A educação precisa
entrar em uma nova era. A mudança só ocorrerá se os educadores de modo geral,
forem conscientizados da necessidade de uma mudança radical de seus conceitos
educacionais para adotar uma nova postura especialmente no que se refere aos
direitos do educando que deve participar mais, ser mais livre e em consequência
mais alegre e feliz.
Alguns
descompassos ocorreram no âmbito da educação que demorou muito a acompanhar o
rápido desenvolvimento que aconteceu em outros setores. É inconcebível que o
educando passe quatro horas ouvindo e copiando e deve decorar. É necessário que
o processo educativo encontre meio e formas de incentivar a construção do
conhecimento tanto no período escolar como em toda a vida. Somente com
qualidade onde a prioridade seja o educando, seus interesses, seus problemas e
dificuldades a educação escolar estará efetivamente contribuindo para a
formação de verdadeiros cidadãos.
Cada fase possui
capacidades específicas de acordo com seu nível de desenvolvimento, possuem
também uma relação com a sociedade, a natureza e o meio em que vive. Esta
especificidade, as reações de cada ser humano, aliada as formas de despertar a
curiosidade e incentivar a criatividade em todos os campos do conhecimento é
que deve ser a preocupação maior da educação, confrontada com a lógica do
conhecimento. A proposta ideal para nova concepção da construção do
conhecimento, dos valores, da socialização é a motivação, é criar laços afetivos educador X educando e ampliar os laços escola X
família.
O dinamismo da natureza humano, da vida, da socialização, da construção
do conhecimento, é inegável. Toda prática escolar deve ser confrontada com a
fase de formação, de desenvolvimento, respeitando-as. Tudo deve ser colocado a
serviço de cada fase, os materiais e os conteúdos devem ser próprios e
adequados a capacidade cognitiva. Os ambientes devem ser adequados, os espaços devem ser pluralizados a rigidez deve ser quebrada.
O estudante
precisa ocupar o seu espaço, explorá-lo e conquistá-lo, para se sentir seguro e
confiante. Atualmente ocorre a paralisação das atividades como correr, gritar, se
tocar, ficar à vontade práticas inerentes e necessárias à vida infantil, e
forma de expressão, de aprendizado, de experiência, de descoberta de si mesmo,
dos outros e do mundo. (Capítulo II do Estatuto da Criança e do Adolescente art.
16, parágrafo IV) Porém, como esses direitos estão suspensos, é inegável a importância
da conscientização dos pequenos de que a situação é provisória, e que fazer o
que gosta só pode ocorrer se ninguém estiver sendo prejudicado.
Está situação e as
certezas de que os pequenos precisam exercitar a psicomotricidade, demanda
criatividade dos educadores para criar formas análogas, individuais, que possam
supri-las. Exemplos de atividades que podem ser executadas individualmente e
devem ser intercaladas para exercitar a coordenação fina, óculo-manual,
viso-motora, o tônus muscular, o esquema corporal, a lateralidade a estruturação
espacial, o ritmo, o equilíbrio, a organização temporal, a linguagem como forma
de comunicação, entre outros: montar
quebra-cabeça, dominós e outros; bater palma na frente, em cima, dos lados; amassar
e desamassar; brincar de estátua, “vivo-morto”
e outros tantos. Mesmo que determinadas
atividades dependam da faixa etária para a aplicação, os benefícios são análogos
e aplicáveis para todos. Com isso, ajudamos os pequenos a desenvolverem
sua inteligência, tolerância, empatia e controle de suas vontades para alcançarem seu potencial pleno no desenvolvimento.
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