sábado, 31 de outubro de 2020

QUALIDADE E PARTICIPAÇÃO, NO ÂMBITO EDUCACIONAL

As questões qualidade e participação, no âmbito educacional, merecem muito cuidado, cujas concepções podem diferir ou possuir nuances importantes. A qualidade deve ser crítico transformador, que busque humanizar o educando, que ajude o educando a se conhecer, que este compreenda e se integre na sociedade, que crie utopias no sentido filosófico, do ideal que queremos de seres solidários, com direitos, justiça e liberdade e com questionamentos.

Como tornar a escola significativa? Como selecionar o que vale a pena em cada componente curricular? O que queremos em relação a sociedade?

A avaliação exige, também, posicionamentos. As práticas pedagógicas devem ser coerentes em relação ao que queremos. Na concepção tradicional o estudante é objeto, na atual é o sujeito participativo.

A avaliação é um centro de forças cujo processo, possui interfaces significativas tais como:

§  Relação entre família/escola. Os pais/responsáveis devem ter na escola um centro irradiador e criador de cultura. A importância de sua participação é inquestionável. Que as decisões sejam conjuntas, que o currículo seja participativo.

§  Necessidade de contrato pedagógico com o aluno. Os educandos são sujeitos do processo ensino/aprendizagem, consequentemente, o são da avaliação.

§  Importância de todo o conjunto da escola e da política da instituição. Como é a escola organizada, no todo? Qual o nível de participação? Há diálogo? A construção só se faz bem, se for feita coletivamente, com diferentes agentes. Como é o planejamento, organização das aulas, programação. Ë significativo? É flexível? Qual a validade para a vida?

A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que busca orientar a ação pedagógica. Ocorre, continuamente, interpretando a qualidade e quantidade do conhecimento construído pelo estudante.

A avaliação para o professor possibilita uma reflexão sobre sua prática educacional oferecendo-lhe subsídios para rever e, se for o caso, criar novos instrumentos. Para o estudante, é conscientizadora de suas conquistas e dificuldades. Para a escola possibilita definir prioridades e apoio onde houver maior necessidade.

Assim, a avaliação, permitindo ajustes constantes no processo de ensino e aprendizagem, contribui para o sucesso da tarefa educativa e deve ser necessariamente, incluída em todo o decorrer do processo, desde a avaliação inicial, investigativa, ou sempre que se propuser novos conteúdos, para efetivação do planejamento, avaliação contínua ao longo do processo e ao final de uma etapa de trabalho.

O caráter de terminalidade e de medição, do que foi aprendido pelo aluno, dará lugar à avaliação que servirá de indicação para reorientação da prática educacional.

Para tanto, deverá ser utilizado instrumento que permita a observação sistemática, a análise das variadas produções dos alunos além das atividades específicas para avaliação.

Acompanhar e avaliar passo a passo, a aprendizagem detectando na origem, os problemas, usar técnicas didáticas variadas, adequadas e inovadoras, empregar procedimentos educacionais de efetividade comprovada, como por exemplo, alunos monitores, mestres presentes, ambiente adequado.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

AVALIAÇÃO ESCOLAR

A avaliação deve corresponder aos objetivos propostos e é um processo contínuo que deverá ser realizada no decorrer das atividades. Tanto os educandos como também o educador e a administração devem ser avaliados. 

Alguns componentes para  o educador avaliar:

Observações em sala de aula;

Avaliações feitas pelos educandos;

 Auto avaliação do educador.

Os resultados das avaliações devem ser de conhecimento de todos os envolvidos visando a adequação cada vez maior às reais necessidades, pois sugestões e críticas servem para que seja aperfeiçoado cada vez mais o processo educativo.

Devemos pensar e perguntarmos além do como avaliar, O porquê avaliar? Para que avaliar? O que é avaliar? Qual a avaliação que interessa? Antes de tudo a avaliação deve estar aliada ao currículo e ter uma perspectiva crítica e criadora. Numa experiência de avaliação, que sentimentos são a ela associados? São confortáveis, geram prazer, bem-estar, conforto ou desagradáveis, gera desconforto, medo, fracasso?

Quase sempre a avaliação é associada à ameaça e a sentimentos desagradáveis como tristeza, vergonha, culpa. Por que a avaliação traz este sentimento? Por que traz uma marca ameaçadora, fazendo com que as pessoas a rejeitem? Provavelmente, tal ocorre pelo mau uso que sempre se fez da avaliação, pelas situações dela advindas. Como avaliar minimizando estas situações? Como fazê-la de forma a não ser controladora, ameaçadora? Qual o outro caminho? Qual a educação mais democrática, mais justa e solidária? Quais as outras práticas? Como lidar com os sentimentos advindos da avaliação?

Todos conhecemos situações de avaliação, temos com ela familiaridade. Os pais ou responsáveis, mesmo que não saibam nada da escola, sabem que há um sistema de avaliação. Este sentimento de familiaridade pode facilitar a análise, a pesquisa a reflexão, ou, pode até dificultá-la. O educador pode imaginar que já possui uma larga experiência no tema sem necessidade de análise ou discussão.

A ideia mais antiga da avaliação é a avaliação da aprendizagem cognitiva. Assim, a grande maioria, associa o conceito de avaliação a esta ideia. Este aspecto é o mais comentado e o mais divulgado. No entanto há outros aspectos, tão necessários, outras dimensões tão importantes a serem consideradas na escola como avaliação de currículo, de programas, de instituições, de desempenho profissional e de estruturas.

Todos os aspectos da avaliação possuem um elemento básico: o de que a avaliação envolve um julgamento de valor, de mérito. Valeu ou em nada contribuiu? Serviu ou foi inútil? Quase sempre, a avaliação esta baseada em critérios pessoais, incluindo critérios teóricos de julgamento, de sentimento. Na avaliação se inclui ainda, por influenciar no resultado, clima, local, espaço, materiais. Avaliando estaremos emitindo julgamento para que se busque e se façam ações de melhorias.

Muitas vezes, avaliação e prova, são tomados como sinônimos. No entanto, a pedagogia do ensino/aprendizagem, difere da pedagogia da prova, a qual acaba tomando o espaço do ensino, da investigação, da pesquisa, da criatividade. Os alunos estudam, sem ver em si, o valor do conhecimento, estudam para a prova. O estudante vai para a escola para ter nota na prova, passar de ano, ao invés de ir para conhecer, para aprender.

A avaliação é para que o estudante tome decisões, como se fossem produtos. Como se fosse uma máquina e estivesse executando as atividades para a qual foi criada. Como se educando fizesse o que queremos com um comando. Como se a educação fosse um modelo empresarial, sem verificar outros focos, outras vertentes.

Queremos enfatizar a importância dos instrumentos, dos procedimentos, da sistemática, das técnicas e da dimensão política, pois a avaliação deve ser vista além da avaliação da aprendizagem, outras dimensões que devem ser analisadas, mas, Qual a direção? Qual a proposta? O que se pretende? Para que avaliar? Que escola queremos?

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

COMO ESTIMULAR AS INTELIGÊNCIAS

 

Baseado nas sugestões de Celso Antunes, a seguir são apresentados alguns procedimentos para estimular as inteligências:

Fala e escrita – expressão e comunicação

L

I

N

G

U

Í

S

T

I

C

A

 

O

U

 

V

E

R

B

A

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Empréstimo de livros incentivando a falar sobre o que leu, para despertar o gosto pela leitura.

Redação, ou produção coletiva de texto, dirigida, a  partir de um tema, de uma música, de um filme, de um acontecimento no dia.

Cada um escrever a estória da sua vida.

Escrever sobre o que mais gosta de fazer, de comer, de vestir.

Oportunizar e explorar a leitura incidental (rótulos, propagandas, embalagens em folhetos, revistas e jornais).

Estimular o uso do dicionário.

Construir dicionário com palavras novas ou palavras de interesse da turma ou do assunto trabalhado.

Envolver o máximo de crianças na confecção de um jornal.

Estimular a exposição de pesquisas em murais.

Estimular a participação nas aulas.

Propor técnicas/dinâmicas ludopedagógicas em grupo, valorizando e estimulando a participação de todos.

Incentivo aos mais tímidos a participarem das conversas e discussões.

Leitura em voz alta individual ou em grupo.

Oportunizar que o educando fale, critique, desabafe – usando o lado esquerdo para estimular o lado direito.

Usar técnicas relaxadoras antes de atividades estressantes como provas e testes.

Montar jograis.

Simbologia - números naturais – comunicação matemática

L Ó

GI

CO

 

MA

TE

TI

CA

Brincadeiras com jogos de montar e desmontar, quebra-cabeças.

Utilizar-se de jogos para trabalhar a matemática de forma lúdica, interessante e atraente.

Utilizar-se nas atividades metro, balança, calendários, relógios, massinhas, tampinhas, pedrinhas, pauzinhos.

Extração de elementos do som combinando-os como forma de linguagem

S

O

N

O

R

A

Valer-se da música para relaxamento, temas para produção de textos, comemorações, recreios, início e encerramento do dia, fazer letras de músicas.

Confeccionar e utiliza-se de bandinha de sucatas.

Percepção dos objetos fora do plano material de forma tridimensional – espacialidade e criatividade

E

S

P

A

C

I

A

L

Construção de maquetes, cartazes, murais.

Desenho livre ou orientado para um tema, no caderno, nos quadros, no piso.

Desenho usando moldes ou modelos como o corpo, o rosto do colega ou outros objetos.

Recortar, montar, colar, moldar massinhas, argila, fazer dobraduras.

Pular, correr, saltar, montar, desmontar, classificar...

Fazer exercícios frente ao espelho.

Movimento - trabalho corporal – linguagem do tato

 

CI

NES

SI

CA

 

COR

PO

RAL

Massagens nos colegas.

Jogos orientados – queimada, pique-pega, peteca...

Danças, ginásticas rítmicas.

Montar peças teatrais.

Desfiles sugestivos.

Pantominas

Karaokê – shows     

Teatro de sombra com mãos, pés, corpo.

Autoconhecimento – individualidade, autoestima.

I

N

T

R

A

P

E

S

S

O

A

L

Promover relaxamentos.

Contar piadas.

Valorizar todas as atividades dos educandos.

Conversar sobre a vida em família de cada um.

Cumprir as promessas feitas.

Criar uma atmosfera agradável nos grupos.

Incentivar as opções, escolhas, decisões, iniciativas, valorizando-as.

Permitir a crítica.

Incentivar a responsabilidade.

Estimular a participação.

Propor para produção de textos ou redações assuntos importantes na formação do caráter.

Pinturas – telas, álbuns.

Capacidade de gerar empatia e compreender as pessoas.

I

N

T

E

R

P

E

S

S

O

A

L

Incentivar a participação nas atividades diárias como educando coordenador ou responsável, que respeite o outro...

Incentivar o diálogo e a participação dos mais tímidos

Ouvir e tentar ajudar a resolver os problemas individuais ou familiares.

Formar bandas, organizar peças teatrais, jograis e estimular jogos grupais.

Estabelecer regras grupais e individuais conforme as atividades.

Propor sempre assuntos de bons valores, da ética, da moral... em redações ou produção de textos.

Orientar jogos grupais, competições.

Promover confraternizações com indicativo de atitudes e participação do grupo no decorrer do evento.

Biológica ou ecológica – sensibilidade que a natureza desperta – vida natural

NA

TU

RA

LIS

TA

 

E

CO

GI

CA

Programar e levar a efeito projetos como hortas, jardins, criação de animais.

Confeccionar livrinhos sobre o ar, a água, o fogo, a terra, as plantas, os animais... sua importância e cuidados.

Visitar locais com natureza ecossistemas diversos como mata, cerrado, jardins, pomares, hortas...

Visitar fábricas, usinas de lixo...

Construir maquetes

Elaborar pesquisas, murais, informativos.

Promover teatros – conscientização.

Oficina de reciclagem – exposições.

SER AMIGO É ACEITAR E COMPREENDER O OUTRO -

17-09 – DIA DA COMPREENSÃO MUNDIAL Qual será o segredo para uma convivência, um relacionamento feliz, bem-sucedido e duradouro? Sem dúvida ...