Alguns componentes para o educador avaliar:
Observações em sala de aula;
Avaliações feitas pelos educandos;
Auto avaliação do educador.
Os
resultados das avaliações devem ser de conhecimento de todos os envolvidos visando
a adequação cada vez maior às reais necessidades, pois sugestões e críticas
servem para que seja aperfeiçoado cada vez mais o processo educativo.
Devemos
pensar e perguntarmos além do como avaliar, O
porquê avaliar? Para que avaliar? O que é avaliar? Qual a avaliação que
interessa? Antes de tudo a avaliação deve estar aliada ao currículo e ter uma
perspectiva crítica e criadora. Numa experiência de avaliação, que
sentimentos são a ela associados? São confortáveis, geram prazer, bem-estar,
conforto ou desagradáveis, gera desconforto, medo, fracasso?
Quase
sempre a avaliação é associada à ameaça e a sentimentos desagradáveis como
tristeza, vergonha, culpa. Por que a avaliação traz este sentimento? Por que
traz uma marca ameaçadora, fazendo com que as pessoas a rejeitem?
Provavelmente, tal ocorre pelo mau uso que sempre se fez da avaliação, pelas
situações dela advindas. Como avaliar minimizando estas situações? Como fazê-la
de forma a não ser controladora, ameaçadora? Qual o outro caminho? Qual a educação
mais democrática, mais justa e solidária? Quais as outras práticas? Como lidar
com os sentimentos advindos da avaliação?
Todos
conhecemos situações de avaliação, temos com ela familiaridade. Os pais ou
responsáveis, mesmo que não saibam nada da escola, sabem que há um sistema de avaliação.
Este sentimento de familiaridade pode facilitar a análise, a pesquisa a
reflexão, ou, pode
até dificultá-la. O educador pode imaginar que já possui uma larga experiência
no tema sem necessidade de análise ou discussão.
A ideia
mais antiga da avaliação é a avaliação da aprendizagem cognitiva. Assim, a
grande maioria, associa o conceito de avaliação a esta ideia. Este aspecto é o
mais comentado e o mais divulgado. No entanto há outros aspectos, tão
necessários, outras dimensões tão importantes a serem consideradas na escola
como avaliação de currículo, de programas, de instituições, de desempenho
profissional e de estruturas.
Todos
os aspectos da avaliação possuem um elemento básico: o de que a avaliação
envolve um julgamento de valor, de mérito. Valeu ou em nada contribuiu? Serviu
ou foi inútil? Quase sempre, a avaliação esta baseada em critérios pessoais,
incluindo critérios teóricos de julgamento, de sentimento. Na avaliação se
inclui ainda, por influenciar no resultado, clima, local, espaço, materiais.
Avaliando estaremos emitindo julgamento para que se busque e se façam ações de
melhorias.
Muitas
vezes, avaliação e prova, são tomados como sinônimos. No entanto, a pedagogia
do ensino/aprendizagem, difere da pedagogia da prova, a qual acaba tomando o
espaço do ensino, da investigação, da pesquisa, da criatividade. Os alunos
estudam, sem ver em si, o valor do conhecimento, estudam para a prova. O
estudante vai para a escola para ter nota na prova, passar de ano, ao invés de
ir para conhecer, para aprender.
A
avaliação é para que o estudante tome decisões, como se fossem produtos. Como
se fosse uma máquina e estivesse executando as atividades para a qual foi
criada. Como
se educando fizesse o que queremos com um comando. Como se a educação fosse um modelo empresarial, sem
verificar outros focos, outras vertentes.
Queremos
enfatizar a importância dos instrumentos, dos procedimentos, da
sistemática, das
técnicas e da dimensão política, pois a
avaliação deve ser vista além da avaliação da aprendizagem, outras dimensões
que devem ser analisadas, mas, Qual a
direção? Qual a proposta? O que se pretende? Para que avaliar? Que escola
queremos?
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