A música sempre
esteve associada ás culturas e tradições de cada época. As referências musicais
vêm sendo modificadas pelo desenvolvimento tecnológico pela facilidade e
rapidez de comunicações simultâneas pela televisão, pelo computador, pelo
cinema, pelo rádio, por meio de discos, fitas, jogos eletrônicos, DVDs, etc. Com a diversidade pode-se trabalhar o local e a qualidade das obras
musicais permitindo avaliar as produções próprias e as dos estudantes.
Na primeira
infância, a música mantém forte ligação com a brincadeira. Em todas as culturas
as crianças realizam jogos e brincadeiras musicais e é inegável a importância
de que o caráter lúdico esteja presente nas atividades intencionais, orientadas
pelo educador.
São muitas as
possibilidades musicais que podem e devem estar presentes, de modo integrado, principalmente nas escolas de Educação
Infantil: escuta do ambiente, do funcionamento do corpo humano (coração,
intestino, pulso, estalar dos dedos), objetos como conchas, apreciação de obras
musicais, interpretação de canções até a improvisação e composições, prática
com instrumentos musicais como tambor, sino, reco-reco, coco, chocalho, (que podem ser confeccionados com sucatas), jogos e brincadeiras, gestos: batendo, raspando, sacudindo; imitação de sons de animais e
objetos: moto rápida, devagar, parada, músicas para trabalhar as cores dos sinais
de trânsito no qual usa-se também o apito; trabalho corporal de imitação: palmas bater
pés, sons fracos e fortes, primeiro, segundo, terceiro; transformação da sala em “panela de pipoca” por exemplo, com todo
material capaz de produzir sons e outros que o interesse das crianças ou a
criatividade do professor suscitar.
As atividades da
música são: composições, improvisações e interpretações:
A composição parte
do projeto musical: sons da voz, do meio ambiente, de instrumentos,
eletrônicos, considerando duração, altura, timbre e intensidade, juntando-os e
construindo elementos organizados. A música pode ser construída especificamente
para um filme, uma publicidade ou para rituais ou celebrações estando, nestes
casos, limitada pela outra linguagem.
Improvisações
musicais estão entre as composições (melodia e letra) e as interpretações
(canção, instrumentos, arranjos). Há momentos de cada uma destas atividades. Na
aprendizagem são propostas de liberdade de criação que auxilia na compreensão
dos limites.
As canções
brasileiras possuem enorme possibilidade para o ensino da música. É importante
a participação de todos como ouvintes, intérpretes, compositores e
improvisadores e que contribuirá para que os estudantes valorizem a música e se
tornem ouvintes sensíveis, amadores com talento ou profissionais.
Aprender música,
descobrir e valorizar os momentos importantes da música no tempo e na história
pode ser realizado na escola por meio de:
®
Interpretações de músicas
existentes.
®
Experimentar a utilização
de instrumentos, materiais sonoros, equipamentos e tecnologias em arranjos,
composições e improvisações.
®
Criação de instrumentos
musicais como por exemplo: “ Bandinha com Sucatas”.
®
Perceber e identificar os
elementos da linguagem musical por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros
e de instrumentos.
®
Utilizar, canções,
parlendas, raps, etc.
®
Pesquisar formas
musicais: Canções de ninar, de brincar, curiosas, de roda;
®
Utilizar o sistema
modal/tonal na prática do canto a uma ou mais vozes.
®
Participar de
brincadeiras, jogos, danças e suas articulações com a música.
®
Pesquisa de músicos como
agentes sociais: vidas, épocas e produções.
®
Analise da influência da
música na vida das pessoas.
®
É importante analisar se
existem estudantes que demonstrem aversão à música.
Música informa,
alegra, acalma, fixa conhecimentos e outros benefícios, mas para alguns é uma
tortura, a junção de sons feitos pelos instrumentos musicais que desagrada os
ouvidos.
Para pesquisadores
da Universidade de Barcelona, o cérebro processa os sons sem problema, mas elas
não sentem prazer ao ouvir músicas. Esta incapacidade batizada de
"anedonia musical específica" ocorre com mais frequência em alguns
transtornos mentais. No entanto há situações em que a indiferença a música,
evitar ouvir música, ou ir a concertos, a insensibilidade à música ou mesmo
achar irritante e detestar música ocorre sem esta evidência. O sistema de
recompensa do cérebro age de maneira diferente sem significar infelicidade ou
algum problema. Há casos até de epilepsia musical em que determinado gênero
pode até provocar um ataque. Alguns são incapazes de distinguir tons musicais.
Como gostar de música se o cérebro nem sequer distingue timbre, altura,
intensidade e duração? Essas condições podem ser hereditárias.
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