrando certa dispnéia. Maria, a mãe disse que começara há poucas horas e que piorava rapidamente. Ele foi imediatamente até a farmácia. O hospital mais próximo ficava a 46 quilômetros de distancia com acesso por estrada de terra. O farmacêutico demonstrou uma enorme preocupação dizendo que parecia ser “crupe” denominação da difteria que ataca a laringe, obstrui a glote, podendo causar asfixia e morte em menos de vinte e quatro horas. O desespero tomou conta do casal que via a filha piorar a cada minuto. O que fazer? Quem poderia levá-la ao médico? Noite adentro a dificuldade de Maria respirar aumentava e a angustia também. Como uma luz, lembraram-se do Padre, o Frei Cristóvão que possuía um velho jipe. Ele com certeza os ajudaria. Correram até a Igreja, acordaram o Frei e pediram ajuda contando-lhe que possivelmente era Crupe. Às cinco e meia da manhã estavam na estrada. Cada respiração era um sacrifício e grande angustia para Maria. Chegava a ficar arroxeada. Parecia que para inspirar e expirar o ar uma única vez levava minutos. Por mais que tentasse acelerar a estrada esburacada e empoeirada impedia de correr mais que cinqüenta quilômetros por hora. Quando chegaram ao hospital o diagnóstico confirmou difteria. O médico alertou os pais: estejam preparados esta doença é muito séria. O médico tentava desobstruir a glote para a passagem do ar. Algo como uma “gosma” grossa era retirado e Maria que parecia estar morrendo conseguia, mesmo com dificuldade, respirar mais uma vez. O casal em momento algum perdeu a esperança. Três dias depois estava de alta e sem nenhuma seqüela. Maria, a filha aos quinze anos, quando sua mãe já havia partido para a eternidade e ela já era professora, novamente Dona Morte vem rondá-la para cumprir o que havia adiado. Maria amanheceu com tanta dor que mal conseguia respirar. Analgésico, bolsa de água quente e a dor só piorava. Desta vez o hospital era ainda mais longe, 128 quilômetros, estradas esburaca, 20 km por hora. Outro padre, coincidentemente outro Cristóvão também a levaria em um jipe, 5 horas de viagem. Quinze anos, muitos sonhos, muito cedo. Chegando ao hospital foi operada de emergência e dispensou a Dona Morte mais uma vez. Maria sou eu, atualmente, nove fraturas (seis na coluna vertebral), quatorze cirurgias, uma meia dúzia de curas enigmáticas, pretendo continuar driblando a Dona Morte por mais algumas dezenas de anos.

CRIANDO SOFREDORES

Os pais, os professores, na maioria educados pelo medo, insistem em continuar o ciclo de violência: “bateram em mim, vou bater em meus filhos me castigaram, castigo meus alunos.” É como uma vingança que sem condições de se vingar na época e nos causadores se vingam em quem acha que pode. Orientam, absurdamente, os filhos a serem vingativos, a revidarem. Estão formando “monstros” e, consequentemente sofredores. Violência educa ou revolta? Encontrei inúmeras razões para uma educação sem violência e nenhuma para castigar ou bater. Concluí que devo dizer aos pais e educadores: vamos acabar com o castigo corporal, vamos preservar a integridade física das crianças e estaremos interrompendo um ciclo de pervesidade. Em mais de quarenta anos após minha primeira nomeação como professora, após criar meus irmãos e meus filhos, após exercer númeras funções públicas e privadas na área de pessoal tenho plena convicção de que a Psicóloga Jan Hunt, Diretora do “The Natural Child Project” tem razão. A seguir resumo e/ou transcrição de partes de seu artigo: “Dez razões para não bater em seus filhos: http://www.sylvieshene.com/portugues/artigos-dezrazoes.htm, acesso em 28/07/09. Agredir crianças é colaborar para que sejam agressoras. Muitas pesquisas mostram a relação entre castigos na infância e comportamentos violentos na vida tendo relação até mesmo com agressividade, violência e crimes. Faça o que eu faço funciona realmente. Assim também, ser empático, carinhoso, compreensivo tem tudo a ver com o que se vive na infância. Os pais e educadores costumam agir como sempre tendo razão, para o educando eles passam a imagem de que são fortes e poderosos e por isso a eles é permitido agir com violência. Passam a idéia de que são pessoas incapazes. Mesmo o que os pais consideram pequenas surras tem o mesmo sentido para quem recebe. Muitos pais só dão atenção aos filhos quando precisam chamar a atenção, bater e castigar. Há assim confusão entre prazer e dor, elas passam a castigar os menores que elas e podem se tornar incapazes de sentir compaixão e temer os que consideram poderosos. Quem é educado com castigos físicos aprendem que “bater é um modo correto de exprimir sentimentos e solucionar problemas.” Os problemas da vida exigem criatividade e humanitarismo ao invés de agressividade e violência. Como será possível a melhoria se o que ocorre é a repetição do que recebemos? O vínculo afetivo, natural entre ascendentes e descendentes é quebrado com a violência. Como amar alguém que nos fere? Como ter espírito de colaboração, como ter vínculo forte com sentimentos recíprocos de amor e respeito se no início da vida os educadores demonstram o contrário? Quando uma criança demonstra que o castigo está funcionando seu comportamento é superficial, fundamentado no medo, e quando puder reagir vai vingar seja lá em quem for. “A cooperação baseada no respeito, ao contrário, dura para sempre...” Quando pais agressivos têm dificuldades de obter “obediência” pela agressão, “os maus-tratos podem se tornar cada vez mais freqüentes e perigosos para a criança”. A ira e a frustração que o educando “deixa de expressar abertamente ficam guardadas; adolescentes revoltados não caem do céu. A raiva acumulada ao longo dos anos pode chocar os pais quando o filho sentir que já tem forças para expressá-la. O castigo pode resultar em "bom comportamento" nos primeiros anos, mas sempre a um alto preço, a ser pago pelos pais e pela sociedade em geral quando a criança atingir a adolescência e juventude.” “Bater nas nádegas, uma zona erógena na infância, pode criar na mente da criança uma associação entre dor e prazer sexual e levar a dificuldades na vida adulta. Anúncios em jornais alternativos procurando chicotadas atestam as tristes conseqüências dessa confusão entre dor e prazer. Se a criança só recebe a atenção dos pais quando é castigada, os conceitos de dor e prazer se confundem ainda mais em sua mente. Uma criança nessa situação vai ter uma baixa auto-estima, acreditando não merecer nada melhor. Mesmo surras relativamente brandas podem ameaçar a integridade física. Golpes na região lombar transmitem ondas de choque ao longo de toda a coluna e podem causar lesões. A alta prevalência de dores lombares nos adultos de nossa sociedade talvez tenha origem nos castigos da infância. Crianças já ficaram paralíticas por lesões de nervos em uma surra, e outras morreram por complicações mal esclarecidas depois de uma surra de vara.” “Em muitos casos do assim chamado "mau comportamento" a criança está simplesmente reagindo da única forma que é capaz, dadas sua idade e experiência, a um descaso com suas necessidades básicas. Entre essas necessidades estão: sono e alimentação adequados, detecção e tratamento de alergias, ar puro, exercícios físicos e liberdade suficiente para explorar o mundo a sua volta. Mas sua maior necessidade é a atenção integral de seus pais, que com freqüência estão distraídos demais com seus próprios problemas e preocupações para tratar seus filhos com paciência e empatia. É evidente que é um erro e uma injustiça castigar uma criança por reagir de modo natural à negligência de suas necessidades. Por essa razão, o castigo não só é ineficaz a longo prazo, como também injusto.” “O castigo dificulta à criança aprender a resolver conflitos de um modo eficiente e humano. Uma criança castigada fica ocupada com sua raiva e fantasias de vingança e perde a oportunidade de aprender um modo mais eficiente de resolver o problema em questão. Assim, uma criança castigada aprende pouco sobre como resolver ou evitar situações semelhantes no futuro. Explicações delicadas e uma base sólida de amor e respeito são a única forma de se obter atitudes louváveis apoiadas em valores profundos em vez de "bom comportamento" superficial motivado apenas pelo medo.” Além das agressões aos educandos, ao invés de receber orientações, Infelizmente, a maioria das pessoas, cresceram vivenciando, convivendo com situações onde eram aceitáveis pequenos roubos e pequenas mentiras (como se o roubo e a mentira valessem pelo tamanho?!...) passam a fazer o mesmo... Passam a achar natural, procrastinar, deixa tudo para outro dia, adiam, demoram em tomar uma atitude. Vivemos numa época onde é a maioria das pessoas que adiam que deixam tudo, preferem esperar por muuuiito tempo... Esquecem que os outros se chateiam, se entristecem, se sentem enganados com os: “Amanhã eu vou até sua casa”. “Amanhã eu ligo”. “Amanhã eu faço”. Lançam sentimentos negativos... por este motivo as conseqüências são também para quem pratica, voltam para eles... Torna-se um círculo vicioso de sofrimentos para ambos. Na maioria das vezes tais comportamentos evoluem de mansinho e penetram aos poucos nas mentes e nos corações e, sem que as pessoas percebam passam a praticar atos piores, tornam-se tíbios. Buscar o conhecer é praticar a vida, ultrapassando os sentidos e os pensamentos. Viver com afeto, com honestidade e verdade (sem pensar em tamanho), com sentimento positivo para com o educando, pois a criança que o recebe desenvolve-se e faz crescer o seu senso de respeito próprio. O educando têm características próprias que devem ser respeitadas pelos educadores e é a base educacional para o pleno desenvolvimento da personalidade. Os esforços são para a criatividade e para a formação dos sentimentos, onde o educador (escola, família, parentes, amigos) seja o mediador da aprendizagem buscando a valorização do emocional para a concretização do intelectual, utilizando-se da força da motivação e da comunicação, que traz à tona as capacidades latentes do ser humano, melhorando extraordinariamente seu desempenho, em todos os setores da vida de forma natural, uma vez que, somente motivado o ser humano é capaz de produzir com efetividade e com a qualidade necessária. Desenvolver incentivos e técnicas conscientizadoras da força interior de cada ser humano com o hábito da leitura e discussão de temas que estimulem a inteligência emocional com a valorização da capacidade individual para um perfeito equilíbrio e integração social levando a confiança em si mesmo e no outro que passa a interagir e influenciar pelo “orgulho” de cada um, fazendo com que seja fiel aos objetivos traçados, perseguindo-os com determinação, transformando as idéias em realidade. A base desta metodologia é cativar as pessoas, criando laços com a demonstração de alegria e valorização. O educando deve ser o agente do processo. Ouvir “a falação” dos pais, da igreja, copiar “os deveres impostos pelos professores” e repetir, repetir... deve dar lugar a questionamentos, procura de respostas e soluções para situações concretas e da vivência. O incentivo será para que as atividades sejam, preferencialmente, coletivas e em grupo onde a cooperação substituirá a competição e o individualismo, para que a convivência social e a solidariedade sejam praticadas. Quem educa ao invés de informadores serão os animadores e o ser em desenvolvimento ao invés de ouvinte será o pesquisador. Este pensar educacional contribui para a formação de pessoas éticas, críticas, autônomas, solidárias e responsáveis, capazes de uma melhor integração em todos os domínios melhorando a realidade social, para que a sociedade se torne mais justa, democrática e feliz e com que está felicidade, acreditamos, se perdure além desta vida. Será uma herança praticada de geração em geração.

CONVERSA COM MINHA MÃE - ANTELÓQUIO

Em 2017 resolvi fazer como águia, aos 40 anos ela toma uma decisão, com as unhas compridas, dificuldade para agarrar as presas; bico pontiagudo e adunco; asas com penas desgastadas, dificuldade para voar, resolve renovar: voa para uma montanha, arranca o bico, as unhas, e as penas velhas. Após meses sai renovada para viver mais 30 anos. Busco desprender do passado, morando sozinha, conversando com os meus fantasmas, trocando idéias com eles, desabafando com eles, resolvi escrever a conversa com um dos meus fantasmas queridos. Ainda que nutando sempre desejasse ter contato com a minha mãe após sua ortotanásia resolvi mesclar com uma fantasia muito sonhada. Considerando-se que ouvi muitas histórias de contatos dos vivos com os mortos, e como já vivenciei coisas estranhas como observar luzes no cemitério e venho tendo contatos com crianças que vêem luzes em minhas mãos e tios invisíveis, sonhos e presságios reveladores, sempre acreditei que esse dia ia chegar, e chegou! No dia do meu aniversário fiquei pensando muito nela e mais uma vez comecei a imaginar como seria bom se ela viesse me visitar. Às 6 horas da tarde ouvi a voz inconfundível de mamãe, proferindo aquela última palavra que pronunciou quando teve aquele mal súbito que a levou. Ela me chamava como chamou naquele dia, porém, em vez de transmitir pela voz impotência diante do prenunciado, dessa vez sua voz era meiga e suave como sempre foi. Quando ouvi aquele “Rosinha” com muito carinho, tive certeza que era a voz de mamãe. Minhas pernas titubearam, meu coração disparou, uma nuvem de luz impedia minha visão. Aos poucos aquele enevoamento de luminescência começou a se abrir e em seu lugar surgiu um arco-íris e embaixo dele uma criatura esplendorosa, iluminada e radiante. Era mamãe. Tive que me abaixar senão eu cairia. Aí ouvir a voz de mamãe a me dizer: Levante, lembra que eu lhe dizia que você deveria ter muita coragem e valer por duas? Levantei e tentei me aproximar para abraçá-la. Ela me disse: você só pode me abraçar com seu sentimento, sua emoção, sua imaginação. Porque demorou tanto mamãe? Ela respondeu: Como passei mais de 3.000 dias te preparando para minha morte e o que viria depois, foi estabelecido que esta fosse a quantidade de vezes que você deveria me chamar para que eu viesse. Vim para conversar, mas quero que disserte sobre palavras que vou sugerindo. Acredito que vai ser como uma desopressão. Vai fazer bem verbalizar as boas reminiscências, boas lembranças, mas também as decepções as frustrações para reduzir o estresse para ajudá-la a melhorar a qualidade de vida.

AJUDA

Muitas pessoas falam muito em ajudar, entender, mas na hora “H”, expulsa, se afasta. É muito fácil ajudar os inteligentes, os bonzinhos, quero ver é ajudar os dependentes químicos, os doentes mentais, os que adquiriram aterosclerose e outros. Quando cheguei ao DF a melhor opção que encontrei para conseguir sobreviver foi trabalhar como costureira autônoma diarista. Foi muito bom, cada dia um local, cada dia na casa de uma família ou em uma instituição e nada de rotina. Aprendi muito, conheci muita gente maravilhosa, recebi muita ajuda, além de conhecer quase todo o DF. Certo dia, saindo da casa de uma família na 112 Sul, ouvi um choro desesperado de uma criança. Aproximei-me e vi um menininho de aproximadamente 4 anos soluçando tanto, que foi difícil conseguir que falasse. Sentei-me ao lado dele, tentei acalmá-lo oferecendo ajuda, fazendo uns carinhos, até que ele se acalmou e pode responder às minhas perguntas. Disse que o nome dele era Orlando e que morava no Gama. Veio para o Plano Piloto com o irmão de 9 anos e se perdeu do irmão por isso o desespero. Perguntou se eu sabia como encontrar o irmão, se podia levá-lo para sua casa. Indaguei se ele sabia o endereço e ele disse que sim. Eu disse a ele que eu não poderia levá-lo porque eu iria para a Faculdade, mas iria chamar alguém que podia ajudar. Vou telefonar para a polícia. Ele se desesperou: por favor, a polícia vai me prender. Eu disse a ele que a polícia iria ajudá-lo que os policiais são nossos amigos, nos protege, até que ele aceitou. Liguei e em pouco tempo apareceu uma Viatura. Policiais carinhosos e solícitos. Conversaram com ele dizendo que ia levá-lo para casa. Ao me despedir com a consciência tranqüila, deixei meu telefone com policial que no outro dia me ligou confirmando todas as informações. Disse que a família ficou muito feliz e agradecida quando recebeu de volta o menininho tão querido e esperto. Fiquei a pensar como é bom quando a família se preocupa em conversar com as crianças, ensinar o endereço desde pequeno, pois se Orlando não soubesse o seu endereço ficaria muito mais difícil encontrar a sua família. Nunca esqueci aquele choro, aquelas lágrimas e a esperteza daquele pequeno nem tampouco a solicitude daqueles policiais em ajudar.

APRENDE

Cada ser humano é único e diferente, assim também diverso no aprender. Alguns são visuais, outros auditivos, outros sinestésicos. Alguns preferem estudar com vídeos, outros gostam de ouvir. E tem ainda quem opta em escrever e ler em voz. Cada um está escolhendo métodos adequados à personalidade, o modo de fixar conteúdos. Nos indivíduos visuais às imagens como gráficos, fórmulas, diagramas e textos facilitam a fixação do aprendizado. Ter a sua frente facilita para eles. Os auditivos gravam melhor os conteúdos em formato de áudio, sem interferência de outros ruídos e o sinestésico utiliza o tato para aprender, focando em ocorrências práticas: tocar, movimentar, montar e desmontar objetos incita o tirocínio. Muitos combinam as três características, mas o ideal é focalizar em uma deles, para estimular capacidades particulares. Assim, testar, praticando as três formas e interpretar os resultados para descobrir o ideal individual, facilita tanto para o estudante como para o instrutor. Existem testes que facilitam a identificação do perfil para identificar o método que mais combina como o do site https://www.fasdapsicanalise.com.br/22514-2/. – consulta em 28/08/2019. O ato de aprender é individual, particular e intersubjetivo (relação entre seres humanos e/ou entre pessoa e objeto). O conhecimento decorre da combinação de estímulos externos e internos, abarcando traços típicos de cada um e a forma que os aproveita durante o a construção do conhecimento. Ter consciência do aprendizado ideal só vai aperfeiçoar o desempenho se aliado a um esforço e empenho pessoal para os quais a motivação é mola mestra. Também é importante mesclar períodos de estudo e intervalos para descanso, bem como equilibrar vida social e acadêmica, reservando espaço para atividades esportivas e de lazer. Alunos cinestésicos apresentam desde cedo o gosto por montar e desmontar alguns brinquedos. Outro macete é contar com uma série de gestos e ações para ‘gravar’ o que foi passado nas aulas. Laboratórios, atividades em campo, viagens e pequenos experimentos caseiros também trazem bons resultados, já que transformam teorias em algo palpável, real.

CAPACIDADE

Ser forte era isso que você mamãe me dizia, para o que me esperava depois de sua partida e eu como primogênita teria que fazer o possível para amenizar um pouco sua falta para os seus filhos. Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos avocados a arrostar e, às vezes, a pelejar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. Mesmo com a capacidade adquirida como são diferentes assim como os rostos as necessidades humanas! Mas sempre nos coloca, de forma petulante, como se fosse possível resolver tudo aturando ou contando apenas com as próprias forças; outras vezes, pelo contrário, coloca-se toda a confiança nos descobrimentos da ciência, pensando que certamente deverá haver, nalgum lugar da terra, um curédio capaz de sanar o achaque e todas as dificuldades. O maior subsídio que conheço é acreditar na força interior para a solução dos problemas humanos.

CERTO

Mamãe o mundo de hoje tá muito diferente daquele que viveu. Grande parte das pessoas incluindo crianças se vangloria de ter enganado o outro, só trabalham de forma honesta se for constantemente monitorados pelo chefe, inspetor, fiscal. A maioria das pessoas hoje parece rato de laboratório, aperta o botão na esperança de conseguir o que querem, olha o celular mais de 100 vezes por dia incapaz de olhar para o próximo. Andam na rua olhando ou falando no celular, enfiam o pé no buraco, se tromba com o poste, perde a condução, nem ouve o que a pessoa ao lado fala e nem percebe o ladrão se aproximando. São manipulados, veneram o comodismo e o consumismo. Amam as coisas e usam as pessoas. Na minha concepção, coisa certa é o que faz as pessoas felizes. A meu ver muita coisa precisa ser melhorada, porém dizer que algo está certo ou errado depende da concepção de cada um.

COLÔNIA

A esperança foi a mão estendida para nós quando Bernardo Sayão fincou raízes na terra fértil ao lado de Ceres, na barranca do Rio das Almas. Chegou nos anos 40, a pedido do presidente, Getúlio Vargas, com a missão, de impulsionar a “Marcha para o Oeste”, de implantar a Colônia Agrícola, o embrião do surgimento da Belém-Brasília. “Ele era uma figura que exercia fascínio enorme sobre as pessoas, era como se fosse um imã, foi um dos principais desbravadores deste país, um pioneiro sem igual”. Era “bom por natureza, bravo por instinto”. Enfrentou rasgar a estrada no meio da selva no caminho das onças e dos índios. Desbravador de coragem quando ouço a palavra colônia sempre me lembro dele, responsável pela Colônia Agrícola Nacional de Céres ter sido a minha Terra Natal bem como, o engraçado evento que ocorreu entre ele e vovô que era espirituoso e brincalhão. Soube que houve um encontro entre os dois. Cândido Rondon pergunta a vovô: sabe quem eu sou? Cândido Rondon. Meu avô retruca: sabe quem eu sou? Cândido Bigodon, juntando seu apelido a sua característica de ter um grande bigode.

CRIATIVIDADE

A criatividade é parte do que somos, está em todo lugar, Inclusive dentro de nós. O mundo da natureza é capaz de se auto-administrar e nós também. Podemos transformar nos autores da nossa existência, nos fazedores de nosso destino. Somos capazes de cocriarmos a realidade, podemos conhecer e usar nossos dons e potenciais para realizar o que queremos. Objetivo, sonho, crença, cria realidade. O ser humano criativo é capaz de lidar com as incertezas do futuro criando formas de adaptações, produzindo saber ou construindo conhecimentos, em síntese solucionando problemas. A criatividade depende muito do encorajamento ou desestímulo que o educando recebe de seus educadores Todos temos potencial criativo, todos podemos ser solucionadores de problemas como pensadores criativos. Quem resiste a criatividade é porque teme assumir riscos, teme as decisões inusitadas. Todos os descobridores como Tomaz Edison quando inventou a lâmpada elétrica e Alexander Fleming que percebeu ser o fungo o assassino das bactérias, empreenderam grandes esforços criativos. A criatividade é estimulada quando: O ambiente escolar é estimulante e o clima isento de tensões; há encorajamento a ter iniciativa própria a dizer o que pensa e a inventar novas regra para jogos, por exemplo; a dar várias respostas a uma mesma situação-problema e tem oportunidade de manifestar o seu pensamento através de gestos, desenhos, modelos, construções etc...

DESACERTO

Quantas vezes eu queria tanto, retirar o que eu disse desfazer o que fiz. Acho que todo mundo é assim. Existem providencias que podemos tomar, mas o que está dito e feito já fez efeitos nodosos como um estigma, uma tatuagem, gravado na mente de quem foi atingido. É muito difícil separar as coisas, consertar as coisas, encarar o que pode dar errado, fazer dar certo dar certo. A vida é curta, a vida é um cair e levantar, desconstruir e reconstruir. A vida é cheia de opostos. Penso menos e ajo mais. Eu vivi a vida que eu quis viver. Tentei ser a melhor, demonstrei ser mais forte por que as minhas forças estavam agüentando. Deveria ter sido mais compassiva, Ainda bem que temos o presente do agora, podemos viver o agora sem repetir os desacertos. Podemos ganhar experiência, aprender com os deslizes, escolher o futuro, o erro é pedagógico. Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. E como são diferentes os rostos com que se apresentam estas experiências, tão típica e dramaticamente humanas! Mas sempre nos colocam, de forma mais aguda e premente, a questão do sentido da vida. Perante isso, no nosso íntimo, pode algumas vezes sobrevir uma atitude cínica, como se fosse possível resolver tudo suportando ou contando apenas com as próprias forças; outras vezes, pelo contrário, coloca-se toda a confiança nas descobertas da ciência, pensando que certamente deverá haver, nalgum lugar da terra, um remédio capaz de curar a doença. Infelizmente não é assim; e ainda que existisse tal remédio, seria acessível a muito poucas pessoas. No entanto, o curédio para tudo, está em cada um de nós, em nosso íntimo, em nosso pensar, em nossa crença, depende da cada de nós, acredite. "O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus pensamentos e você mudará seu mundo."

DESTRUIÇÃO

É perturbador, mas com o aumento da tecnologia e da população haverá um cataclismo, o próprio homem acabará com a vida no planeta. É necessária a participação de todos para reverter o caos previsto. Como afirma a Declaração Rio-92 sobre Ambiente e Desenvolvimento, "os seres humanos estão no centro das preocupações para o desenvolvimento sustentável." Ou, em outras palavras, o meio ambiente tem o ser humano no meio. E só será possível fazer com que as pessoas cuidem de seu meio educando-as para protegê-lo sendo também multiplicador para que a população como um todo apóie. Qual a fonte de vida para a humanidade? Todos sabem que é o ecossistema, ou seja, a terra casa onde se vive. Por mais simples que seja o ser humano é capaz de perceber a partir da realidade por mais dura e pobre que seja o estreito relacionamento entre toda a natureza incluindo o ser humano. Sustentabilidade é uma filosofia de vida, pela qual, basicamente, devemos cuidar bem de nosso presente para que as gerações futuras tenham também a possibilidade de usufruir dos avanços tecnológicos e das dádivas da natureza.

DIFERENÇA

Como educadora desenvolvi um sentimento de percepção por lidar com milhares de seres humanos que já passaram pelo meu caminho. Nunca encontrei duas iguais. Sempre procurei estar sempre atenta para perceber aqueles que estão tendo alguma dificuldade, descobrir o que está acontecendo que pode estar impedindo a construção do conhecimento. A gente sempre tem boa intenção, sempre quer fazer as coisas certas, mas nem sempre conseguimos, o ser humano é um grande mistério e esta é a maior dificuldade para orientá-los na construção do conhecimento. Além das diferenças para construção do conhecimento ha as diferenças de gênero, de cor, de condição econômica e social que devem ser aceitas e respeitadas.

DIFICULDADE

A gente até desacredita quando supera as maiores dificuldades do mundo como ver a mãe, o pai e o filho morrerem. Estou com duas dificuldades no momento: acabar com as baratinhas e espantar os pombos do meu sótão. No passado eu tive de superar o medo para cuidar de uma leprosa, (Lembro-me de ouvir você dizer que a lepra era muito contagiosa, exemplificava dizendo que se um leproso sentar em uma pedra, passar cem anos, você sentar ali poderá se contaminar com a lepra) também, na ocasião em que, para salvar uma vida, tive que embebedar um homem para costurar sua perna com minha agulha de costura e estancar a hemorragia, tanto quanto, ter que procurar entre os remédios doados um que acelerasse o parto e o resultado foi o nascimento de gêmeos, tive também que socorrer colegas com ataques epiléticos, quando todos correram com medo, além disso, entrar na faculdade mais cara do DF, se formar com dívidas (Crédito Educativo) e só conseguir pagar 5 anos depois. Dificuldades no decorrer da vida, todos temos, mas alguns possuem dificuldades para toda a vida. São os deficientes físicos ou mentais. A legislação brasileira conceitua e padroniza a denominação de enfermidade psíquica em geral, conforme classificação internacional. Transtorno mental é o termo adequado para designar enfermidade mental, entre eles, o autista é o que mais me inquieta. As crianças com este transtorno mostram-se alheias, demonstram viver no seu mundo próprio. Alguns apresentam inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar e comportamento restritivo e repetitivo. Os cientistas estão pesquisando para descobrir as causas. Tenho identificado que uma dificuldade são mães que superprotegem e já me deparei com mães chateadas porque procuro tratar a todos da mesma forma, com naturalidade. Pondero que quanto mais essas crianças forem tratadas da mesma forma daqueles “ditos” normais mais ela terá condições de desenvolver a construção do conhecimento. É claro que necessitam de mais estímulos e cuidados específicos. Uma criança com Down foi retirada da minha escola porque estávamos atribuindo a ele atividades e tarefas que, segundo a mãe eram impossíveis para ele. Anos depois me encontro com a mãe e a primeira coisa que ela me diz é que se arrependeu de ter transferido seu filho. Cada vez que ocorria uma inclusão, a primeira coisa era preparar a equipe com cursos, palestras, pesquisas e rodas de conversa. Algo que muito me emocionou foi uma criança totalmente surda que começou a falar. Esta possibilidade foi a que mais me impressionou durante meu curso de Pedagogia. Nunca havia imaginado que podíamos orientar um surdo para se comunicar pela fala. Quando descobri essa possibilidade lembrei-me do que disse Jesus: “O que eu faço vós também podeis fazer.”

EDUCA

Segundo os especialistas, a "educação aumenta as oportunidades na vida das pessoas em geral, contribui enormemente para a inovação tecnológica e social e cria a flexibilidade mental necessária para uma rápida transição para uma economia verde.” Educar é jamais agredir, é ajudar o educando a perceber claramente a diferença entre autoridade e autoritarismo e preferir a pedagogia do amor e da liberdade. Livro Escolas de Pais. O papel fundamental da educação é ajudar a viver a vida com base em valores que cada um escolhe para si mesmo. A natureza da educação é a mudança: transformar o ser em adulto capaz, competente, livre, autônomo para escolher sua vida, responsável pelas escolhas que faz. A educação deve ser voltada para a vida, para capacitar o viver e envolve a construção de competências, habilidades, valores, atitudes e aquisição de conhecimentos e informações. A competência central da educação é a de planejar estrategicamente a vida para ser feliz. Eduardo Chaves Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante! Paulo Freire Educar é viajar no mundo do outro, sem nunca penetrar nele. É usar o que passamos para transformar no que somos. (Livro: Maria, a maior educadora da História) Augusto Cury Diz-me, e eu esquecerei; instrua -me e eu poderei lembrar; envolve-me, e eu aprenderei.

ENTENDE

Todo ser humano sofre ou tem contato de alguma forma com o sofrimento, a forma de ser e as dificuldades de outros. Como o sofrimento é algo que você percebe, mas sente-se impossibilitado de retirá-lo com as mãos, quem tem empatia, muitas vezes, se sente impotente diante dele. Temos que observar, de forma mais consciente, utilizando mais plenamente os sentidos e os dons para descobrir como enfrentar o que acontece, buscar descobrir e reforçar as capacidades, entregar-se com fidelidade a fazer algo que sinta que é bom, compartilhar vitórias e saberes, buscar orientação externa e interna.

ESCOLA

A escola deve ser justa, democrática, sustentável, agradável e solidária. A instituição Educacional precisa agir com equidade e espontaneidade para despertar potenciais. Construí uma escola e queria vender a minha idéia e o que as pessoas queriam era o tradicionalismo. Enquanto eu acredito que “Educar é perceber claramente a diferença entre autoridade e autoritarismo e preferir sempre a Pedagogia do amor e da liberdade” e que jamais ocorre educação pelo medo, grande parte das pessoas principalmente pais, acreditam que resolver o problema da indisciplina seja castigo, violência e até transferência do problema para a polícia, resumindo, tortura. Já conheci pessoas com pavor, temor, apavoramento, receio, inquietação, incerteza por causa do amedrontamento de pais e educadores. Muitos genitores transferem toda a obrigatoriedade da educação para as instituições de ensino. Eu acredito que nada se pode temer da Educação quando se ama: a si mesmo, ao educando, a condição de genitores e a profissão de educadores. Educar é ajudar viver a vida com base em valores que escolher. A natureza da educação é a mudança: transformar o ser em adulto capaz, competente, livre, autônomo para escolher sua vida, responsável pelas escolhas que faz voltada para a vida, é capacitar o ser humano para viver construindo competências, habilidades, valores, atitudes e aquisição de conhecimentos e informações para ser feliz. Quando se houve, pode-se esquecer; quando se instrui é possível se lembrar, mas quando se envolve se aprende. A educação aumenta as oportunidades na vida das pessoas, contribui para a inovação tecnológica e social e cria a flexibilidade mental necessária para a transição para uma economia que preserve a vida, um cabedal verde, com o melhoramento do capital humano, desde a infância até a velhice, através da educação formal e informal, e da educação ao longo da vida.

ESPERANÇA

Quando o vento sopra contra e os obstáculos nos impedem de enxergar, a esperança é a última, é o último recurso. Quando pensamos que tudo está perdido, para nutrir o difusor de expectativa, precisamos confiar e viver no presente. Necessitamos estar vigilantes para plantar pensamentos positivos. Esperança é ter expectativa que algo vai acontecer. A esperança está ligada à fé, porque a pessoa com esperança acredita em uma coisa que ainda não vê, que está no futuro. Santo Agostinho disse que a esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las. Mesmo quando tudo parece vir abaixo, compete a cada um de nós determinarmos entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; deparei, no caminho incerto da vida, a importância de decidir. Eu me empenho para ser melhor, pois bondade também se aprende. Busco espalhar otimismo e praticar a paz e ajustiça. Exponho o que penso, com esperança. Matuto no que faço, com fé. Pratico o que devo fazer, com dedicação.

ESQUECE

No meu HD, que é a minha cabeça, no passado, coisas inúteis foram gravadas. Estou tentando formatá-lo para que, de agora em diante, seja mais vigilante gravando somente o que for útil. Estou no tempo da travessia arriscando fazê-la, na certeza de que há um tempo em que é preciso alterar a direção de os nossos caminhos, para chegarmos a lugares diferentes dos que já conhecemos. Acredito que escrever ajuda a esquecer e a mudar, pois simula a vida, descrevendo ocorrências reais ou imaginárias, expressando idéias ou sentimentos, nas mais diversas formas: romance, drama, poema. Lembrar sempre que devemos abrir espaço para o que está por vir ao invés de ficar remoendo o que já se foi.

FÉRIAS

Quando legalmente eu precisava sair de férias tentava passar uns dias fora do trabalho, mas doía a consciência, tinha tanta coisa para fazer, tanta gente para ajudar, para ser beneficiada, que descansar parecia ser maldade por que o meu estímulo sempre foi a necessidade do outro. Somente a época em que tive os dois filhos às férias acumuladas foi para ficar com os meus pequenos, um beneficio bom e proveitoso. Vale mencionar que quando nasceram a Licença Gestante era de oitenta e quatro dias.

FILHO

Mãe, "Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como tentar mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Só me foi emprestado, recordam-se?" São bem interessantes como as questões de preservação da vida podem ocorrer até mesmo inconscientes. Na época que estive grávida, tomava muitos cafés por dia, grávida, enjoei de café, nem sequer suportava o cheiro, soube depois que o excesso de café pode estar ligado a nascimentos prematuros, bebês abaixo do peso e até mesmo com problemas congênitos além de poder já nascer com vício. Os meus, minha maior preocupação foi que eles tivessem autonomia, saber se virar sozinhos, afinal ninguém poderá contar com ajuda dos outros para sempre. Como você e muitas de suas irmãs tiveram morte precoce quis prepará-los e a melhor forma de fazer isso foi justamente dando autonomia, segurança e confiança, mesmo quando o cenário ao redor desdisser isso. Estudar, estudar, estudar, agir com honestidade, construir e manter amizades, lealdade e força nas palavras e ações, manter a palavra e entender o princípio da honra, necessidade de movimento, personalidade aventureira. E, principalmente, serem empáticos senão, quem pode amar psicopata? Quando minha filha nasceu e nada de ouvir o choro fiquei preocupado se ela estava bem, mas mesmo sendo obrigada a respirar colocar ar, pela primeira vez, dentro de seus pulmãozinhos novinhos, que dizem doer, aquela pequenina e delicada criaturinha foi durona. Os seus, estão bem... Eu pelo menos estou melhor do que havia imaginado. Existe glosa sobre quem é o mais inteligente, mas no final do último século foram Identificadas as inteligências múltiplas e caiu por terra o conceito de QI, que levava em conta somente a facilidade em Língua Portuguesa - verbal e Matemática - lógica. Hoje sabemos que pessoas podem ter dificuldades em Língua Portuguesa, em Matemática, mas pode ser ótimo desenhista, ter excelente percepção para música, para dança e para muitas outras áreas do conhecimento. Com a descoberta das Inteligências Múltiplas por Howard Gardner chegou-se a uma visão pluralista da mente humana com potencial para desenvolver múltiplas inteligências.

FOBIA

Fobia é algo muito sério, quem não tem não consegue entender. Atualmente sofro de “Maratonofobia” – o medo de assistir muito rápido todos os episódios de uma série e ter que esperar muito tempo para a próxima temporada. Falando sério: a perturbação da ansiedade pelo medo ou aversão persistente que sentia o qual superou a curiosidade de saber como era e o que existia na Gruta da Pedrona esta cada vez pior. O medo de lugares fechados me apavora e causa o aparecimento súbito de um enorme medo que mereceu o diagnóstico de Síndrome de Pânico, algo tão terrível e inexplicável que me apavora.

FUTURO

Tem um tal de DNA que sabe muita coisa do futuro que a gente não sabe. Coisas como propensão para adquirir certos problemas de saúde, parece que até mesmo com que idade iremos findar. Iniciei minha vida profissional como professora, aos 13 anos de idade, e, nestes 54 anos, em minhas atividades, sempre busquei entremear idéias referentes à importância do ser humano buscar capacitar, aperfeiçoar e desenvolver durante toda a vida. Especialmente ouvindo as crianças, lendo o que elas escrevem, tenho esperança de um futuro melhor, a maioria se preocupa com a melhoria do futuro. A tecnologia vem mudando o mundo para melhor. Claro, novas possibilidades trazem novos riscos, mas eu ainda sou uma otimista!

PALAVRA - GERMINA

Qualquer semente dará bom resultado, se ela mesma não nascer para oferecer flores, ou frutos, ou sombra, ela transformará pela decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, em material nutriente. No campo vegetal seja qual for à planta ela será muito importante no ambiente para a vida na Terra, no mínimo, ela produzirá oxigênio. No campo da comunicação nem sempre o dito ou escrito trará benefício, quantas vezes, retirar o que se disse desfazer o que se fez é algo que por mais que a pessoa queira deixa indeléveis marcas. Nas redes sociais a gente pode apagar excluir, mas o resultado, quase sempre, já pode ter sido desastroso. A lição que podemos tirar é de que se aprende com os erros. O erro é pedagógico.

INFECÇÃO

Seres invisíveis, microrganismos, têm um jeito ardiloso, astuto de pegar a gente, são como bandidos. A gente vai ao médico segue todas as recomendações, toma a medicação, está se sentindo bem, pensa que a infecção está curada e, de repente aparece outra, do nada. Parece que aproveita que o corpo ainda está fragilizado e a gente está outra vez inficionada. Comigo, ocorreram nove em um ano. É um recorde que ninguém deseja. Então a gente passa pela afronta de ela se alastrar pegar o sangue que está sempre em movimento e é ai que mora o perigo de contaminar toda nossa constituição. Desta forma, ela pode nos trucidar com o nome de septicemia como ocorreu com meu filho Rafael e com papai.

IMPOSSÍVEL

Certo dia uma distinta senhora me procurou quando eu trabalhava no Ministério da Educação humildemente sentada em minha frente disse ter vindo me pedir um grande favor, queria uma certidão de tempo de serviço de um órgão extinto. Eu não sabia quem era nem de onde viera. No entanto, o que ela me pedia era algo bem difícil e eu disse: O difícil se resolve logo, o impossível pode demorar um pouco. Esclareci que os documentos estavam espalhados em vários locais porque depois da união de três Ministérios que foram novamente separados os documentos se encontravam em vários locais, especificamente as pastas do órgão em que trabalhou estavam amontoadas no subsolo. Disse a ela: vou até lá procurar, enquanto isso, procure tudo que tiver sobre este seu tempo de serviço, veja se tem algum documento: carteira de trabalho, memorando, portaria normativa, bilhetes e me traga podem ajudar. Ela agradeceu, saiu muito feliz e eu desci para o subsolo para procurar a pasta. Qual foi a minha surpresa porque o nome dela era iniciada com a letra a e eu consegui localizar. No dia seguinte quando ela apareceu, eu já estava com certidão pronta e a entreguei. Tal atitude para mim fora do normal, sempre resolvia problemas dessa natureza. Logo depois eu me aposentei. Poucos dias depois recebi um telefonema dela em casa. Ela disse que precisava novamente de minha ajuda, estou assumindo a Coordenação Geral de Recursos Humanos do Ministério das Comunicações e quero que assuma a Coordenação de Administração de Pessoal. Minha resposta foi imediata: Meu plano agora é investir na construção de uma escola. Ela disse que jamais aceitaria minha negativa como resposta e solicitou que eu fosse até o Ministério. Ao chegar, ela me levou até o corredor com milhares de processos empilhados até o teto em ambas as paredes. E para derrubar isso que eu preciso de você! Tudo da área de Administração de Pessoal dos 26 Estados está centralizado aqui. Além disso, são 25.000 pensionistas e 28.000 aposentados como a maioria dos benefícios defasados. Já disse, vou montar a minha escola. Ela retrucou: você é uma pessoa que resolve impossível e eu preciso de você. Só aceito um sim. Aquela certidão que você providenciou foi solicitada primeiramente ao Ministro e ele disse que era impossível. Falei com o Secretário de Administração e ele disse que era impossível. Procurei o Coordenador-Geral de Recursos Humanos e ele me disse para falar com você. Eu retruquei: Eu nem sabia disso!... Aquele desafio e tamanha confiança era impossível me esquivar. Resolvi aceitar e perguntei: quantas pessoas vão trabalhar comigo? Cinco. Eu nem sabia o que dizer... A competência é desde concurso público até a pensão e auxílio-funeral? Preciso de mais de 100, mas conte comigo. Lá fui eu assumir algo que parecia mesmo impossível... Os três anos que passei ali foi uma sucessão de impossíveis resolvidos. Este é um capítulo a parte e dá mesmo para escrever um livro. Impossível mesmo foi atender ao pedido meu filho Gabriel: Eu quero um Rambo desse! Vocês devem estar pensando que parece fácil. O Rambo que ele queria e tanto insistiu para ter, também me encantava. Ele tinha 2 anos e morávamos próximo a uma pista que tem três faixas de rodagem em cada sentido. Ali era realizado o desfile em comemoração ao aniversário da Independência do Brasil 7 de Setembro. Era o final da pista e o início do desfile. Coloquei a princesinha Natalia, minha filha com sete meses, no bebê carona e fui até lá com os dois para ver o desfile. Ele forçou a barra para se soltar da minha mão e como o local era tranquilo soltei. Ele correu para frente de um grupo de militares que se preparavam para desfilar. Fui buscá-lo e ele mostrando com o dedinho, olhando para cima dizia e repetia insistentemente: mãe, eu quero um Rambo desse! Todos caíram na risada e eu também. Foi difícil tirar ele de lá e ele repetiu muitas vezes: eu quero um Rambo desse! Os policiais riram mais ainda quando eu disse: eu também quero Gabriel, mas é impossível, além de tudo, olha o tamanho dele, deve dar muita despesa.

INTELIGÊNCIA

O significado, o conceito de inteligência, varia muito, é bem amplo tanto entre as pessoas da área como entre os leigos, ocorrem muitas variações até mesmo controversas, principalmente o que é considerado inteligência bem como, quanto as influência dos componentes sociais, culturais e ambientais. Com a descoberta das Inteligências Múltiplas por Howard Gardner chegou-se a uma visão pluralista da mente humana com potencial para desenvolver múltiplas inteligências. A idéia de inteligência única foi contestada quando se descobriu as inteligências múltiplas e já se constatou existirem nove tipos de inteligência. No entanto, as maiorias das pessoas dominam uma ou duas delas. Os fundamentos dessa teoria, são de que as habilidades podem ser genéticas. É necessário descobrir uma melhor forma de ajudar o indivíduo a tornar-se capaz, genial e feliz independente do que se considere inteligência. A meu ver, podemos afirmar que a aprendizagem deve ser significativa e ocorre conectando o que já se sabe com novos conhecimentos já gravados em nosso cérebro, e o prazer de aprender é o melhor caminho para despertar a eterna busca do conhecimento.

INVEJA

A inveja fecha a mente e os olhos das pessoas que são incapazes de imaginar o quanto o outro lutou, o quanto sofreu para obter o que possui sejam bens materiais ou poder. Tentei sempre levar a vida sem permitir que inveja atrapalhasse. No entanto, por si só, os sentimento nem são bons ou ruins, depende da forma de administrá-lo. É possível fazer da inveja uma alavanca produtiva para maior comprometimento com a autorrealização e com habilidade mais produtiva de viver sem comodismo. Inveja pode impulsionar a competição saudável para enfrentar desafios.

LEGATÁRIO - geração atual

Mamãe, sua irmã caçula e muito querida, quase filha, me mandou um texto de uma psicóloga com uma análise da geração seguinte a nossa. Uma Geração sempre estressada que se frustra por tudo, que se considera eternamente infeliz. O que será que buscam? O que lhes prometeram? Acreditam que podem ser o que quiserem no lugar que desejarem? Jovens que vão aos consultórios com questões simples e de muito sofrimento. A dor da falta do não faltar. Sensação de não pertencimento, de estar perdido sem saber o que quer da vida, nem saber se quer alguma coisa. Geração de pequenas e poucas palavras, o show foi top, a viagem foi legal, o aniversário foi normal, o casamento foi chato. Isso quando falam, quando respondem. Se sentem frustrados, mas sem identificar o que lhes faltam, choram pela vaca atolada, pelo golfinho ferido, mas matam seus próprios filhos fazendo aborto. A culpa é do machismo, dos fascistas, das feministas, dos petistas... Para eles a culpa maior é da mãe, chega ao desplante de dizer à mãe que deveria ter sido abortado, e por mais que ela se sacrifique por ele, diz a ela que foi abandonado, que esta sendo prejudicado. Colaborar em casa é favor, arcar com despesas nem pensar, participar de tarefas tudo é postergado é exaustivo. Geração das Polpas de fruta nem sabe descascar laranja jamais se lambuza com caroço de manga. Vive de sonhos brilhantes sem pisar no chão quente para alcançá-los. Começar a trabalhar sem muito ganhar nem pensar. Nem sai de seus quartos onde vive fantasiando no mundo irreal da internet, quando tias, avós, os visitam; apontam defeitos em comentários nas redes sociais, esquece elogios, acredita que todos exigem muito dele, nem sabe oferecer os préstimos, reclama do mínimo obstáculo, culpa os pais por forçar a barra. Na escola solucionam problemas matemáticos em turmas avançadas sem conseguir solucionar problemas da família como tirar segunda via de boletos, ir a um órgão público e lidar com burocracia. Querem respostas rápidas, fáceis e ficam aborrecidos sempre. Entediam-se. Trocam de escola, de curso, de emprego, de parceiros, de amigos, acreditam que nada e nem ninguém os compreende. Nada preenche. Culpa o sistema, a família, o amigo difícil, o porteiro chato, a coordenadora do curso, a lei, o chefe que exige. Reclama do almoço, da falta de roupa para sair, da falta de dinheiro. Passa o dia no ar condicionado consumindo o salário dos Pais, anda de carro, Uber, táxi... Esquece de buscar conhecimento e espiritualidade. Nem percebem o encanto das decorações natalinas nem do Ipê Florido no meio da Avenida. Reivindica direito de expressão sem oferecer ação. Atitude. Considera-se vítima dos Pais. Os julgam juízes impiedosos! Condenam. Choram pelo cachorro maltratado e deseja que o homem seja esquartejado. Compaixão duvidosa. Amorosidade mínima. Preciso disso! Tenho que ter que aquilo! E aja insatisfação! Infelicidade. Descontentamento. Adoecimento. Depressão. Suicídio... Geração estragada, inconformada. Presa em suas desculpas. Acomodada em suas gaiolas de ouro. Inerte. Nem sabe o que é assumir a responsabilidade de viver, de se mexer, de traçar seu caminho, de enfrentarem o que está fora da caverna de Platão. Posta sorrisos, praias paradisíacas, mas não se banha no mar curador. Limpa o lixo na praia com os próprios amigos e não arruma sua própria cama. Em casa, estampa tristeza, sofrimento, dor... A dor de ter que crescer sem fazer por onde merecer. Será que é exagero? Mito da Caverna de Platão - Caverna imaginaria onde prisioneiros vivessem desde a infância. Podem avistar somente as sombras projetadas na parede de maneira distorcida, é todo o conhecimento que tinham do mundo. Um dos prisioneiros foi liberto e percebe pessoas e uma fogueira projetando as sombras que ele julgava ser a totalidade do mundo. Ao sair assusta-se com o mundo exterior, sente-se desamparado, desconfortável, deslocado. Aos poucos, ele começa a perceber a infinidade do mundo e da natureza fora da caverna. Aquelas sombras, que julgava ser a realidade, são cópias imperfeitas de uma pequena parcela da realidade. Poderia fazer duas coisas: retornar para a caverna e libertar os seus companheiros ou viver a sua liberdade. Uma possível consequência da volta seria os companheiros, o julgar louco, mas a coisa mais justa a se fazer. É metáfora de que existe um modo de conhecer, de saber, mais adequado para se viver com sabedoria e justiça.

LENDAS - Brasília e papai

Sobre Brasíliia, há uma estória de quê existem cristais armazenados sob o DF e que faz do local um dos sete xacras do mundo. Conforme a filosofia da ioga, xacras são pontos energéticos que dão estabilização as criaturas vivas. Deve ser isso que me ligou tanto ao Distrito Federal. Vim para estudar e oportunizar o mesmo aos meus irmãos, acreditando que ficaria em torno de uma década e já se vão cinco. Estou certa de que ficarei quantas mais viver e é aqui que meus restos mortais virarão pó. Há uma lenda a respeito do sobrenome de papai, diferente de toda a família. Somente ele tinha sobrenome Siqueira. Meu avô Júlio quando papai nasceu, teve o pressentimento, visualizou um ser humano muito criativo, o rei das idéias, um inventor e disse: Será um homem de muito mais que “sete instrumentos”: construtor, agricultor, mestre de obras, pedreiro, serralheiro, carpinteiro, pintor, azulejista, bombeiro hidráulico, eletricista, fotografo, homeopata, músico, dançarino, barbeiro, leiloeiro, vidraceiro, marceneiro e até juiz. Elaborarão muitas das ferramentas que irá usar. Além disso, serás um pacificador, um mediador, um líder comunitário e religioso. Para tanto, terás que aceitar desafios. Soube de que há um desbravador, lá pelas bandas de onde nascem às águas quentes, que tem um sobrenome muito bonito, Siqueira, e este será o seu e de sua descendência.

MADRINHA da desastrada

Mamãe,lembro-me bem quando comentou da alegria de sua irmã Leonor quando foi convidada para ser minha Madrinha e disse que no dia em que nasci a Fada Má havia me lançado uma maldição: “Você vai se quebrar toda.” E, minha Fada Madrinha transformou a praga e disse: “Você vai quebrar as coisas ao invés de se quebrar toda, mas vai ter fraturas, será a desastrada da família e terá Síndrome da Hipermobilidade.” O que é Hipermobilidade articular? Frouxidão dos ligamentos e das estruturas articulares há possibilidade de realização de movimentos não habituais, como colocar as palmas das mãos no chão sem dobrar os joelhos, ou tocar o antebraço com o polegar do mesmo lado. Ocorre em até 30% das pessoas, mais comum em mulheres. Com amplitude de movimentos maior que o habitual, a pessoa está predisposta a movimentos inadvertidos, com risco de lesões como distensões, luxações e acidentes. De uma coisa estou certa minha madrinha que passei a chamar de “Mãe Nanora” foi a pessoa que mais amei em minha infância, seguramente foi a melhor escolha que fez, minha tia/madrinha foi na minha infância uma das pessoas que mais me ajudou, apoiou, me “paparicou”, ela e suas filhas maravilhosas me ensinaram várias profissões. Sempre vou nutrir por elas um enorme afeto.

Pessoas indiferentes a MÚSICA

Música informa, alegra, acalma, fixa conhecimentos e outros benefícios. Age como uma droga em muitas pessoas funcionando como ativadora de prazer ligada a bons e alegres sentimentos a emoções e boas lembranças, quase todas as pessoas gostam de música, mas para alguns é uma tortura a junção de sons feitos pelos instrumentos musicais que desagrada os ouvidos. Para pesquisadores da Universidade de Barcelona, o cérebro processa os sons sem problema, mas elas não sentem prazer ao ouvir músicas. Esta incapacidade batizada de "anedonia musical específica" ocorre com mais freqüência em alguns transtornos mentais. No entanto a situações em que a indiferença a música, evitar ouvir música, ou ir a concertos, a insensibilidade à música ou mesmo achar irritante e detestar música ocorre sem esta evidência. O sistema de recompensa do cérebro age de maneira diferente sem significar infelicidade ou algum problema. Há casos até de epilepsia musical em que determinado gênero pode até provocar um ataque. Alguns, como eu, são incapazes de distinguir tons musicais, oitavas, escalas, timbres, tudo isso é um quebra-cabeça. Como gostar de música se o cérebro nem sequer distingue altura, intensidade e duração? Essas condições tanto podem ser causadas por uma doença ou ocorre o que é popularmente chamado “de nascença” defeito de fábrica. O que acontece comigo é bem inusitado, o que sei é que a música me incomoda e com ela sinto dificuldade de assimilação e de compreensão. E um barulho alto, metálico, estridente que só me incomoda é só barulho do ar vibrando. O ritmo é somente uma repetição incomodante que cria em mim uma sensação angustiante. Ouvir uma música deve necessitar de conexões cerebrais que estão ausentes e minha massa encefálica.

MUDANÇA

Tempos atuais são os que ocorrem mudanças assustadoramente rápidas. Estou falando da mudança tecnológica. Tenho sido uma camaleoa, já fui freira, fui diarista, Diretora, Coordenadora, empresária, já tive dez pessoas em casa e agora estou morando sozinha. Tive cabelos negros, loiros, grisalhos, azuis, curtos, longos, lisos, encaracolados, cacheados. Quando mudo meu cabelo é como uma mudança em tudo, me sinto mais forte mais corajosa, mais dinâmica, mais perseverante. Procuro demonstrar a importância de mudança, principalmente na escola e na igreja que ficaram paradas no tempo e no espaço. Pobreza e injustiças sociais, sofrimento e principalmente a falta de informação obtida pela educação, me tocam profundamente, me angustiam e me mantém na intenção e fazer a minha parte na educação atual que perpetua violência. Acredito que se as escolas praticassem a pedagogia do afeto, da criatividade, da democracia certamente melhoraria. No entanto, paradigmas é bem difícil de mudar e uma das formas é tomarmos mais cuidados com a comunicação. Exemplos: O “não” traz o que está junto, se alguém disser não pense em um gato, é exatamente no que vai pensar, quando você diz a uma criança: não suba, ela continua a subir. Já tentou dizer desça? O “mas”, nega tudo que foi dito. Ele é inteligente, mas é desorganizado. Na verdade: Ele é inteligente e precisa de que, para ser melhor? O “tentar” traz a possibilidade de falha. Por exemplo: Vou tentar ajudar uma ONG. Já experimentou tirar o “tentar”? O “não posso” ou “não consigo” pressupõe e descarta a possibilidade de conseguir. Eu não consigo me exercitar com assiduidade. Se você mesmo afirma “não consigo” você renega qualquer chance de conseguir. Tente falar sem o “não”, o que você sente? O “eu devo”, “eu preciso”, pressupõe controle externo e descarta a vontade própria de fazer. Ex.: Ao dizer: Preciso ir à academia, você está se culpando por adiar. Que tal usar “eu quero”, “eu vou”? Se falar de seus problemas, suas dificuldades, seus erros, que tal usar o verbo no passado liberando o presente? Que tal usar o “quando” ao invés de “se”? Se eu ganhar dinheiro vou ajudar uma ONG. Será que ao usar o “quando” demonstra mais fé em conseguir? Percebe a diferença usando o “sei” como em: Espero conseguir emprego, ao invés de: Sei que vou conseguir emprego? Porque usar dois verbos se pode ser usado apenas um? Utilizando um, estará sendo mais direto? O que é mais direto: eu gostaria de agradecer ou eu agradeço? Há tempo para tudo na vida para prosseguir e para mudar, para permanecer na comodidade ou melhorar.

NEGROS - igualdade

Na minha infância conheci apenas alguns negros. Como eles eram meio estranhos imaginava que eram doentes. Um deles era a madrasta de minha mãe, a Maria do vô. Era machista, tratava diferentemente as visitas pelo sexo, para os homens ela se desdobrava para agradá-los. Quando era do sexo feminino era tratada falta de apreço. Havia uma senhora andarilha, parecia ter problemas mentais. Havia ainda o Chico um alcoólatra que fazia discursos na praça. Aí você me disse que nada tinha ver a cor da pelo com os problemas e comportamentos. O que valia era a prática de bons princípios, a bondade e todos os valores que constroem a paz. Viver com benevolência, empatia, senso de responsabilidade, compaixão e tolerância. No entanto, com o tempo fui percebendo que existiam preconceitos e racismos com os negros. Hoje em nome da barreira do segregacionismo e, para hipoteticamente ajudá-los criaram privilégios como se fossem incapazes de provar competência. Cotas raciais incentivam suspeitas de que negro é incompetente e ferem o princípio da igualdade definido no artigo 5º da Constituição, “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. A igualdade deve ser promovida, garantindo a eqüidade de oportunidades sociais que ampliam as oportunidades educacionais. Onde fica o tratamento igualitário: perante a lei sem distinção de cor, raça, credo, religião? Cotas raciais desestimulam o interesse acadêmico e motivam ressentimento dos que obtiveram nota maior ou igual no vestibular, no concurso e ficaram sem conseguir entrar na Universidade, sem o emprego. Provoca ainda a impressão de que serão julgadas ao invés de, pelo seu mérito, pelo que são ou fazem, será pela cor da sua pele ou origem étnica e incita o relaxamento na avaliação pelo temor dos educadores de serem taxados de racistas. Existe ainda a dificuldade de como saber quem pertence ao grupo beneficiado, pois o Brasil é um país de enorme miscigenação.

OUSADIA

Aos 16 anos eu atendia por semana, aproximadamente, 40 doentes da cidade onde eu morava e que vinham da zona rural. Medicamentos doados eram distribuídos. Um certo dia, tive que tomar uma decisão de “Vida ou morte!” Por aquelas bandas, resquícios do tempo em que havia posseiros brigando por terras, ocorriam muitas brigas entre as famílias. Era questão de honra a vingança. Dominava a lei do “dente-por-dente”, “olho-por-olho”. Quantas vezes a turma do Grêmio Estudantil do qual eu era Diretora Social, tentava intervir para impedir brigas ou socorrer pessoas feridas. Um dia, pediram socorro para um senhor que fora esfaqueado. A peixeira penetrou-lhe a coxa até o osso e o sangramento era intenso. Eu e Abigail tentávamos estancar o sangue sem sucesso. Enrolávamos bem forte um tecido e rapidamente estava ensopado de sangue. Parecia que nenhum grande vaso sanguíneo tivesse sido atingido, mas a ferida era grande e profunda. O que fazer, como primeiros socorros para encaminhar o ferido ao médico? Quase em desespero lembrei-me que você estancava sangue de pequenas feridas com algodão queimado. Qual nada, a cinza do algodão escorria com o sangue. Decidi que era necessário costurar o ferimento. Sem anestesia resolvemos embebedar o sujeito e o fizemos engolir um litro de cachaça até que esmorecesse embriagado. Algumas pessoas o seguraram com firmeza enquanto o ferimento era costurado com uma agulha desinfetada no fogo e linha comum. Após os pontos, aí sim o algodão queimado cessou a hemorragia. Aquele senhor estava pronto para viajar horas até o hospital mais próximo. A iniciativa, a coragem, a perícia, a criatividade e acima de tudo a fé salvou aquele homem. Acho que 50 anos depois eu não vou responder por exercício ilegal da medicina. Certa madrugada acordei com uma voz angustiada me chamando e pedindo ajuda. Um senhor me explicava: “Minha patroa está com dificuldade pra descansar, está muito agoniada e agitada, a parteira está desistindo!” levantei-me sonolenta, fui até a farmacinha e comecei a ler as bulas. Em um caixa com uma ampola estava escrito: “indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas... Pode ser útil no tratamento da ansiedade ou agitação”. Nem tenho coragem de revelar o nome do remédio. Perguntei se tinha alguém que aplicasse, ele respondeu que sim, pegou a caixinha e saiu rapidamente. Dê notícias, pedi. Amanhecia o dia quando apareceu novamente o senhor com um largo sorriso agradecendo e pedindo que as bênçãos de Deus caíssem sobre mim. O mais incrível foi a informação de que haviam nascido dois meninos e tanto a mãe como os gêmeos estavam bem.

PARENTE

Mamãe, eu gostaria muito de lhe dizer só coisas positivas, mas acho que é bom que eu a faça de minha Terapista até porque a etimologia da palavra terapia, do grego thaerapia, significa servir a Deus objetivando criação de harmonia, paz e bem estar sentimental, emocional, psíquico e espiritual. Tentei reunir a primaiada especialmente do seu lado considerando que a maioria mora no DF. Resolvi fazer uma festa de aniversário da sua querida irmã caçula a quem considerava grande amiga e filha. Foi bem legal encontrar muitos dos parentes, mas nada que possa se aproximar de sua percepção de sobrinhos e sobrinhas serem quase filhos e filhas, tios e tias serem quase pais e mães e primos quase irmãos e irmãs. Esta finura, consideração, sentimento, conceito, deve ter caído em desuso. Aquela época a orientação para estima, respeito e a convivência geravam o sentimento de igualdade. Hoje, muitos têm comportamentos estranhos, demonstram gostar mesmo é de falar com máquinas, são seus adoradores, dominados por elas. São mais valorizadas que pessoas. Os parentes, irmãos e irmãs, sobrinhos e sobrinhas que me adotaram por este mundo sopesam-me mais que eles, quando deixam de lado a vida real para se concentrar no mundo virtual, uma dependência tão crônica quanto à de substâncias como álcool e cocaína. Este desprendimento ao mundo real é o perigo da dependência, que pode fazer com que a pessoa viva baseada na irrealidade. A possibilidade de interagir com todos ao mesmo tempo e até com pessoas de outros países fomenta a fantasia do cyber viciado. O contato com o outro foi substituído pela máquina. O vício pode levar não somente a problemas de comportamento e de relacionamento como também a alterações cerebrais. Pode haver risco de demência precoce e perda de memória. São muitos que os que estão sendo bombardeados com condicionamentos mentais e lavagens cerebrais através da mídia de entretenimento. “Os cientistas de computador comparam a internet com se a Terra crescesse como um cérebro global. Como usuários, representamos os neurônios; nossos e-mails, mensagens instantâneas e blogs agem como sinapses; e as ondas eletromagnéticas através do céu se tornaram as vias neurais. Como sementes germinantes, essa maravilha tecnológica continua a evoluir e, como muitos prevêem, só irá parar quando alcançar consciência humana.” Sou favorável a tecnologia, pois ela é muito útil para os homens, desde que seja ponderada sem menosprezar sentimentos.

PASSADO - muitos trens

A minha vida na infância foi muito ligada ao mundo natural: comida natural, tratamentos naturais, convivência natural com todos os seres vivos. Sinto vontade de escrever do jeito que eu falava quando era criança. Ainda bem mamãe que tô falano com alguém capaz de me entender nois vai lembrar aquele tempo que quando esperava o trem na estação e ele se aproximava os pais diziam: pega os trem porque já vem a coisa. Tempo de lavar os trem, guardar os trem, limpar os trem... tudo era trem, até comer um trem. Eu tenho orgulho de ter nascido na barranca do Rio das Armas no Estado de Goiás onde o que mais me encanta são as pessoas com quem convivi, onde cresci. O comportamento da comunidade era o que se pode dizer: os cristãos tinham tudo em comum, distribuía seus bens com alegria. Quando uma família matava um porco, distribuirá entre as demais, quando alguém precisava fazer a colheita reuniam-se todos para fazer a colheita daquele que precisava, sem nada cobrar. Eram os mutirões, verdadeiras festas. Quando se produzia, por exemplo, muitas frutas todos eram convidados a colhê-las e levá-las para casa. Ali havia um jeito peculiar de falar, comidas típicas deliciosas, cultura tradicionalista e o jeito gentil e Cristão de todos. A comunidade era uma só família, um por todos e todos por um. Distâncias, pontos de vista diferentes jamais foram problemas. Unidade era o objetivo maior, todos podiam contar com todos. Fortes laços e união de todos. As diferenças que haviam de religião, raça, gênero, crendices, situação financeira existiam, mas eram superadas pela tolerância e senso do bem comum. Quando se abre o coração unidade e oportunidades são criadas. Coração aberto é uma mente aberta. Chegavam os libaneses que se espalharam pelas cidades do interior de Goiás fugindo da Guerra. Quando eram chamados de turcos eles retrucavam: Sírios Libaneses. Seus costumes eram bem diferentes dos nossos, mas eram respeitados, aprendíamos com eles. Conhecimentos das plantas e suas utilidades era respeitado e repassado. Hoje também vários problemas sérios estão ocorrendo em várias partes do mundo quando as pessoas se vêem obrigadas a fugir de seus países e procurar abrigo em outros. Será que um dia o mundo todo será unido? O desafio maior é aceitar todos e respeitar todo e qualquer tipo de diferença.

PODER

No trabalho as funções de chefia me deram muito poder um pouco mais dinheiro. No entanto o que me traz alegria e felicidade são as pessoas e o que sou. O sucesso e o poder podem depender do que se faz, mas o mais importante e o que se é. A gente tem poder porque tem o título porque tem um cargo e sua duração depende desse título desse cargo, mas a gente pode ter um poder que nunca desaparece, é o poder do seu ser interior, a fonte de toda conquista da vida tão cheia de possibilidades. Inexiste algo externo que controle o que sentimos no interior, coisas que podem fazer com que sintamos poderosos. Potencialidade é uma terra muito fértil depende de plantarmos a semente correta, O universo é abundante basta permitimos que ele circule em nossa vida e vai circular de qualquer forma. Posso doar bens, mas o mais importante é doar atos de valorizar, entender, apreciar o outro que são ações por mais sutis que sejam geram uma enorme força de transformação e conforto de forma simples e natural. Quero ser feliz ter saúde, amor, um significado para a vida. Quero paz que valem mais que poder.

PREVISÃO

Mamãe, sempre lhe vi como uma pessoa maravilhosa, inteligente, extremamente bondosa, calma, justa e honesta, possuidora de uma grande percepção extra-sensorial, mas será que foi “Morta por vinte anos de pensamento?". Durante o último ano, de sua vida, fui mais que antes, preparada para sua morte. Conte-me de novo o que ocorreu. “Tive um sonho quando tinha 19 anos. No sonho vi um ser translúcido, resplandecente e irradiante todo de branco, transmitia uma enorme beleza e sabedoria parecia ser detentor de tudo de bom que existe. Quando me aproximei extasiada, ele me olhou com ternura e perguntou: - O que você mais deseja saber na vida? - Quero saber quando vou morrer. - Daqui a vinte anos, com toda certeza. Ao acordar, tudo era tão real que me preparei durante vinte anos para a morte que aconteceu como você bem sabe.” Procurei te preparar porque é minha filha primogênita. Estude muito, ajude seus irmãos para que estudem também. Nunca pare de estudar por mais difícil que seja. Para ser mais coerente lhe dizia: “Estude sempre nem que chova canivete. E difícil viver como analfabeta!” Lembro-me bem... No início do ano de 1967, foi mais enfática em suas recomendações e orientações, e no dia 30 de janeiro, quando executava várias tarefas: fazia o jantar, a vassoura estava no meio da cozinha, o preparo de farinha de milho em andamento..., você caiu morta. Será que vinte anos de pensamento te matou??? Minhas previsões não são exatas, como aquela que revelou o dia de sua morte. Previ o defeito de fábrica de meu filho a cirurgia que faria. Às vezes duvido como os sonhos do número da Loteria Federal e os da Quina. Sonhei com porco e um garoto apareceu na sala onde eu trabalhava oferecendo o bilhete com o número representante dele. Eu queria somente uma fração, ele insistiu no bilhete completo, cheguei a pegar o dinheiro e desisti. Na segunda ele apareceu e eu já sabia que deu 1º. Prêmio. Sonhei com números que eram preços de roupas eram 24, 55, 99, 00 e ? (agora nem me lembro) e foram os números da Quina. Pedi para outra pessoa fazer o jogo e ele esqueceu quais seriam e só acertei três. Às vezes as previsões ocorrem como um enigma e eu fico angustiada, penso que se eu soubesse exatamente o que significa eu poderia mudar o rumo das coisas e evitar que algo desagradável aconteça. Já previ que pessoas vieram trazer uma notícia triste, sinto cheiros que significam. As premonições em sonhos são diferentes dos demais sonhos. Acredito no poder mental das pessoas, na certeza de que o que acreditamos, o que pensamos, o que pedimos, o que desejamos verdadeiramente acontece. Quando eu atendia doentes em Mozarlândia havia entre os remédios da farmácia, os homeopáticos e entre eles um que era um leve calmante. O remédio era pequenas bolinhas brancas com gosto de açúcar. Reuni alguns colegas e disse que precisavam deles para uma pesquisa, mas que era segredo absoluto. Aproveitando-se da curiosidade dos adolescentes disse a eles que sabia que todos tinham muita curiosidade de conhecer as drogas usadas pelos que eram dependentes. Mostrei-lhes as bolinhas e perguntei quem estava disposto a experimentar e todos disseram que estavam ansiosos para tal. Eu disse que iria observar as reações deles. Assim, distribuiu a cada um três bolinhas e pedi que as ingerisse. Dali alguns segundos os efeitos começaram a aparecer de acordo com a informação que cada um possuía: um disse estar ficando zonzo, outro que estava com a vista turva, outro com náuseas, outro com angustia, outro com alegria, alguém chorava, outro gritava, pulava, até que alguém começou a se despir. Achei que era hora de acabar com a brincadeira e comecei a contar a verdade. Que era uma pesquisa, que as bolinhas era um leve calmante homeopático e que eles me desculpasse. Eles entenderam e certamente se conscientizaram da minha capacidade de convencimento e que em que acreditarmos verdadeiramente ocorre. É necessário aprendermos a ouvir. Em nenhum momento eu disse que as bolinhas eram drogas eles apenas relacionaram o que eu disse com o que eu fiz em seguida sem análise, sem buscar o conhecimento da verdade. Minha primeira gestação ocorreu um aborto espontâneo, na segunda nasceu um bebê grande e lindo. Porém os sonhos começaram a revelar-me que havia algo de estranho. Ao voltar para casa no terceiro dia após o nascimento dele sonhei que eu passava com ele por uma porta e sua cabecinha bateu no portão fazendo um pequeno corte do lado direito. Acordei gritando desesperada impressionada com a realidade do sonho. Naquela noite sonhei que estava na casa de meu avô e ao servir a comida me deparei com um pequeno crânio dentro do caldeirão. Fiquei muito angustiada ainda sem saber o que significava o sonho. Comecei a observar com mais detalhe a cabecinha de meu filho sua moleira expandia e ele era diferente quando dormia sem acordar com grandes barulhos. No sétimo dia de vida o levei ao médico e ele me disse que havia algo muito sério com a cabeça de meu filho. Angustiada, comecei um conjunto de terríveis experiências culminando com o diagnóstico de hidrocefalia e a cirurgia exatamente no local do corte em que sonhei. Tenho convicção de que nossos pensamentos crenças e emoções afetam a nossa saúde e o que ocorre conosco. A ciência está hoje explicando como isso ocorre, tudo começa na mente, emoções, vivências sensoriais, visão, audição, olfato, paladar e tato são janelas para a verdadeira farmácia de cura. São como raízes por onde entram os nutrientes para o vigor, beleza e a saúde. Quando mudamos a mente, a visão a crença sobre a vida mudamos tudo. Essa mudança mudam as células ajustando corretamente suas funções. Pensamentos saudáveis, química saudável. Pensamentos tóxicos, química tóxica. Isso vai muito além do nosso corpo atinge os corpos de quem desejamos quando se trata cura. São os milagres que são tão difundidos por organizações religiosas que convencem as pessoas para que elas sem saber usem o seu alto poder de cura, o mesmo poder que nos criou e nos mantém vivos pelas funções alimentação, digestão, respiração, circulação, reprodução, incluindo a formação e maturação das células reprodutivas e excreção dos dejetos. A venda de remédios segue o mesmo princípio do consumismo com uma gigantesca gama de propaganda. São milhares de pessoas tomando remédio contínuos muitos podem ser substituídos por uma alimentação saudável e prática de exercícios. Já ouvi de muitos idosos que gastam quase toda a sua aposentadoria comprando remédios. Isso porque o governo oferece uma gama de remédios gratuitos gastando milhões para manter as farmácias públicas. Muitos comerciais de remédios e pouca divulgação da forma de cura ou prevenção, por isso se chama remédio, para remediar e para enriquecer as empresas que os fabricam. Os fenômenos sobrenaturais convivem comigo sem me assustar: uma idosa viu um senhor trabalhando na construção da escola e ninguém estava lá, vi luzes no cemitério, tive intuições, avisos me foram transmitidos por sonhos, visualizei foco luminoso pairado no firmamento, sobre o carro que estávamos, presenciei coisas caindo como se tivesse sendo jogadas, crianças que me dizem ver luzes em minhas mãos, falam de tios, almas, no meu ambiente... Acredito que a luz pode ser visível, mesmo tempos depois. Como em Êxodo 4:2 - "Perguntou-lhe o Senhor: Que é isso que tens na mão? Devemos saber o que temos nas mãos para que sejamos instrumentos do bom e do bem.

PROFISSÃO

Adolescência,época que eu nem imaginava que eu seria a única pessoa que conheço nomeada professora aos 13 anos de idade. Se me lembro bem tudo transcorreu com naturalidade. Definiram a educação como um processo de formação integral e de aperfeiçoamento da pessoa em todos os seus níveis (corporal, psíquico e espiritual), que parte da sua riqueza pessoal e do seu legado cultural, que a ajuda a crescer em valores, em liberdade e em responsabilidade e que deve durar a vida toda. Preocupa-me as carências do sistema educativo atual, movido pela competitividade e pela despersonalização, ao invés de ações para que a educação forme pessoas integrais e comprometidas com o bem comum, com a fraternidade e com a paz, a partir da esperança e da confiança mútua entre as pessoas. A escola deve trabalhar também a transcendência que é diferente de religião é o raciocínio e questionamento para o despertar interior, ultrapassando, transpondo conscientemente para a libertação da consciência, buscando aprender com os erros, respeitando e valorizando a todos e a tudo, vivendo intensamente em paz e união o agora. É necessário descobrir uma melhor forma de ajudar o indivíduo a tornar-se capaz, genial e feliz. Podemos afirmar que a aprendizagem deve ser significativa e ocorre conectando o que já se sabe com novos conhecimentos já gravados em nosso cérebro, e o prazer de aprender é o melhor caminho para despertar a eterna busca do conhecimento. Para exercer bem uma profissão é preciso gostar. Eu gosto imensamente de ser educadora e sei que o ato de Educar perdura pela eternidade. Nossa missão é orientar o descobrir. Professor planta idéias orienta na construção do conhecimento, comunica conhecimento, está sempre se apresentando, enfrenta desafios e conquista amores impossíveis. Educar é oferecer oportunidade para que o estudante aprenda de forma prazerosa e significativa o que só se consegue com afeto. Na escola que era minha falam que o tempo de passar a mão acabou, o meu tempo acabou. Isso para mim é elogio se eles me provarem que exista algum cientista da educação, alguma teoria de educação que prove que pelo medo que deu certo, que formaram estudantes felizes, ao invés de subjugados para o bem dos poderosos, posso repensar. É preciso motivação e para motivar só com afeto. Democratizar ao invés de policiamento para formar pessoas de qualidade técnica, solidária, responsável, criativa, capaz de se comunicar expressando interpretando adequadamente. Aprender sem ameaça sem castigo, sem experiências assustadoras. Criança adquire seu potencial para o aprendizado pela exploração orientado com segurança e amorosidade. O desenvolvimento do cérebro tanto influenciado pela genética como pelo ambiente pela experiência. Crianças foram feitas para aprender é a melhor máquina de aprender que conheço. Entram na pré-escola curiosa, ansiosa para aprender e interagir socialmente. Para descobrir, para explorar. Eu me encanto. É necessário proporcionar brincadeiras, processos simbólicos, vivenciando a importância do relacionamento com a natureza e com o mundo tridimensional que para eles é encantador e mágico. Os movimentos o cheiros, os sons, textura do mundo real é primordial para aprender e construir saberes. Necessitam interação social com os colegas e orientação divertindo com elas. E quando brincam estão comprovando experiência para entender o mundo. Crianças se desenvolvem brincando, jogando para descobrir como entrar no mundo superando os próprios limites. É muito importante incentivá-las para que descubram, Inventem com as coisas que tem ao redor e jamais poderá ser sentida numa tela. Quais atitudes permitem criatividade no futuro, Inovação na solução de problemas? Assumindo riscos e com gente de verdade com sentimento, emoções boas intenções, ao invés de apenas sacos de peles cheias de músculos gorduras e ossos. Fico muito triste ao ver escolas reduzindo a capacidade criativa das crianças dizendo a elas como pensar e agir ao invés de oferecer contextos interessantes para descobrirem. A vida é uma só sem chance de repetir. Quando a gente está doente ou quando a gente envelhece e olha para sua vida a única coisa que importa é que você passou a vida fazendo o que ama. Passei a vida aprendendo, cuidando e orientando para construção do conhecimento e procurando o saber. Saltei contornei ou demoli os obstáculos seguindo sempre em frente. Infelizmente, muitos adultos, país, educadores, amordaçam e torturam dizendo que estão educando. Crianças com elevada auto-estima tem tendência a se arriscar mais para aprender coisas novas.

REAPROVEITAMENTO

Reaproveitar é um conceito que não se aplica somente a coisas, mas a idéias e atos. É um dever do qual depende o bem estar de todos e a própria sobrevivência da humanidade. Vim para a floresta de concreto, mas continuou sendo filha da natureza. Reduzir o uso de descartáveis e reaproveitar são atitudes de suma importância para deter a poluição e consequente destruição da Terra. Até mesmo sem pensar, desbotou, soltou o botão, descosturou, está rachado, molhou, sujou, sobrou, está murcho, o parafuso afrouxou, arrebentou, trincou, manchou... o destino é o lixo. Parece que a idéia de jogar fora e comprar outro domina a mente das pessoas. Mas onde é o fora? A Terra é a minha casa eu estou apenas sendo extremamente egoísta tirando de perto de mim, mas estou prejudicando toda a humanidade com o aumento cada vez maior de lixo no mundo. A propaganda infiltra na cultura, estampa para todos os lados que olharmos: nas ruas, nas praças, nos meios de transporte, nos prédios. Acaba convencendo as pessoas que elas precisam daquilo. Estimulam, impressionam, fazem barulho, repetem, polui e atrai as pessoas deixando-as alienadas pelo consumismo compulsório. Aumentam o desejo de serem sexy, glamorosas, de demonstrar melhor status confundindo do que realmente necessitam, o que é importante. Adquirem tudo sem pensar qual o propósito, sem perguntar se traz alegria, se acrescentam algum valor a vida. Acredito que quem vive com menos vive mais livre. Menos coisas menos estresse. Temos centenas de coisas a mais do que tínhamos um século passado quando vivíamos na simplicidade e sustentabilidade. Hoje, por mais que se fale na degradação de nosso habitat as atitudes são incoerentes com as palavras. Coisas passam a ser mais importante que pessoas.

RESPONSABILIDADE

É preciso entender que as pessoas adultas são independentes e auto-suficientes, portanto atores de suas decisões e, se forem incorretas, se causarem sofrimento por culpa e carecerem de ajuda a decisão e iniciativa deve partir deles. Na vida coisas simples e muitas vezes consideradas banais como um sorriso um abraço ouvir um cumprimento um voto de confiança um elogio um incentivo uma manifestação do desejo de que o outro progrida tornam-se tão importantes podem marcar para sempre muitas vidas e mostram que o enorme potencial humano necessita de pouco de encorajamento para se manifestar Analisando a sociedade atual, parece que a maioria está mergulhada em vícios, noticiam prostituição infantil, desprezo pela vida alheia, Liquidação de seres indefesos antes de nascer, guerras, drogas injustiças sociais, indaga-se é possível ser santo hoje? Vale a pena reagir? É possível dar injeção de otimismo para as pessoas? O sofrimento físico; entre as patologias mais frequentes nos dias de hoje conta-se uma que tem a ver precisamente com o que excede os limites normais; o sublime, transcendente: é um sofrimento carente de amor. A patologia da tristeza. Quando se experimenta a decepção ou a traição nas relações importantes, então descobrimo-nos vulneráveis, fracos e sem defesas. Consequentemente torna-se muito forte a tentação de se fechar em si mesmo e corre-se o risco de perder a ocasião da vida: Amar apesar de tudo.

SOFRIMENTO

Fico a pensar no sofrimento da mãe de Jesus, quando ele foi crucificado e morto. É inimaginável o que sentiu ao ver Jesus preso, açoitado, coroado de espinhos, humilhado, esbofeteado, crucificado e morto e, até depois de ter expirado teve o peito transpassado. É fácil Imaginar quanto ao sofrimento também das mães dos doze apóstolos que ficaram apavorados, desesperançados e sem rumo, Imaginemos em especial a mãe de Judas Iscariotes, o discípulo e traidor de Jesus. Além de ficar sem entender a traição do filho a Jesus, Judas mata-se. Judas morre sofrendo pela culpa da morte de Cristo, mas também é culpado e da sua própria morte, comete dois crimes. Se sua mãe estava viva seu sofrimento foi insonhável. Certamente todos os julgavam como o mais vil dos seres humanos um homem escolhido por Jesus, preparado por Jesus para participar da missão, que com Ele conviveu e cair num abismo tão profundo. Mães se sentem culpadas por tudo que faz o filho, o coração da mãe de Judas deve ter se despedaçado. E quantas mães, desde a mãe de Caim e Abel, continuam sofrendo por seus filhos Cristos ou Judas, filhos presos, filhos doentes, filhos que morrem, filhos assassinados ou que suicidam, filhos desaparecidos. Atos de filhos, sofrimento de mães. Sofrimentos de dor e perda. Mães que se reúnem que mostram a foto dos filhos, que estampam nas camisetas seus rebentos vítimas de agressividade e violência, de selvageria até. Fotos de alguém tão próximo, tão querido que se transformou em marca de dor e sofrimento. E os desaparecidos... São tantos... Quantas mães, na calada da noite, choram e rezam pelos filhos que simplesmente se transformaram em lembrança... Sem notícias, sem saber o que aconteceu. Elas jamais perdem a esperança. Quantas mães após passar a angústia maior, logo após o ocorrido, vestem a camisa, transformam a amargura e usam a imagem do filho que se foi, a transformam em símbolo de causa e lutam para evitar que outras mães passem pelo que passaram ou se põem em auxílio das que passam pelo mesmo infortúnio. Iniciam um trabalho sócio-educativo, reivindicam mudança na legislação, apóiam mães sofredoras. E filhos que adoecem e morrem prematuramente... As dores de muitas mães as transformam em Simão de Cirene, passam a ajudar outras pessoas sofredoras. Tornam-se portadoras de misericórdia, ternura e amor a todos os que sofrem. Muitas morrem chorando pelos filhos que estão deixando, especialmente a que tem filhos pequenos, sofre com medo de deixá-los, angustiadas com o que lhes possa acontecer. E as mães de portadores de dificuldades: cegos, surdos, com deficiência mental? Quanto cuidado, quanta ternura... Morrem preocupadas com os filhos, sofrem pelos filhos que ficarão sem ela. Mãe se culpa se o filho faz algo que abomina, se desvia do bom caminho, se comete crimes... Mãe jamais “leva a fama” se os filhos ou filhas são bons, se praticam o bem, se são santos... Elas sempre dizem que são assim pelos próprios méritos. Por mais que se alegrem com os filhos doutores e doutoras, profissionais de sucesso, amados por todos por serem o que são, elas sempre acham que fez pouco que nada lhe é devido... Apenas partem tranqüilas. De mães doentes é que podemos dizer: sabem tornar o sofrimento redentor e fecundo, e isto se desdobra a todos os tipos de dor que se podem deparar nos seres humanos; e não somente a dor corporal, mas também a dor psíquica, social, incorpórea e moral. Ninguém mais que um filho sofre com o sofrimento, com a dor de sua mãe. Parece um mistério insondável essa ligação que existe entre mãe e filho entre filho e mãe. Em seu livro O Despertar da Intuição, James Van Praagh escreveu: “Geralmente as escolhas mais difíceis envolvem o sofrimento de alguém. Abandonar um relacionamento que nos prejudica, demitir um funcionário incompetente e dizer uma verdade desagradável, mas necessária, a um amigo são escolhas que podem causar um mal-estar imediato. Entretanto, em longo prazo, essa escolha pode ser uma grande força libertadora para a pessoa que sofreu suas conseqüências. Sua decisão pode estimular alguém a reexaminar a própria vida ou ajudar uma pessoa a compreender os padrões viciados de comportamento que a levam a ser rejeitada. Sua escolha de abandonar alguém pode representar para essa pessoa uma oportunidade verdadeira de cura e mudança. Muitas vezes sofre-se muito para colocar em ação um processo capaz de promover uma transformação essencial.” E, Kathleen A. Brehony, no Livro: Despertando na Meia-Idade “... a vida de cada ser humano é uma jornada preenchida por sofrimento e dor, mas que dela um ser mais sábio, mais desperto poderá emergir. Camus escreveu: 'Nas profundezas do inverno, finalmente aprendi que dentro de mim jaz um invencível verão'. As curas feitas por Jesus foram gestos concretos de afeição e bondosa atenção para com todos aqueles que têm o coração estilhaçado e o corpo machucado. Quando se presencia outros sofrerem é difícil encontrar palavras. Muitas vezes o silêncio, a oração, um sorriso, um gesto de conforto e ternura podem ser as melhores opções. Quando alguém ajuda outro alguém nem pode imaginar quão grande pode ser o ato que pratica. É mais fácil do que as pessoas imaginam influenciar os outros, No entanto, quanto mais a pessoa estiver sofrendo quanto mais estiver triste, ou se chegar a ficar deprimido, mais precisamos compreender sua dificuldade e mais responsabilidade temos com o que dissermos. Aí precisamos encontrar o motor que impele a todos a lutar contra todas as doenças e buscar a saúde até o último momento. Na vida, coisas simples e muitas vezes consideradas banais como um sorriso, um abraço, ouvir, um cumprimento, um voto de confiança, um elogio, um incentivo, uma manifestação do desejo de que o outro progrida, tornam-se muito importantes, podem marcar para sempre muitas vidas e mostram que o enorme potencial humano, necessita de pouco, de encorajamento, para se manifestar. A dor é inevitável o sofrimento é opcional. Quantas vezes eu queria tanto, retirar o que eu disse desfazer o que fiz. Acho que todo mundo é assim. Existem providencias que podemos tomar, mas o que está dito e feito já fez efeitos nodosos como um estigma, uma tatuagem, gravado na mente de quem foi atingido. É muito difícil separar as coisas, consertar as coisas, encarar o que pode dar errado, fazer dar certo dar certo. A vida é curta, a vida é um cair e levantar, desconstruir e reconstruir. Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. E como são diferentes os rostos com que se apresentam estas experiências, tão típica e dramaticamente humanas! Mas sempre nos colocam, de forma mais aguda e premente, a questão do sentido da vida. Perante isso, no nosso íntimo, pode algumas vezes sobrevir uma atitude cínica, como se fosse possível resolver tudo suportando ou contando apenas com as próprias forças; outras vezes, pelo contrário, coloca-se toda a confiança nas descobertas da ciência, pensando que certamente deverá haver, nalgum lugar da terra, um remédio capaz de curar tudo. A vida é cheia de opostos. Ainda bem que temos o presente do agora, podemos viver o agora sem repetir os desacertos. Podemos ganhar experiência, aprender com os deslizes, escolher o futuro.

SONHO

Como me sugeriu mamãe foi adiado. Minha jornada para viver meu sonho foi iniciada aos 15 anos e durou 3 anos quando o interrompi para estudar e “de lambuja” cumprir minha promessa que imaginava durar no máximo 13 anos. No entanto, somente aos 55 anos decidi vivê-lo intensamente. Uma casa container ainda em instalação, a Associação JACOMINESP, a curiosidade das crianças que foram se aproximando devagarzinho, perguntando, admirando, aos poucos foram elegendo o local como ponto de apoio, criando confiança, acreditando, buscando obter ajuda para os seus questionamentos, seus problemas, suas dificuldades elegendo o local como de criação, de invenção, que instiga a curiosidade e estimula a criatividade. O que significa sair de casa aos 15 anos, busca da liberdade? Eu já era professora e me sentia completamente livre. Fui em busca de formar um grupo para praticar ações especialmente educacionais, formal ou informal para melhorar o mundo. Além da Madre éramos 8 adolescentes em menos de um ano. Fui a única que ali permaneci, mas senti que a minha liberdade era tolhida. Nem mesmo podia demonstrar meus sentimentos, como por exemplo, alegria pela visita de um familiar. Foi aí que conversei com o Prelado e expliquei que queria algo mais aberto, mais livre, mais moderno, e ele me transferiu para outro grupo de missionárias que como eu queria liberdade e fugiram da submissão denominada obediência. Porém, necessitava ir para um local onde pudesse estudar bem comum, sentia a necessidade de dar suporte aos meus irmãos que também precisavam estudar. A jovem capital do Brasil foi o local escolhido e foi uma ótima decisão onde foi possível além de atender o seu pedido fazer o que eu realmente queria. Embora Liberdade a felicidade sejam estados mentais são demonstrados por meio de atividades e ocorrências condizentes. Eu sempre fui uma indisciplinada, mas motivada, coerente e persistente. Sou uma viciada em enfrentar desafios. Sempre acreditei na força e determinação por um propósito, um objetivo definido. Minha mente e minhas emoções estavam muito além do tipo de vida que eu levava naquele momento e época. Registrei-me como autônoma e comecei a trabalhar como diarista costureira. Enfrentei preconceito como uma adolescente que me disse: Eu quero fazer o Curso Normal para ser professora, mas jamais ser sua aluna, quando soube que eu estava me habilitando para Professora de Matérias Pedagógicas no Segundo Grau. Como disse Mandela: Ser livre é aprender a viver de forma a promover e respeitar a liberdade dos outros. Acho que sou enigmática e rebelde. Tenho disposição para me arriscar, para concretizar meu sonho. Sou teimosa, mas sou focada. Abraham Lincoln disse quem nega a liberdade aos outros não merece ter a sua própria. Um dia os direitos serão iguais para todos.

Terapia

Terapia é o nome dado a um conjunto de práticas relacionado com o que ocorre no âmbito mental e comportamental de uma pessoa, que objetivam a harmonia, a saúde. Visam à erradicação ou diminuição do sofrimento e da má interpretação do que ocorrem na vida: pessoal, emocional, profissional e nos relacionamentos. A terapia proporciona o autoconhecimento, através do mergulho em si mesmo, conhecer-se profundamente proporciona uma melhor auto-aceitação resultando em mais felicidade e serenidade para superar os desafios que a vida nos apresenta. A terapia também proporciona condições de focar questões como: "quem eu sou realmente?", "o que espero da vida?", "por que ajo de tal forma?", "qual é o futuro que meus atos e decisões estão construindo?", "sou realmente feliz e satisfeito?", "estou evoluindo como pessoa dia a dia?", "minha presença enriquece a experiência de vida das pessoas próximas a mim?".

TRABALHO

O trabalho é oportunidade e meio para desenvolver as próprias capacidades e crescer nas virtudes. Cabem aos pais, responsáveis, educadores, ajudar seus filhos a descobrirem a própria vocação "de vida", em paralelo com a descoberta da vocação para viverem uma vida plena e libertadora. Em casa se aprende a levar adiante as tarefas, fazendo-as bem, com responsabilidade, colaborando para o bom ambiente comum de vida onde é essencial haver colaboraçãom, uma forma de pensar ver e realizar que se transfere na concepção da profissão importante na construção de uma identidade adulta.

UNIÃO

Para viver precisamos de alimentos água e oxigênio, mas também precisamos uns dos outros, precisamos continuar humanos até mesmo quando parece que estamos fechados quando bloqueamos as nossas próprias sensações. Quantas vezes nos encontramos no meio de uma tempestade, olhamos para todos os lados sentimos sozinhos, a coisa está tão feia que parece que não vamos agüentar, parece que vamos sucumbir. Procuramos ajuda dentro de nós mesmos, mas nesses momentos precisamos dos outros para alavancar a auto-estima, nos orientar, nos proporcionar nos ajudar a descobrir força para sermos capazes de superar seja lá o que for. Quando estamos traumatizados algumas pessoas dizem que é coisa da nossa cabeça o que nada ajuda, fujamos delas. Existem pessoas capazes de nos cuidar e proteger.