sexta-feira, 7 de maio de 2021

ÉTICA E PLURALIDADE CULTURAL

A proposta da Educação da Ética, comprometida com a cidadania, na busca da dignidade, igualdade de direitos, participação e corresponsabilidade pela vida social é para que o estudante seja capaz de intervir na realidade para transformá-la. A Ética, tema presente no cotidiano de cada um, deve ser incorporada em todas os componentes curriculares gerar análise e interrogação sobre a legitimidade de práticas e valores costumeiros e tradicionais e analisar as relações entre os grupos, discutindo assim o sentido ético da convivência humana nas suas relações e várias dimensões da vida social. Conhecer e valorizar as características e diversidade étnica, linguística, religiosa, e cultural dos grupos que convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas, oferece oportunidade do educando conhecer o Brasil e consolidar o espírito democrático. A Ética ao refletir sobre as condutas humanas, implica tomada de posição de valores. Assim, busca no princípio da dignidade do ser humano e nos fundamentos da Constituição Brasileira, como eixo de seu trabalho, o respeito mútuo, a justiça, o diálogo e a solidariedade. Em pleno limiar do século XXI, infelizmente, a educação e consequentemente, as atitudes, a forma de administrar ainda é preconceituosa e machista. No último censo, em pleno século XXI bate em minha porta o recenseador, identifica-se, entra senta e começa com as perguntas: Quantos homens e quantas mulheres? Que estudo tem seu marido? Quanto ganha seu marido? Seu filho sabe ler? A senhora sabe ler? Eu pergunto: E se meus filhos estivessem fora da escola? E se meus filhos trabalhassem? E o quanto eu, mulher, tenho de remuneração pelo meu trabalho, interessa? E o quanto eu, mulher, estudei, interessa? Em setores onde trabalhei, na Superintendência da Borracha, no IBAMA, no Ministério da Educação, no Ministério da Comunicações, inúmeras, ou porque não dizer a maioria das mulheres haviam estudado mais que seus pares e percebiam remunerações superiores a eles. Isto na área de Recursos Humanos nas áreas fins ainda falta conquistar muito Estes dados não são importantes para as decisões políticas? Não as influenciam? Com que finalidade se faz um CENSO? As informações obtidas servirão para que? O que me foi perguntado foge a expressão da verdade, está incompleto e reflete que até mesmo um planejamento e consequente o “capacitação”, pois pessoas que apenas repetem o que mandaram sem questionar, sem analisar, sem perguntar o porquê? São apenas “treinadas” com uma visão machista pois hoje, certamente, há muitas mulheres que são as chefas das famílias e tantas que recebem salários superiores aos dos seus pares. Em escola que trabalhei presenciei apresentações, por exemplo, do dia do Trabalhador, em que inconscientemente o professor escalou para representar a médica, o político, o advogado as crianças loiras e, a doméstica, o lixeiro as crianças negras. E nós educadores o que estamos fazendo de concreto para extirpar o monstro da discriminação racial, com a mulher, com os que pertencem às classes menos favorecidas, com os excepcionais, com a religião a que pertencem as pessoas os negros idosos e muitos outros? Em nossas atitudes, em nossas palavras, que orientação estamos passando para os educandos que nos são confiados? Elogiar sempre, em vez de acusar. Agradecer continuamente, em vez de reclamar. Além de auxiliar o outro todos cresceremos intimamente e em magnetismo pessoal.

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