quarta-feira, 5 de agosto de 2020

EDUCAR PARA A MUDANÇA


Um problema da educação é que educadores, pais e professores possuem uma negatividade e pessimismo, ocultos em sua linguagem de todo o dia. Os modos como pais e professores falam com as crianças lhes ajudará, a perceber, como devem sentir-se quanto a si mesmos.

O que as crianças ouvem de negativo afetam sua autoestima e seu autovalor. Grande parte das mensagens que os adultos dirigem às crianças leva-as a desconfiarem da sua percepção, negar seus sentimentos e duvidar de seu próprio valor. É comum culpar e envergonhar as crianças, pregar e passar sermões, mandar e tiranizar, advertir e acusar, ridicularizar e menosprezar, ameaçar e subornar, diagnosticar e prognosticar - essas técnicas brutalizam, vulgariza e desumaniza as crianças. Enquanto elas estão ao lado, falam delas como se estivessem ausentes. Decidem tudo por elas. A sanidade só aparece quando confiamos na nossa própria realidade interior e essa confiança só se aprende pelo processo da verdadeira comunicação com amor e carinho.

Um dos motivos das dificuldades e até mesmo dos fracassos da escola tem sido porque se tornou um local onde se educa para a ganância do lucro desenfreado, para enganar o outro, “passá-lo para trás”. Emoções, sentimentos deixam de ser objeto de educação que abandona a preocupação com a felicidade e a realização pessoal do outro. Neste tipo de escola a afeição está ausente.

Indivíduos motivados pela afeição e estímulo tendem a serem criativos, inconformados, agentes de mudanças e nem sempre é o modelo desejado, fácil de adaptar-se a qualquer sistema já definido e de tradições arraigadas no inconsciente dos educadores. Assim é mais fácil permanecer na condição estática, mas é urgente reagir para salvar a escola, fazendo-a cumprir o seu verdadeiro papel: o de desenvolver a cognição através de um ser humano que se realize.

O invisível é parte do visível. Mais que nunca, neste momento, romper barreiras, comunicar-se, relacionar-se, valorizar a vida, dizer não ao egoísmo, substitui-lo por afeição, ajuda mútua, solidariedade é a base da educação. Como escreveu Celso Antunes, “...o milênio que vivemos... atingirá o local onde os professores o levarem.”


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