As questões qualidade e
participação, no âmbito educacional, merecem muito cuidado, cujas concepções
podem diferir ou possuir nuances importantes. A qualidade deve ser crítico
transformador, que busque humanizar o educando, que ajude o educando a se
conhecer, que este compreenda e se integre na sociedade, que crie utopias no
sentido filosófico, do ideal que queremos de seres solidários, com direitos,
justiça e liberdade e com questionamentos.
Como tornar a escola
significativa? Como selecionar o que vale a pena em cada componente curricular?
O que queremos em relação a sociedade?
A avaliação exige, também,
posicionamentos. As práticas pedagógicas devem ser coerentes em relação ao que
queremos. Na concepção tradicional o estudante é objeto, na atual é o sujeito
participativo.
A avaliação é um centro de forças
cujo processo, possui interfaces significativas tais como:
§ Relação entre família/escola. Os
pais/responsáveis devem ter na escola um centro irradiador e criador de
cultura. A importância de sua participação é inquestionável. Que as decisões
sejam conjuntas, que o currículo seja participativo.
§ Necessidade de contrato pedagógico
com o aluno. Os educandos são sujeitos do processo ensino/aprendizagem,
consequentemente, o são da avaliação.
§ Importância de todo o conjunto da
escola e da política da instituição. Como é a escola organizada, no todo? Qual
o nível de participação? Há diálogo? A construção só se faz bem, se for feita
coletivamente, com diferentes agentes. Como é o planejamento, organização das
aulas, programação. Ë significativo? É flexível? Qual a validade para a vida?
A
avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que busca orientar a ação
pedagógica. Ocorre, continuamente, interpretando a qualidade e quantidade do
conhecimento construído pelo estudante.
A
avaliação para o professor possibilita uma reflexão sobre sua prática
educacional oferecendo-lhe subsídios para rever e, se for o caso, criar novos
instrumentos. Para o estudante, é conscientizadora de suas conquistas e
dificuldades. Para a escola possibilita definir prioridades e apoio onde houver
maior necessidade.
Assim,
a avaliação, permitindo ajustes constantes no processo de ensino e
aprendizagem, contribui para o sucesso da tarefa educativa e deve ser
necessariamente, incluída em todo o decorrer do processo, desde a avaliação
inicial, investigativa, ou sempre que se propuser novos conteúdos, para efetivação
do planejamento, avaliação contínua ao longo do processo e ao final de uma
etapa de trabalho.
O
caráter de terminalidade e de medição, do que foi aprendido pelo aluno, dará
lugar à avaliação que servirá de indicação para reorientação da prática educacional.
Para
tanto, deverá ser utilizado instrumento que permita a observação sistemática, a
análise das variadas produções dos alunos além das atividades específicas para
avaliação.
Acompanhar
e avaliar passo a passo, a aprendizagem detectando na origem, os problemas,
usar técnicas didáticas variadas, adequadas e inovadoras, empregar
procedimentos educacionais de efetividade comprovada, como por exemplo, alunos
monitores, mestres presentes, ambiente adequado.