terça-feira, 4 de maio de 2021

FORMAS E MODALIDADES DE ARTE

As formas e modalidade de arte no currículo são: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro e valores, atitudes e normas, comum a todas.
ARTES VISUAIS A educação visual visa a criação de uma linguagem visual para a expressão e a comunicação baseada na observação do ambiente conferindo-lhes relevância como meio de comunicação. Observando os elementos que constituem o mundo tanto o natural como o produzido pelo homem, desenvolver-se-á a capacidade de "saber ver". Observar os elementos construtivos dos objetos e não somente as aparências são os objetivos principais da "educação" da percepção. Através da percepção visual chegamos ao conhecimento e à compreensão do meio. Para Arnheim (1986) a "vida mental das crianças está intimamente ligada à sua experiência sensória". O que as coisas aparentam ser é que são para as crianças. Arnheim defende que a criança desenha o que vê, não apenas o que sabe. A arte pode existir em qualquer lugar e de várias formas o que é necessário é descobri-la. Assim, o que é preciso é despertar a curiosidade e orientar o estudante para que aprenda a pesquisar, a olhar à sua volta, tendo em conta os vários aspectos do mundo que o rodeia. A arte visual além da gravura, desenho, pintura, escultura, desenho industrial, inclui outras modalidades mais modernas como cinema, televisão, vídeo, computação, fotografia, artes gráficas. Estas modalidades possuem muitas possibilidades de combinações que podem determinar diferentes maneiras de comunicação entre estudantes as quais podem orienta-los em muitos aspectos da vida como a percepção de ideias e qualidades e a distinção de sentimentos que favorecem a sensibilidade, a afetividade e os ajudem a posicionar-se criticamente. O que a escola pode fazer é colaborar fornecendo possibilidades de experiências para que aprendam a criar, imaginar, perceber e tenham sensibilidade e conhecimento por meio de produções artísticas pessoais e grupais. Para que possam perceber formas visuais é importante trabalhar as relações entre elementos como linha, cor, movimento, luz, ritmo, plano, ponto e como dão origem as imagens. Na prática, as artes visuais para o Ensino Fundamental, quanto a expressão e comunicação, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais são:  No fazer: desenho, pintura, modelagem, fotografias, colagem, escultura, gravura, história em quadrinhos, produções informatizadas, vídeo.  Na criação e construção de: espaços (bidimensional e tridimensional) de formas plásticas e visuais.  Na correlação e analise do que produz com as produções dos colegas;  Na correlação entre o que foi produzido e os elementos de linguagem visual (linha, cor, plano, forma, textura, equilíbrio, movimento, ponto, volume, luz, ritmo).  No reconhecimento da linguagem visual representada: desenho, pintura, gravura, modelagem, escultura, colagem, construção fotografia, cinema, vídeo, televisão, informática.  No reconhecimento dos materiais (pincéis, lápis, papéis, tintas, argila) e das propriedades desses materiais e dos instrumentos, procedimentos e técnicas usadas na produção.  Na seleção adequada de tudo a ser utilizado nos trabalhos. Além disso é importante situar as artes visuais quanto produto cultural e histórico, seu significado e sua importância, a relação dos produtos utilizados com a cultura e as formas de registros e preservação das produções artísticas.
DANÇA Nas culturas humanas, nos trabalhos, nas religiões e nas atividades de lazer a dança sempre esteve presente como atividade inerente à natureza humana, pois a atividade corporal está presente em toda a ação humana. Segundo Santo Agostinho: “A dança liberta o ser humano do peso das coisas e une o solitário à comunidade.” A criança está em constante mobilidade e busca com movimentos o conhecimento de tudo que a rodeiam e de si mesma. Para harmonizar as potencialidades cognitivas, motoras e afetivas a ação física é necessária para a criança. No cotidiano, o correr, pular, subir, girar são atividades ligadas a necessidade infantil de dominar o corpo mas também é necessária na construção da autonomia da criança. Ela se movimenta para adquirir mobilidade, expressar-se e explorar o meio ambiente. Seu vocabulário gestual é expressivo e fluente. Desta forma a dança auxilia no entendimento do corpo e como consequência como usá-lo com sensibilidade, autonomia, responsabilidade e inteligência e exerce um importante papel no desenvolvimento e aperfeiçoamento humano pois, de acordo com pesquisas mais recentes a uma enorme relação entre o desenvolvimento dos sentimentos, da inteligência e o desempenho corporal. A dança é ainda uma excelente forma de integração e expressão tanto individual como coletiva. O educando exercita a atenção, a colaboração, a solidariedade e a percepção. Como atividade lúdica exercita a espontaneidade e permite a experimentação e a criação. Assim o professor deve estimular o reconhecimento de ritmos e a invenção de sequências de movimento para a introdução do aprendiz na linguagem da dança. É importante também apreciar observando as atividades realizadas por outros colegas para desenvolver a capacidade analítica e o estabelecimento de opiniões próprias além de reconhecer individualidade e qualidades estéticas. Pesquisas escritas como tipos de movimentos, de ritmos, também devem fazer parte dos trabalhos. Danças em grupos, duplas facilitam a aproximação e o contato físico, que fazem parte da afetividade, aspectos em que a maioria são arredios por terem tido orientações inadequadas ou estarem desacostumados. É necessário incentivar e criar clima de atenção e concentração, sem que se perca a alegria, pois as aulas tanto podem inibir quanto incentivar a indisciplina. O estabelecimento de regras com o grupo é o primeiro passo para atingir os objetivos e uma das condições para que os participantes tenham confiança e estímulo para explorar movimentos, estimular a inventividade e a coordenação de seus movimentos com os do grupo. Assim, os momentos de movimentos livres são também importantes como também a ajustamento da roupa para permitir a adequada mobilidade. Danças em silêncio devem fazer parte, pois existem ritmos (internos e externos) que podem e devem ser explorados. Jogos populares de movimento, amarelinhas, cirandas devem fazer parte do repertório, pois são riquezas culturais dos povos e manifestações que devem ser valorizadas. Desta forma, a dança deve ter o propósito do desenvolvimento integrado fundamento da criação estética e o desenvolvimento expressivo e deve ainda propiciar:  O reconhecimento dos tecidos do corpo e suas funções.  A análise das características corporais individuais: peso, forma, volume.  O reconhecimento das formas de locomoção e deslocamentos e orientações espaciais (direções, caminhos, planos).  A percepção de mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho do corpo no espaço.  Exploração de formas em que se pode parar o corpo desde em pé até deitado.  Improvisação de danças, invento, registro, repetição.  Criação de coreografias.  Comunicação gestual.  Criação e análise de tipos de movimentos: rápido e lento, sinuoso e direto, alto e baixo, leve e pesado.  Identificação dos tipos de danças das diversas culturas e locais.
MÙSICA A música também sempre esteve associada ás culturas e tradições de cada época. As referências musicais vêm sendo modificadas pelo desenvolvimento tecnológico pela facilidade e rapidez de comunicações simultâneas pela televisão, pelo computador, pelo cinema, pelo rádio, por meio de discos, fitas, jogos eletrônicos DVDs etc. Com a diversidade pode-se trabalhar o local e a qualidade das obras musicais permitindo avaliar as produções próprias e as dos estudantes. Na primeira infância, a música mantém forte ligação com a brincadeira. Em todas as culturas as crianças realizam jogos e brincadeiras musicais e é inegável a importância de que o caráter lúdico esteja presente nas atividades intencionais, orientadas pelo educador. São muitas as possibilidades musicais que podem e devem estar presentes de modo integrado principalmente nas escolas de Educação Infantil: escuta do ambiente, do funcionamento do corpo humano (coração, intestino, pulso, estalar dos dedos), objetos como conchas, apreciação de obras musicais, interpretação de canções até a improvisação e composições, prática com instrumentos musicais como tambor, sino, reco-reco coco chocalho (que podem ser confeccionados com sucatas) jogos e brincadeiras gestos: batendo, raspando, sacudindo; imitação de sons de animais e objetos: moto rápida, devagar, parada, sinal de trânsito no qual o apito que pode ser de várias cores trabalho corporal de imitação: palmas bater pés, sons fracos e fortes, primeiro, segundo, terceiro transformação da sala em “panela de pipoca” por exemplo, com todo material capaz de produzir sons e outros que o interesse das crianças ou a criatividade do professor suscitar. As atividades da música são: composições, improvisações e interpretações: A composição parte do projeto musical: sons da voz, do meio ambiente, de instrumentos, eletrônicos, considerando duração, altura, timbre e intensidade, juntando-os e construindo elementos organizados. A música pode ser construída especificamente para um filme, uma publicidade ou para rituais ou celebrações estando, nestes casos, limitada pela outra linguagem. Improvisações musicais estão entre as composições (melodia e letra) e as interpretações (canção, instrumentos, arranjos). São momentos de cada um uma destas atividades. Na aprendizagem são propostas de liberdade de criação que auxilia na compreensão dos limites. As canções brasileiras possuem enorme possibilidade para o ensino da música. É importante a participação de todos como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores e que contribuirá para que os estudantes valorizem a música e se tornem ouvintes sensíveis, amadores com talento ou profissionais. Aprender música, descobrir e valorizar os momentos importantes da música no tempo e na história pode ser realizado na escola por meio de:  Interpretações de músicas existentes.  Experimentar a utilização de instrumentos, materiais sonoros, equipamentos e tecnologias em arranjos, composições e improvisações.  Criação de instrumentos musicais como por exemplo: “Bandinha com Sucatas”.  Perceber e identificar os elementos da linguagem musical por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros e de instrumentos.  Utilizar, canções, parlendas, raps, etc.  Pesquisar formas musicais: Canções de ninar, de brincar, curiosas, de roda;  Utilizar o sistema modal/tonal na prática do canto a uma ou mais vozes.  Participar de brincadeiras, jogos, danças e suas articulações com a música.  Pesquisa de músicos como agentes sociais: vidas, épocas e produções.  Analise da influência da música na vida das pessoas.
TEATRO O teatro como arte, formalizado pelos gregos, é por excelência a arte do homem e exige a sua presença de forma completa comunicando-se com corpo, fala e gesto. O ato de dramatizar é a necessidade do homem de compreender e representar uma realidade. A dramatização acompanha o desenvolvimento da criança de forma espontânea, com feições e funções diversas e com caráter de interação e promoção de equilíbrio entre ela e o meio ambiente. No início o ato de representar deve ser espontâneo evoluindo para as apresentações com regras e do individual para o coletivo. Nas atividades teatrais o ser humano tem a oportunidade de se desenvolver dentro de um determinado grupo social de maneira responsável aprendendo a ouvir, a acolher e a opinar respeitando as diferentes manifestações. O fundamento do teatro é a experiência de vida. No jogo do faz-de-conta da criança está a capacidade da teatralidade em potencial e como prática espontânea. Na escola esta experiência passa a ser um exercício consciente. A escola deve ter muito cuidado para que a criança jamais perda a espontaneidade lúdica e criativa. Como escreveu Marilyn Ferguson “Não tendo alternativas, nascemos criativos. Nossas primeiras visões e nossos primeiros sons eram vigorosos, novos e originais. Nós explorávamos nossos universos e dávamos nomes às coisas e as conhecíamos intimamente no sentido Eu – Tu”. Então, de modo abrupto, a educação formal interrompe esta contemplação, forçando-nos a uma outra, a uma espécie de situação mais amistosa, esfacelando o estado de consciência necessário para a boa arte e a boa ciência. Pela primeira vez, se tivermos sorte, a educação poderá se empenhar em fomentar essa consciência mais rica e mais fluente. Nossas escolas poderão, gradualmente, parar de movimentar barcos a vela com remos. As propostas educativas devem trabalhar o teatro como atividade para o desenvolvimento global do ser humano e um processo de socialização consciente, crítico e democrático, socializador e estético que integra imaginação, percepção, emoção, intuição, memória e raciocínio. A escola deve fomentar ainda experiência de apreciação, comentário e juízo crítico O teatro proporciona ainda crescimento integrado com o desenvolvimento das capacidades expressivas e artísticas que exercita a cooperação, o diálogo, o respeito mútuo, a aceitação das diferenças e a aquisição de autonomia por poder agir e pensar sem coerção. Ao organizar uma peça teatral em grupo a criança percebe, conscientemente, a necessidade de colaboração, a adequação do falar, ouvir, ver, observar e atuar, praticando a liberdade e a solidariedade. Muito importante para a definição dos conteúdos teatrais é o conhecimento das características das fases de desenvolvimento da criança. Por volta dos sete anos é a fase do faz-de-conta. A criança tem dificuldade de refletir sobre temas gerais e distantes. Aos oito, nove anos a criança está mais consciente e sua preocupação é a de mostrar os fatos de forma realista. Inicialmente, o interesse maior do teatro é, principalmente, a relação entre os participantes e o prazer do jogo. Gradualmente, a organização e sequência passam a ser mais acuradas. É muito importante para o professor reconhecer a importância do teatro na aprendizagem e para o desenvolvimento da criança e não somente como a transmissão de uma técnica. No Ensino Fundamental o estudante deve desenvolver maior domínio do corpo e saber usar de maior expressão por meio de:  Participação e desenvolvimento nos jogos de atenção, observação, improvisação etc.  Experimentação e articulação entre as expressões corporal, plástica e sonora.  Jogos com regras estabelecidas.  Pesquisa, elaboração e utilização de máscaras e bonecos.  Observação e análise de trabalhos teatrais apresentadas por outros grupos.  Criação de textos e encenações.  Reconhecimento das diferentes formas dramatizadas: teatro em palco, circo, teatro de bonecos.

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