A MASSA AMORFA NA COMUNICAÇÃO
As pessoas excluídas do direito de dizer vão
formando uma grande massa de “recebedores” de mensagens que permanece inativa. Embora
elaborem as suas próprias mensagens, sem chances de as emitir através dos meios
públicos de comunicação. Há resistências, criação de pequenos meios
alternativos de comunicação, mas com pouco poder para fazer valer um modelo
comunicacional novo, na sociedade. A massa não tem identidade definida, não tem
coração, não ama e nem é amada. Para os que detêm os meios, é uma junção de
indivíduos que pode ser moldada e persuadida ao consumo de informações e bens
virtuais. Basta identificar a carência da massa para se ganhar dinheiro e
acumular poder, em larga escala, não importa com que tipo de produto. Nessa
lógica, até religião se torna produto lucrativo, para uma massa excluída do
direito de comunicar, em busca de qualquer saída capaz de aliviar a melancolia
provocada pela exclusão. Quantos de nós não somos seduzidos, na nossa pressa de
transmitir mensagens para a massa, indiferentes às pessoas? Quantas vezes nós
próprios não escolhemos o que elas devem escutar, supervalorizando a nossa
palavra e o meio que detemos, sem a preocupação de escutá-las, em suas
necessidades, para depois oferecermos uma mensagem que entre em diálogo com o
outro? Texto adaptado do texto de: Francisco Morais -
Natal-RN
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