Inclusão é um processo educacional que visa aproveitar ao máximo a capacidade do educando deficiente, pelo atendimento em escolas e classes regulares. Os que excluem os outros estão excluindo a si mesmos.
Só existe cidadania plena se
todos tiverem os mesmos direitos educacionais, assim, Inclusão
é uma forma natural de agir para garantir que todos tenham os mesmos direitos.
A inclusão é tendência irreversível em todo o mundo no campo educacional. Os
educandos deficientes encontram na escola, quando incluídos, em classes
“regulares” oportunidade de, com a convivência, ampliar os horizontes escolares
e sociais para todos e descobrirem seus potenciais tornando-se produtivos.
Partimos do pressuposto que todo
ser humano apresenta talentos e competências a serem desenvolvidas e
estimuladas pela educação e, toda mente humana possui um potencial criativo,
que necessita ser despertado por influências externas e condições propícias que
o motive, entusiasme e faça com que tenha autoconfiança para construir sua
imagem como alguém capaz.
Na Constituição da República
Federativa do Brasil, Capítulo II, Seção I, art. 205 “a educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada coma
colaboração da sociedade...” no qual já estariam incluídos os educandos com
necessidades especiais. Além disso, o art. 208, inciso III, assegura o
“...atendimento educacional especializado aos portadores? de deficiência,
preferencialmente, na rede regular de ensino.”
A Lei atual de Diretrizes e Bases
da Educação, no. 9.394, de 20/12/96 e Resoluções dos Conselhos de Educação,
sintonizadas com as tendências mundiais, determinam que a educação especial
passe a ser oferecida na rede regular de ensino e estabelece a criação de serviços
de apoio especializados, nas escolas regulares, para o atendimento das
peculiaridades de cada educando, bem como prescreve organização curricular
específica, métodos, técnicas e recursos adequados aos “excepcionais”.
Além do mais há Leis em apoio aos
diferentes e sua integração social, e que definem o preconceito como crime e
como tal nenhuma escola pode recusar o acesso de crianças com deficiência à
instituição de ensino.
Nos anos 70, do Século XX, uma
política de educação especial foi se delineando. Em 1990, na Conferência
Mundial Sobre Educação para Todos, foram lançadas as sementes da educação
inclusiva significando a inserção da pessoa deficiente com a aceitação das
diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da
diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação. Assim, é urgente e
necessário a modificação da sociedade e, sobretudo das instituições
educacionais, com aceitação do deficiente, com limitações quer sejam físicas,
sensoriais, neurológicas ou mentais, para que tenham maior oportunidade de
desenvolver-se e exercer plenamente sua cidadania.
Segundo relatório da ONU, todos
se beneficiam com a inclusão.
Quanto aos educandos “normais”:
§ Têm acesso a uma ampla gama de
papéis sociais;
§ Perdem o medo e o preconceito em
relação ao diferente; desenvolvem a cooperação e a tolerância;
§ Adquirem grande senso de
responsabilidade e melhoram o rendimento escolar;
§ São mais bem preparados para a
vida assimilando que as pessoas, as famílias e os espaços sociais são
heterogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano.
Quanto ao educando deficiente:
§ Aprendem a gostar da diversidade;
§ Adquirem experiências diretas com
as capacidades humanas;
§ Demonstram crescente
responsabilidade e melhor aprendizagem através do grupo;
§ Ficam mais bem preparados para a
vida em uma sociedade diversificada: entendem que são diferentes, mas não
inferiores.
No mundo atual a rapidez dos
acontecimentos e das informações nos mostra que a terra é de todos
independentes das condições ou capacidades individuais. Nestes novos tempos, os
direitos humanos exigem uma reorganização do sistema educacional, no sentido de
ampliar e melhorar o acesso daqueles que muitas vezes ficam a margem do
processo educativo. Para que tal ocorra é necessário mudar as atitudes e
envolver toda a comunidade.
È primordial que haja
conscientização, pois todo processo de mudança só obterá resultados se
ocorrerem dentro de cada envolvido. Precisamos formar uma “REDE” com o
compromisso ético de melhoria da qualidade de vida sem restrições,
restabelecendo o direito a igualdade e o respeito às diferenças, para que
todos, indistintamente, possamos enfrentar a inevitável competitividade.
A inclusão de educandos deficientes,
em salas ditas “normais” é uma das
polêmicas da Educação, um dos preconceitos por parte das escolas, e um dos
grandes desafios surgidos com as transformações sociais, econômicas e
políticas, vividas pela humanidade.
Tal prática, não é somente possível,
mas necessária para que as escolas cumpram seu papel, de contribuir para a
transformação de uma sociedade preconceituosa e excludente em locais onde todos
possa exercer plenamente sua cidadania, independente de suas diferenças físicas
ou mentais.
No mundo atual a rapidez dos
acontecimentos e das informações nos mostra que a terra é de todos,
independente das condições ou capacidades individuais. Nestes novos tempos, os
direitos humanos exigem uma reorganização do sistema educacional, no sentido de
ampliar e melhorar o acesso daqueles que muitas vezes ficam a margem do
processo educativo. Para que tal ocorra é necessário mudar as atitudes e
envolver toda a comunidade escolar.
Hoje os que possuem alguma
dificuldade estão conquistando seu espaço
de direito, como pessoas não inferiores,
apenas diferentes, superando seus limites e abrindo portas ao
mundo exterior o que proporcionará aos que lhes derem oportunidade e a eles
próprios, uma alegria constante e sólida e um caminho para a realização pessoal.
As escolas que vencem o preconceito
sabem que o mais importante é querer e aceita o desafio, e se envolve com
amor e dedicação. Nada há, mais
gratificante que ouvir agradecimentos da família, vivenciar as alegrias da
criança e compartilhar os avanços em que gradualmente se alcança.
Oportunidade indistinta de poder
estudar, construir conhecimentos, é também buscar a paz. Escola deve ser
instrumento de paz. Nunca o mundo precisou tanto de instrumentos de paz como
agora.
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